𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐄𝐑𝐀𝐌𝐎𝐒 𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 (𝐞 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬)

[𝐗𝐈𝐈𝐈]. 𝑨 𝑫𝑶𝑹 𝑫𝑶 𝑳𝑼𝑻𝑶

A ESTADIA DE TODOS NO ACAMPAMENTO foi estendida naquele verão. Durou mais duas semanas, até o início do novo ano letivo..., mas Isabelle não poderia dizer que estava necessariamente aproveitando, não quando a presença dela ali era mais como a de um fantasma do que uma criatura viva.

De qualquer forma, as coisas não podiam parar só porque Isabelle se sentia parada no tempo, então, Grover assumiu o controle o controle dos sátiros buscadores e os estava mandando pelo mundo para encontrar meios-sangues não reivindicados. Até agora, os deuses tinham mantido sua promessa. Novos semideuses estavam pipocando em todos os lugares – não só nos Estados Unidos, mas em vários outros países também.

— Nós mal conseguimos dar conta — Grover admitiu numa tarde enquanto ela resolveu dar o ar de sua graça, perto do lago de canoagem. — Nós vamos precisar de um orçamento maior para viagens, e eu poderia usar mais uma centena de sátiros.

Embora estivesse reclamando, Isabelle conseguia ver o brilho em seus olhos e sinceramente, era um sentimento no qual compartilhava, quer dizer, Grover havia sido fiel aos seus sonhos e aos seus princípios e foi recompensado por isso – havia orgulho maior do que esse?

— Como era de se esperar pelo escolhido por Pã. O Lorde da Natureza. Membro do Conselho do-

— Para com isso! — protestou Grover. — Você é tão má quanto Juniper. Eu acho que ela quer que eu concorra à presidência depois disso.

— Não seria ruim — Isabelle deu de ombros. — As verbas para os programas de preservação à natureza aumentariam. O aquecimento global e os buracos na camada de Ozônio precisam ser combatidos.

Ele mastigou uma lata de alumínio enquanto eles olhavam por cima do lago, voltaram sua atenção para a fileira de novos Chalés em construção. O formato de U brevemente seria um retângulo completo. Quem diria que os semideuses tinham realmente pegado a nova tarefa com gosto.

Os olhos dela eventualmente foram para o espaço onde o Chalé de Hades estava criando forma. As plantas foram feitas por Annabeth – não que Isabelle tivesse pedido, na verdade foi ideia de Nico, que correu atrás dela com as exigências de ambos e de onde ele havia encontrado coragem é que Isabelle não sabia – e no projeto feito, uma estufa foi colocada por causa de Isabelle, afinal, era onde sua mãe passava a maior parte do tempo, onde ela ficava com seus gêmeos, portanto, Isabelle achou mais do que justo de buscar um pouco dessa sensação se conforto. A presença de rosas vermelhas ali era obrigatória, mas também de flores e romãzeiras direto do Mundo Inferior, do Jardim de Perséfone (com a permissão da deusa, claro). Após tudo ter ficado pronto, com tudo devidamente definido, Nico fez questão de recrutar, ou melhor, convocar uma equipe de construtores mortos-vivos para erguer o Chalé.

Ao longe já eram visíveis as sólidas paredes de obsidiana com uma caveira decorando sobre a porta, tochas que queimavam intensamente com fogo verde vinte e quatro horas por dia a ladeavam. Isabelle decorou o pequeno canteiro na varanda com flores da escolha de Nico – que é claro, foram flores pretas, mais especificamente, petúnias negras.

Embora ainda não estivesse completamente pronto, ela não podia negar que era uma construção satisfatória até então.

Pegando um vislumbre de tranças com mechas loiras e cabelo loiro cheio de cachos, o coração de Isabelle acelerou e ela se levantou de uma vez antes que se desse conta inteiramente do que fazia.

Hora de fugir.

— Te vejo por aí, Grover — Isabelle disse e então desapareceu nas sombras, não dando oportunidade de seu amigo sátiro dizer nada e surgindo dentro do seu quarto no novo Chalé, se sentou na cama.