RHOE
Out with the reason, in with the season
Taking down names in my book of jealousy
Jealousy
We were never welcome here
We were never welcome here at all
No
Oh, it's who we are
Doesn't matter if we've gone too farNehemia.
Os deuses finalmente estavam do nosso lado.
Eu não teria que procurar a minha irmã, pois, por algum motivo, ela já estava no meu quarto. A caixa de madeira que eu escondia o Livro Negro estava sobre a cama então Gavriel provavelmente contará a ela sobre o artefato. Era por isso que ela estava ali.
A fêmea de cabelos prateados que caiam em ondas sobre o vestido turquesa, da mesma cor que seus olhos, agora estava de pé, perplexa, olhando para Rhiannon, Lyria e eu.
Os olhos Ashryver, idênticos aos de minha mãe, Aedion e Gavriel, idênticos... aos de Lyria, pousaram em mim e não desviaram mais. Ela me olhava como se eu fosse um fantasma.
E talvez eu fosse, depois de passar quase quatro meses em outro mundo, naquele mundo, em Erilea. Eu me sentia como um fantasma, uma sombra de quem eu era.
Respirei fundo e dei um passo à frente, sabendo muito bem que minha irmã sempre teve dificuldade em lidar com as próprias emoções, que ela precisava que alguém tomasse a iniciativa.
Então eu o fiz e abri um sorriso.
Em resposta, Nehemia correu até mim com a velocidade do vento que percorria suas veias. Cobriu a distância entre nós em um piscar de olhos, e me envolveu em um abraço tão apertado, tão reconfortante, que soltei a mão de Lyria para poder abraçá-la de volta, com toda a saudade que explodia em meu peito.
Ah, como eu senti falta de Nehemia.
Encontrei em Winter Archeron uma figura de irmã que me fazia falta em Prythian, mas sentir aquele abraço agora, o abraço de raposa de Nehemia, fez valer a pena todo o esforço para voltar para aquele mundo.
Eu voltei por ela. O Suriel me dissera que ela estava em perigo. Mas ali estava ela, me abraçando, murmurando "pelos deuses, pelos deuses" repetidas vezes, como se precisasse se convencer de que eu realmente estava aqui.
— Vamos deixá-los sozinhos por um momento — escutei Rhiannon dizer a Lyria atrás de mim. Ouvi o som suave de passos se afastando e, em seguida, a porta se fechou, deixando-nos sozinhos.
Ou talvez não estivéssemos sozinhos, pois quando estávamos juntos, o mundo ao redor parecia apenas um cenário distante.
Nehemia me apertou mais, e eu aproveitei o momento em que estávamos colados, cada respiração sincronizada, para sussurrar as palavras que estavam presas dentro de mim desde Prythian, palavras que precisavam ser ditas a ela antes de qualquer pessoa.
— Ela é minha parceira — minha voz saiu tão baixa que, por um momento, temi que Nehemia não tivesse escutado. Senti a necessidade de repetir, de fazer essas palavras ecoarem não apenas para ela, mas para mim mesmo. — Ela é minha parceira.
O braço de Nehemia se moveu, e senti os dedos dela afagando meus cabelos enquanto ela murmurava, quase tão baixo quanto eu: — Está tudo bem.
Havia um toque de alívio em sua voz, algo que parecia finalmente soltar a tensão que prendia seus ombros. E, da mesma forma que acontecera com Rhiannon, eu conseguia sentir suas lágrimas escorrendo silenciosas sobre meu ombro, misturando-se talvez com as minhas próprias lágrimas.
— Ela é minha parceira, Nehe — murmurei outra vez, e minha voz estava rouca, fanhosa, mas parecia ser a única coisa que eu conseguia dizer para minha irmã, a única verdade que eu precisava que ela soubesse.
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DARK PARADISE; tog + acotar
FanfictionDARK PARADISE ───── seu preço é inominável. Um plano, uma vingança. Uma guerra dada como vencida, mas que mal havia começado. Dois bebês recém-nascidos são trocados como o símbolo de que ele era quem estava no controle, de que tudo que eles viram...