Scream! - H.S [Em Pausa]

Capítulo 61

[11 Semanas de gestação]

Harry

O meu escritório estava numa desarrumação total. Parecia que um tornado passara por aqui, levando todas as folha para o chão e espalhando mais umas poucas na secretária. A verdade é que ultimamente o trabalho tem sido tanto que passo mais tempo aqui que em casa.
Leah tem ficado com o Den, como é que aquele miúdo já vai fazer 6 anos? O tempo passou assim tão depressa? Parece que ainda ontem tinha sido a primeira vez que eu levei a rapariga dos olhos azuis até ele, com aqueles seus 4 aninhos, a chamar-me "Hally".
É extraordinária a forma como ele cresceu tão depressa. Nunca pensei conseguir adotá-lo tão depressa, e olha só para nós? A vivermos juntos, como sempre eu lhe prometi.

- Mrs. Styles? - Rosie entra dentro do gabinete ofegante. Credo mulher, não precisa de correr.

- Aconteceu alguma coisa? - Pergunto olhando divertido para o seu rosto. Esta mulher é deveras engraçada, a correr sempre por tudo e por nada. Sempre que lhe peço um café, lá vai ela, com aqueles seus pezinhos minúsculos a correr para a máquina, como se ela desaparecesse se fosse a andar.

- É a minha sobrinha... A menina foi para o hospital e minha irmã não consegue ir buscá-la de momento. Importava...

- Pode ir Rosie, está tudo bem, eu também me vou embora entretanto - interrompi o seu discurso, com medo que ela se engasgasse da forma rápida que estava a tentar pronunciar as palavras - Mas vá com calma! Peça ao Liam para a levar, certamente não quero que conduza nesse estado, ainda lhe acontece  alguma coisa.

- Mas o meu carro...

- O seu carro será entregue e estará em sua casa assim que chegar, eu prometo-lhe, agora vá lá e não se preocupe com nada. - Mandei-lhe um beijo pelo ar, fazendo as suas bochechas ganharem cor e levantei-me da cadeira assim que saiu.

Mandei uma mensagem rápida ao Liam a avisar que iria acompanhar Rosie ao hospital e depois a casa e peguei na minha pasta, mandando os papeis da forma mais desorganizada possível lá para dentro e saindo do escritório.
Caminhei para a garagem onde estaria o meu carro, vendo a minha assistente entrar no carro que normalmente serve para me deslocar em situações de trabalho. Contratei o Liam na semana passada para ser o meu motorista. Recebe bem e não há muito que ele tenha que fazer, sem ser conduzir sempre que lhe ordeno para tal. O pouco dinheiro que recebia de ordenado no ginásio não chegava para as despesas, por isso ofereci-me para o ajudar, até porque estava a precisar de trocar de motorista. O senhor Amadeu já estava a ficar velho e já não conseguia fazer o seu trabalho eficientemente.

Atirei a minha pasta para os bancos de trás do meu carro e conduzi diretamente para cancela que se encontrava na saída da garagem. Passei o meu cartão pelo sensor e a mesma se levantou segundos depois. Os pneus do carro deslizaram rapidamente pelas ruas apinhadas de Inglaterra.
Já era época de Natal. Faltavam 3 semanas para levar Leah, Den, Soph, Niall e a/o nossa/o futura/o bebé para Nova York. O casal de namorados decidiu passar a véspera de Natal connosco e  seguir para a Irlanda no dia seguinte, para Soph conhecer os pais do loiro oxigenado.
As ruas já estavam enfeitadas com luzes e montes de pais natal estavam na rua a dar pequenos presentes às crianças mais pequenas. A maior parte das pessoas já se viam a comprar os presentes e as lojas a abarrotar de gente.

Nunca dei muita importância ao Natal, mas este ano tudo ficou diferente. A minha mãe já saiu da clínica e agora tenho a Leah e o Den, que são os melhores presentes que eu alguma vez poderia receber ou desejar.
Muita coisa ia mudar nas próximas semanas, inclusive a minha relação com a rapariga de olhos azuis. Eu nunca amei ninguém assim, e sinceramente também não queria sentir o que sinto por outra pessoa qualquer. Tinha de ser com ela. Eu sei, eu sinto-o. Não haveria outra forma de acabarmos se não fosse juntos.