Capítulo Onze

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Música de Capítulo: One Direction - Home

POV. HARRY

"Então vamos enlouquecer juntos" - ela gritou no meio da rua escura e agarrou na minha mão começando a correr até à entrada da loja. Uma sensação de liberdade percorreu todas as minhas veias enquanto eu ia pisando as pedras da calçada rapidamente.

Fui seguindo o seu pequeno corpo com alguma dificuldade e parei quando ficamos em frente da porta principal. As suas mãos largaram as minhas para tirar qualquer coisa do bolso, suponho eu, para abrir a porta. Estas mexiam com uma fácil agilidade na fechadura e eu fiquei apenas a observar as suas feições apenas iluminadas pela luz da Lua. É incrível como até assim, ela é espantosa, e consegue deixar o meu coração a bater mais forte com cada gesto.

"Onde é que aprendeste isso?" - falei quando ela abriu a porta, após escassos minutos.

"Foi a minha mãe que me ensinou" - os seus olhos iluminaram quando falou da mãe e eu não consegui evitar sorrir - "Ela fazia questão que eu soubesse tudo sobre isto. Ensinou-me primeiros socorros, a saltar por obstáculos rapidamente, e a assaltar. Basicamente, a fazer tudo para conseguir sobreviver" - quase que conseguia ver as imagens da sua infância a passar pelos seus lindos olhos azuis - Quando passei em todos os testes, ela colocou-me, na cabeça..." - a sua voz foi interrompida pelo som do alarme e o seu corpo correu imediatamente para dentro da loja, mexendo e remexendo em vários fios.

Enquanto isso, corri até ao sitio das tendas e peguei na maior que consegui encontrar. Coloquei também algumas mantas e sacos com comida na mochila que ela tinha trazido; e peguei em dois sacos de cama.

"Vou meter isto no carro" - gritei-lhe da entrada para que conseguisse ouvir - "Já levo tenda, sacos de cama, alguma comida e mantas, trás o que achares necessário" - saí da porta principal, mas voltei atrás mesmo a tempo de lhe dizer uma última coisa - "Despacha-te" - consegui ouvir o seu sorriso e corri rapidamente até ao meu Range Rover. Nem acredito que estou a fazer uma coisa destas!

Abri a mala do carro e coloquei tudo o que trazia comigo, deixando-a aberta para qualquer coisa que ela eventualmente se tivesse lembrado que faltava. Ao longe vi o seu corpo a correr com um carrinho de compras praticamente cheio.

Mas ela é maluca? Qual foi a parte de "trás o que for necessário" que ela não percebeu? Se formos presos, a culpa é inteiramente dela!

Abri a porta do condutor e coloquei o carro a trabalhar, enquanto ela colocava tudo na parte de trás. O meu coração batia tão forte que eu tenho a certeza que ela o conseguiria ouvir se estivesse mesmo ao meu lado.

Arranquei o mais rápido que pude, quando o seu corpo se sentou no lugar do passageiro, deixando o carrinho vazio das compras no meio daquela rua.

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(Algumas horas antes)

"Então o plano é este, certo?" - uma voz ecoa pela escura cave, onde todos nos encontramos sentados nos bancos de madeira, menos eu. Cada pessoa aqui dentro tem uma capa preta com um capuz a tapar quase toda a superfície da cara. As mãos da voz grave apontam para o quadro, onde eu expliquei pormenorizadamente todo o meu plano.

"Sim" - a voz da nossa soberana é ouvida e toda a gente se cala imediatamente - "Gosto do teu plano 54, é bem pensado e tem lógica tudo aquilo que queres fazer. Como chefe do grupo, aprovo esta nova missão" - sorrio - "Têm um mês para pôr tudo em prática"

"Sim mestre" - falamos todos ao mesmo tempo e ajoelhamo-nos assim que o seu corpo passa por nós.

Toda a gente começa a dispersar pela sala e eu agarro no braço do número 38. Aqui todos temos um número, e somos identificados por ele. O meu é o 54, e a minha capa tem esse numero e o nosso símbolo gravado. A única pessoa que sabe quem realmente nós somos e todas as nossas informações, é a nossa soberana.

Scream! - H.S [Em Pausa] Onde histórias criam vida. Descubra agora