Capítulo 49

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Leah

- Louis! – Gritei e corri para os seus braços, recebendo um forte e grande abraço da sua parte.

- Olá pequena – Piscou-me o olho e agarrou a mão da namorada – Como é que estás? Já soube da tua mãe – Fez uma cara confusa.

- Vou indo – Dou de ombros – E vocês como estão? – Sorri para o casal à minha frente e dei dois beijos na bochecha da menina ruiva.

- Estamos bem – ela sorriu – Estamos a pensar viajar esta semana.

- A sério? – Sorri – Vocês merecem depois de tudo o que passaram – falo referindo-me da irmã de Louis, que está a melhorar.

- E tu e ele? – Louis aponta para o Harry, se encontra a caminhar para aqui com dois gelados na mão – Ainda não se mataram? – Riu.

- Claro que não, ela não me resiste – Harry fala e entrega-me o gelado de caramelo para as mãos – Além disso – Contínua, abraçando Louis e beijando a bochecha de Hope – achas mesmo que este metro e meio de vida me conseguia matar?

- Estúpido – Dei-lhe um murro no ombro.

- Parva – Atirou-me a língua.

- Ohh que adulto que tu és – Mostrei-lhe o dedo do meio.

- Olha quem fala – revira os olhos – E vocês, o que estão aqui a fazer? – Pergunta ao casal.

- Estávamos a passear pelo parque quando encontramos a Leah – A ruiva esclareceu – Íamos agora mesmo almoçar, querem vir? – Convidou.

- Não dá – Agarrei a cintura do meu namorado e levei uma colher de gelado à boca – Estamos a cainho do aeroporto e não podemos demorar – Fiz beicinho.

- Vocês já vão voltar para Oxford?

- Sim – Harry responde – Já estivemos aqui mais tempo do que o previsto – Deu de ombros.

- E o Den? – Louis dirigiu o seu olhar para mim – Já sabem quando é que o podem ter com vocês?

- Nós temos visitado o menino todos os dias, desde que as coisas acalmaram. A segurança social já está a tratar de tudo e estes casos demoram sempre muito tempo – Faço uma careta – Além disso, eu e o Harry temos de ter um bom apartamento/casa e bons empregos para conseguirmos adotar o Den – mordo levemente o meu lábio.

- Isso é verdade – Hope afirma – Lembro-me do processo de adoção da minha irmã mais nova. Demorámos 2 anos para a ter connosco e a segurança social estava sempre me cima da minha família, para saber se havia boas condições para ela.

- Então vocês vão para Oxford até o Den poder estar convosco? – Desta vez é Louis que pergunta.

- Nós vamos viver em Oxford Louis – Harry levanta a sobrancelha, não entendendo a pergunta do amigo – Mesmo com Den, ele irá para lá assim que puder.

- Ohh, eu pensei que vocês ficassem por aqui - fez beicinho.

- Nós prometemos que te vimos visitar assim que pudermos – Abraço-o – Mas agora temos mesmo de ir, já devíamos estar a caminho.

- Tudo bem – beija a minha testa – Cuida de ti está bem? – Assinto – Se precisares de algo, por favor, liga-me.

- Nós iremos – Harry aperta a mãos de Louis enquanto eu abraço Hope.

- Até depois – Ela diz e caminha para longe com o Boo Bear.

Acenei para eles e caminhei de novo para o carro do meu namorado. Abri a porta do condutor e entrei, recebendo um olhar estranho da parte dele.

- O que foi? – Perguntei.

- O que é que achas que estás a fazer? – Apoiou-se na janela com um riso torto nos seus lábios.

- Eu vou conduzir o teu carro – Falei como se fosse óbvio.

- Não, tu não vais tocar no meu carro – Levantou a sobrancelha.

- E porquê? – Cruzei os braços.

- Mulheres ao volante são um perigo constante – piscou-me o olho.

