Emma
- Vamos Teddy... Ande logo. Não quero chegar atrasada. – digo gritando nas escadas.
- Calma amor, nós não vamos nos atrasar. Ainda faltam duas horas para a visita no hospital.
- Sim Teddy, mas levamos quase uma hora daqui ao hospital. Preciso dar de comer para as crianças. – Teddy chega perto de mim nas escadas e me abraça.
- Você já tomou café da manhã? – faço sinal negativo com a cabeça. – então vamos tomar café da manhã e depois saímos. Você precisa se alimentar.
- Está bem. Não vejo a hora de chegar o final desta semana e os nossos filhos finalmente receberem alta.
- Amor são apenas mais três dias, logo eles estarão aqui.
Seguimos de abraçados para a mesa de café da manhã, onde já estão meus pais, meus sogros e Ray e os avós de Teddy. Desde que Amanda foi mandada embora quem têm cuidado de nossa cozinha tem sido a Bia, Teddy não disfarça sua felicidade por isso e acho que se ele pudesse roubaria a Bia para nós. O café da manhã gira em torno da alta de Luca e Alice, a noite de natal e a chegada do resto da família e Rachel no dia vinte e dois de dezembro, dia que os bebês recebem alta. Estamos preparando uma festa de boas vindas para as crianças e para eles, aqui já está nevando, então por isso faremos uma festa dentro da casa principal.
Na verdade a agenda da família está lotada, teremos a alta das crianças, festa de natal, o batizado do Ian, reveilon. Muitas festas e posso dizer que estamos relaxados, nada de segredos, nada de sentir medo. Apenas alegria. Podemos andar livremente pela rua, não precisamos mais nos esconder. Isso deixa uma sensação de alivio tão grande, que sou incapaz de descrever. Teddy e eu combinamos de sair hoje à noite, iremos jantar fora. To tão animada, pena que estamos naquela fase chata de não poderemos fazer amor e por isso as noites em casa têm sido tão complicadas, afinal dormir e deitar toda noite com esse Deus não é nada fácil com a castidade. Assim que sairmos do hospital, Teddy irá para um hotel onde ele terá uma reunião e eu irei às compras. Infelizmente meu corpo não voltou ao normal, perdi apenas doze dos quase vinte que ganhei, isso porque como não estou amamentando. Minha barriga está inchada e meus peitos lotados de leite e mesmo que eu tire com a maquininha, a produção está enorme.
Chegamos ao hospital e ainda faltam cerca de vinte minutos para o horário de interação com os bebês, acho isso um saco porque temos apenas algumas horas por dia para ficarmos com as crianças, quer dizer que só posso ter meus filhos por alguns minutos nos braços e o resto do tempo eu fico olhando a incubadora. Aqui neste hospital as regras são claras e muito rigorosas e nem mesmo com a tentativa do meu sogro de comprar a maternidade, ou até mesmo montar um UTI neonatal em nossa casa, tivemos chance. Teddy e eu ficamos abraçados olhando pelo espelho da maternidade, eu adoro olhar os bebês e sempre que precisamos esperar prefiro ficar aqui.
- Amor, nós precisamos pensar no quarto dos bebês em Seattle. A pediatra disse que poderíamos levar os bebês quando completassem três meses. – droga o que eu digo?
- Teddy, eu gostaria de arrumar isso quando chegarmos. Não tivemos oportunidade de morar na nossa casa e quero sentir o clima dela.
- Mas quando chegarmos onde eles irão dormir?
- Eu pedi para Bia colocar dois berços no nosso quarto. – falo, mas já sabendo exatamente o que Teddy pensa sobre crianças no quarto.
- Negativo. Eles não irão dormir no nosso quarto. Se deixarmos nunca mais eles vão querer sair e não posso tocar em você com eles lá.
- Está certo. Quando chegarmos mudamos os berços para um dos quartos de hóspedes. E Depois pensamos sobre o quarto. Certo?
- Eu preferia já resolver isso antes. Mas se você quer assim... Quem sou eu para discutir.
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Amor, Primeiro Amor
RomanceSinopse Theodoro Regan está no auge dos seus 28 anos, ele é rico, bonito e sexy. Como Vice Presidente da Regan & Regan Interprise, sua vida é muito corrida e agitada. Após um longo período se dedicando exclusivamente ao trabalho, Teddy decide tirar...