Chegamos até o carro e fiquei boba. Que máquina! Não conhecia aquele modelo. André saiu de dentro e nos abriu as portas. Estava de terno e gravata e usando luvas.
— Boa tarde senhoritas! – curvou a cabeça
— Boa tarde. – respondi.
— Boa tarde André. Guie para casa, por favor.
André ligou o carro e partimos.
— A gente vem sentada aqui atrás?
— Sim. Mamãe não quer que eu ou nossos amigos nos sentemos ao lado motorista. E André faz tudo exatamente como ela manda.
"Às vezes eu acho que sua mãe dá uns pegas nesse motorista... O que aliás mostra que ela não tem mal gosto, de todo."
— E você Samantha? Como foi sua semana de provas?
— Ciclo profissional não tem semana de provas. Elas são dispersas. Mas já acabou tudo e eu passei bem. Agora venho só por causa do laboratório.
— Como é o seu trabalho lá?
— Trabalho na área de estruturas e estudo o uso do aço ao invés do concreto na construção civil...
Conversamos sobre meu trabalho e Alex pareceu se interessar muito. André nos deixou no prédio e ela o dispensou, mesmo com sua insistência de me esperar para me levar em casa. "Ah meu filho, se você chegar comigo no pé do morro com esse carrão e vestido desse jeito a malandragem não vai perdoar nem essa luvinha que você tá usando!"
Entramos no apartamento e Alex me ofereceu um monte de coisas que não aceitei; inclusive jantar.
— Minha avó preparou comida pra mim, linda. Não posso jantar aqui. Agradeço, e fique à vontade. Vai lá se servir, eu te espero.
Alex ficou meio sem graça pediu licença para se trocar. Fiquei na sala e antes que ela sumisse de minha visão chamei: — Alex.
— Sim?
Caminhei para perto dela:— Você ficou ainda mais linda com esse visual novo. O cabelo curto caiu muito bem. Ficou mais sexy, mais charmosa. – passei a mão em seus cabelos – Meio asa delta meio repicado. Excelente. – cheirei seu pescoço e ela se arrepiou
Beijei-lhe o pescoço e abracei sua cintura colando seu corpo no meu. Beijei seu lábios e ela parecia relutante. Insisti com o beijo e ela se rendeu, envolvendo meu pescoço se entregando ao que sentia, até que a falta de ar nos freou.
Ela abaixou os olhos e corou:— Você elogiou o cabelo de mamãe e aí eu cortei os meus... Agora deixa eu me trocar e fazer as coisas rápido. Temos que conversar.
— Vai lá.
Alex saiu apressada e eu me sentei no sofá.
"Mas e agora? A gente vai conversar sobre o que? Sobre nós? O que será que ela quer?"
Depois de um tempo Alex voltou e estava com um conjunto de moletom justinho no corpo e calçando chinelos, com salto. Aliás, salto e batom eram coisas que ela não dispensava. Ela caminhou um pouco pela sala e parou perto da mesa.
— Eu tenho pensando muito sobre nós. Minha cabeça anda confusa.
— E?
— Acho que devemos parar com isso. Nós ficamos... juntas... e depois você vai embora e tudo fica como se não houvesse coisa alguma... E aí nós nos encontramos de novo e ficamos juntas de novo...– cruzou os braços — Isso não nos levará a lugar algum. – olhou para mim.
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TUDO MUDA, TUDO PASSA
RomanceProntos(as) pra conhecer um AMOR que ultrapassou barreiras? Leia até o fim. Sem julgamentos.