- Harry Edward Styles, eu juro que se tu não me deixas conduzir a merda do resto do caminho, que eu te deixo sem sexo durante um mês – Ameaço, com uma expressão séria, apesar de estar a mentir. Eu não aguento estar sem ele um mês.

- Nossa! – Bufa – Já estou a ir – Revira os olhos e caminha para o lado do passageiro – Não precisavas de ser tão bruta – Resmungou enquanto metia o cinto – Estás com o período ou quê?

Não respondi, limitando-me a lançar-lhe um olhar de morte e a aumentar o volume da música, para não o ter de ouvir resmungar o resto do caminho.
Conduzi calmamente o resto dos vinte minutos que nos faltavam para chegarmos e assim que parei num semáforo, voltei o meu rosto para o seu corpo encolhido no banco.

- Vais ficar assim o tempo todo? – Agarrei a sua mão.

- Tu ameaçaste que me ias deixar sem sexo – Fez uma cara adorável, que me fez gargalhar.

- Desculpa - Sorri e beijei a ponta do seu nariz.

- Não voltes a dizer uma coisa dessas! – Avisou, já com um sorriso a aparecer no seu rosto.

- Prometo que não – Beijei o seus lábios, o que não durou muito tempo, pois todos os carros atrás de nós começaram a apitar por o semáforo já estar verde.

- Despediste-te da tua mãe?

- Não... - dei de ombros, tentando concentrar-me na estrada.

- Mas tu não disseste que querias que ela entrasse de novo na tua vida? – O seu olhar estava em mim.

- Sim – virei para o aeroporto – Mas isso não significa que tenha de fingir ser a sua melhor amiga – Olhei ligeiramente para o seu rosto.

- Então vieste embora sem lhe dizer nada? – Perguntou assim que eu estacionei o carro.

- Eu deixei-lhe uma carta Harry – Bufei e abri a porta, respirando o ar fresco do verão – E sinceramente não me apetece falar sobre isso – Ajeitei o meu vestido azul e peguei nas minhas malas.

- Eu só acho que te estás a precipitar – Colocou as suas mãos na minha cintura, aproximando o meu corpo do seu – Ela é tua mãe e por mais que digas que não, eu sei que tu precisas dela – Beijou os meus lábios carinhosamente.

- Eu sei... Mas eu preciso de voltar para a minha vida – Afaguei a sua bochecha – Eu não quero nem posso ficar mais tempo – Saí do seu aperto e tranquei a porta do carro, dando a chave a Isaac, que estava à nossa espera no parque de estacionamento.

- Cuide bem do meu menino – Harry falou para o senhor, limitando-se este a assentir e a agarrar a chave – Quero o meu carro em Oxford o mais rápido possível.

- Claro – O senhor com os seus 50 anos sorriu para nós – Boa viajem Mr. e Mrs. Styles – Piscou-nos o olho e afastou-se.

- Ele trabalha para o meu pai – Harry esclareceu e ambos entramos dentro do avião – Cuidou de mim quando eu era pequeno e sempre me ajudou no que pôde – Sorri para ele carinhosamente. É realmente bom quando tens alguém que te ame tanto assim – É deveras um senhor excelente.

- Aposto que sim – Sentei-me no meu lugar – Quando eu era pequena, também havia uma senhora que cuidava de mim sem o meu pai saber – Os seus olhos focam no meu corpo – O seu nome era Isabelle e ela era a senhora mais simpática do mundo – Senti os meus olhos ficarem um pouco molhados pela boa recordação.

- O que foi feito dela? – Encostou a sua cabeça no meu ombro, onde beijou o local carinhosamente.

- Não faço ideia - dei de ombros – Não sei nada dela faz muito tempo.

- Ela era tão importante para ti assim?

- Sim, ela era... - Os seus braços puxaram-me para o seu peito assim que nos foi permitido retirar os cintos e os meus olhos fecharam imediatamente relembrando a pequena senhora brincar no jardim comigo.

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Scream! - H.S [Em Pausa] Onde histórias criam vida. Descubra agora