LYRIA
Oh take me back to the night we met
When the night was full of terror
And your eyes were filled with tears
When you had not touched me yet
Oh take me back to the night we metEle me viu.
De alguma maneira, Sam, o aliado dos Valg em Erilea, havia reconhecido a minha presença naquele sonho.
Havia me visto e sorrido. Um sorriso tão doentio que me fez acordar imediatamente.
Que consequências aquilo traria para mim? Será que agora quem quer que me desse essas visões pararia de me permitir vislumbrar o outro mundo?
Minha cabeça doía tanto que eu não acreditava que conseguiria ficar de pé no momento em que Azriel surgiu do outro lado das barras de ferro.
Mas, como sempre, o Valg que vivia no corpo de meu tio não teve compaixão alguma comigo, puxando meus grilhões escada acima, sem se importar se eu estava sendo arrastada ou andando de boa vontade.
A rotina foi a mesma de todas as outras noites, mas dessa vez havia uma ansiedade maior envolvendo o meu coração, uma ansiedade ritmada com os tambores que soavam no andar debaixo, no salão do trono que me esperava.
Tive mais dificuldade para pintar o meu corpo nessa noite, porém não desisti. De alguma forma isso era o único método que me impedia de surtar quando eu recobrava a minha consciência na cela, mesmo que segurar um pincel com luvas de ferro era uma proeza e tanto.
Dessa vez, também, além do tecido chifron de cor obsidiana minúsculo, havia uma máscara na minha antiga cama. Uma máscara violeta muito bem trabalhada em tecido, um violeta de mesma cor dos olhos de Nyx todas as vezes que o via em meus sonhos.
Talvez fosse o mesmo tom de violeta que o dos olhos de meu pai, mas eu não arriscaria dizer, não quando a imagem dele agora já estava tão distante em minha mente.
Pisquei várias vezes, impedindo que as lágrimas descessem no momento em que pensei naquilo, e sai rapidamente do quarto, Azriel, agora também mascarado, já pronto para me escoltar até o salão do trono.
Escoltar era um eufemismo, principalmente quando aquele Valg parecia ter algum prazer em me arrastar pelos corredores.
Os eventos seguintes foram praticamente como de costume: fui levada para o salão do trono, que dessa vez parecia ter mais feéricos do que de costume, todos eles mascarados, e posta diante Clare, cujos olhos violeta brilhavam por detrás da máscara ônix que combinava com o seu vestido da mesma cor.
Azriel, também como de costume, me empurrou na direção do chão, me obrigando a ficar de joelhos diante a Grã Senhora. Aquilo sempre me deixava enjoada.
— Cada noite eu fico mais impressionada com os seus dons artísticos, irmãzinha — Clare comentou rindo — Me pergunto de quem você os puxou.
Não consegui evitar de rosnar para ela quando o deboche saiu de seus lábios. Eu não era uma artista exímia, muito pelo contrário, todos os meus dons eram musicais, mas era impossível não aprender o básico de pintura quando se convivia com Feyre.
O fato dela debochar de algo assim ...
— Você acha que é Amarantha agora? Dando bailes de máscara? — perguntei, meus maxilar completamente trincado, e estar naquela posição só fazia com que a raiva queimasse mais dentro de mim.
A illyriana gargalhou.
— Não sou do tipo de ter como exemplo pessoas mortas — ela respondeu, inclinando um pouco o corpo para que o seu rosto ficasse mais perto do meu — Você deveria fazer o mesmo.
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DARK PARADISE; tog + acotar
FanfictionDARK PARADISE ───── seu preço é inominável. Um plano, uma vingança. Uma guerra dada como vencida, mas que mal havia começado. Dois bebês recém-nascidos são trocados como o símbolo de que ele era quem estava no controle, de que tudo que eles viram...