[𝐗𝐈]. 𝑶𝑺 𝑷𝑹𝑰𝑴𝑬𝑰𝑹𝑶𝑺 𝑷𝑨𝑺𝑺𝑶𝑺 𝑷𝑨𝑹𝑨 𝑨 𝑴𝑼𝑫𝑨𝑵𝑪̧𝑨

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AS TRÊS MOIRAS EM PESSOA LEVARAM o corpo de Luke.

Uma delas olhou para Isabelle, e mesmo que não tenha dito nada, a vida dela passou literalmente por seus olhos. De repente, ela tinha vinte anos. Então era uma mulher de meia idade. Em seguida, velha e murcha. Toda a força deixara seu corpo, e viu sua própria lápide e uma cova aberta, um caixão sendo baixado lentamente para dentro da terra. Tudo isso aconteceu em menos de um segundo.

Está feito, ela disse.

A Moira levantou um pedaço de fio azul – e de alguma maneira, Isabelle sabia que era o mesmo que Percy tinha dito ter visto quatro anos atrás, o fio da vida que as viu cortar. Na época, ele pensara que era a sua vida, mas no final, era a vida de Luke. Anos antes, elas tinham mostrado a vida que teria que ser sacrificada para que as coisas pudessem começar a serem consertadas.

Elas recolheram o corpo de Luke, agora enrolado em uma mortalha branca e verde, e começaram a levá-lo para fora do salão do trono.

― Espere ― Hermes disse.

O deus mensageiro estava vestido em sua típica túnica grega branca, sandálias e elmo. As asas de seu capacete se agitavam enquanto ele andava. As cobras George e Marta se enroscaram em volta do seu caduceu, murmurando, Luke, pobre Luke.

Automaticamente, os pensamentos de Isabelle foram parar em May Castellan, sozinha em sua cozinha, assando biscoitos e fazendo sanduíches para um filho que nunca voltaria para casa para comê-los. Ela se perguntou se perder completamente a sanidade fosse uma bênção para ela, afinal. Que talvez assim, a pobre mulher não se daria conta do porquê seu filho não está voltando para casa.

Hermes desembrulhou o rosto de Luke e beijou sua testa com carinho. Ele murmurou algumas palavras em grego antigo – uma bênção final.

Adeus ― ele sussurrou. Então acenou com a cabeça, permitindo que as Moiras levassem o corpo de seu filho.

Enquanto elas saíam, a mente de Isabelle voltou para a Grande Profecia. As linhas agora faziam sentido para ela. A alma do herói, lâmina maldita ceifará. O herói era Luke. A lâmina maldita era a faca que ele havia dado a Annabeth anos antes – maldita porque Luke havia quebrado sua promessa e traído seus amigos. Seus dias uma única escolha irá encerrar. A escolha de Percy, de dar a ele a faca, e acreditar, assim como Annabeth, que o filho de Hermes ainda era capaz de consertar as coisas. O Olimpo preservar ou aniquilar. Ao se sacrificar, ele havia salvado o Olimpo.

Realmente, Profecias eram as coisas mais confusas.

Ao lado de Isabelle, os joelhos de Annabeth cederam. Percy a pegou, mas ela gritou de dor. Ele acidentalmente havia segurado seu braço quebrado.

― Ah deuses ― ele disse. ― Annabeth, me desculpe.

― Está tudo bem ― ela disse enquanto desmaiava nos braços dele.

― Ela precisa de ajuda! ― Isabelle gritou.

― Deixa comigo. ― Apolo se aproximou. Sua armadura ardente era tão brilhante que era difícil olhar para ele, e seus óculos Ray-Ban combinando e seu sorriso perfeito o faziam parecer um modelo masculino para equipamentos de guerra. ― Deus da cura, a seu serviço.

Ele passou sua mão sobre o rosto de Annabeth e murmurou um encantamento. Imediatamente suas contusões sumiram, todos os seus cortes e cicatrizes desapareceram. Seu braço se endireitou e ela suspirou aliviada em seu sono.

Apolo sorriu.

― Ela ficará bem em alguns minutos. Tempo suficiente para que eu componha um poema sobre nossa vitória: "Apolo e seus amigos salvam o Olimpo". Boa, não?

𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐄𝐑𝐀𝐌𝐎𝐒 𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 (𝐞 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬)Onde histórias criam vida. Descubra agora