Capítulo 3

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Emma

Saio do meu quarto levando uma bolsinha com meu celular, dinheiro e documentos. Pergunto na recepção onde posso ir dançar, eles me informam que hoje á noite tem uma festa caribenha acontecendo na beira da praia, tipo um Luau. Adorei a ideia, mas antes preciso comer alguma coisa. Segui em direção ao restaurante e pedi um Ceviche para comer. Logo depois fui para a praia onde estaria acontecendo à festa.

A festa era linda, peguei uma bebida e me aproximei. A música estava muito animada e achei que logo ia me acabar de dançar, para minha frustração haviam basicamente casais lá. Droga é muito azar vir para um dos lugares mais lindos do mundo e a única coisa que encontro é casal apaixonado. Pelo visto não vou dançar, então vou beber.

Pego mais um drink e me sento frustrada, fico observando os casais dançando, se beijando e rindo, sinto uma inveja enorme. Pego outra bebida e continuo pensando em como gostaria de encontrar um homem carinhoso, lindo, sexy, bom de cama e que me amasse, um homem que completasse minha vida, por vezes tão chata. Claro este homem tem que saber dançar, eu amo dançar! Meu moreno ideal tem que ser forte, inteligente, sexy, protetor, cavalheiro, gentil, intenso, amoroso... A lista é enorme e acredito que é por isso que estou solteira até hoje e o fato de que sempre fujo de relacionamentos. Além do mais, onde eu vou arrumar esse pacote completo?

Presa em meus pensamentos, acabo pegando outra bebida, mas quando olho para além do meu copo, vejo um Deus Grego caminhando com as calças dobradas nos tornozelos, vindo em minha direção. Ele está longe, mas posso ver que ele é alto, moreno, forte... Emma você tem que parar de beber, está tendo alucinações, pensei. Olho para o mar e deixo de babar na minha fantasia e invejar os pobres casais apaixonados.

Escuto uma voz, falando um francês fluente, ele está pedindo um drink. Viro-me para ver quem é. Deus é ele!

– Teddy? O que você esta fazendo aqui? - saio logo perguntando, ele me disse que ficaria no quarto, pelo menos foi o que entendi.

– Desculpe nos conhecemos?

– Me desculpe, sou Emma! Será que ele não sabe mesmo quem eu sou, bom talvez eu seja tão insignificante que ele não se lembre de mim. Nós nunca nos encontramos pessoalmente, mas certamente ela já me viu no face da Rachel.

– Emma, desculpe não reconheci você. Acabamos nos encontrando por fim.

– Verdade. Teddy eu achei que ia ficar na cabana e descansar. Eu estava super animada para dançar, mas olha para isso, só tem casais. - meu Deus acho o filtro entre meu cérebro e minha boca entupiu, porque estou falando coisas sem pensar. Porque fui dizer a ele que eu queria dançar... Burra.

– Pois é, tem bastante casal por aqui mesmo. Meu pai disse que este lugar era inesquecível, romântico e famoso por isso. Eu queria descansar e aproveitar o paraíso natural que tem por aqui, então para mim não faz diferença.

Credo, arrogância em pessoa! Pensei comigo, mas mesmo assim ele era muito sexy, muito mais do que as fotos das revistas mostravam, pessoalmente ele era demais. Ele tem jeito de ser bom de cama, beijaria essa boca fácil. Fiquei delirando, enquanto o silêncio pairava sobre nós, decidi puxar assunto.

–Quando você vai embora? - perguntei, mas acabei soando indelicada.

– Nossa Emma, acabei de chegar. Mas vou embora pelo dia 23, não decidi bem ainda. E você?

– Desculpe não quis ser indelicada, eu vou dia 24.

– Porque você decidiu vir para cá? Perguntou ele.

– Acabei a universidade agora, então decidi que merecia férias antes de abrir meu escritório de joias. Sou designer e estou abrindo uma espécie de atelier  em Seattle, quando retornar começo a reforma do meu escritório e a produzir as peças que já desenhei e que irei desenhar aqui para o lançamento da minha primeira coleção exclusiva. E você, porque escolheu o Tahiti?

Amor, Primeiro AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora