Capítulo 41 "AGRAVAMENTO"

413 27 0
                                    

♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤


Dormimos abraçadas. Eu de barriga para cima envolvendo-a com um braço e ela de lado, com a cabeça em meu ombro e uma das pernas enroscada nas minhas. Acordei nessa posição e senti uma dor estranha. Vi que Alex dormia como um bebê e beijei sua cabeça. Acomodei-me melhor e novamente dormi. Quando acordei de novo estava sozinha na cama. Olhei para o relógio. Eram 9:00h.

"Uau, que noite maravilhosa!"

Sentei na cama e senti uma dor forte me tomar o corpo. Fiquei de pé e apertei a barriga e a cicatriz da operação (que era como a das mulheres que fazem cesariana). Alex aparece na porta de camisola.

— Bom dia Sammy! – olhou-me preocupada e correu até mim —Que foi? Sentindo dor? – abraçou-me com cuidado.

— Nada de mais lindinha. – beijei-a nos lábios – — Bom dia!

Ela permanecia preocupada.

— Meu Deus Sammy será que exageramos ontem? É o seu repouso! Melhor procurarmos a médica hoje.

— Que isso linda não é pra tanto! Além do mais eu não me arrependo nem um pouquinho sequer... – abracei-a e beijei-a nos lábios novamente.

— Você não tem jeito! – afastou-se de mim sorridente — Tome seu banho e venha para o café.

— Puxa, e eu que pensava que a gente ia tomar banho juntas de novo. Você me usou ontem à noite e hoje me joga fora assim?

— Boba! Está bem eu vou com você. Mas será apenas banho, entendeu?

— Tá! – fiz cara de santa.

Tomamos banho de chuveiro com direito a muitas carícias. Partimos então para o café da manhã.

— Sabe que essa dengue da Dolores veio bem a calhar?

— Samantha! – deu-me um tapinha de leve no braço.

— Brincadeira! Mas fala se essa liberdade nossa aqui dentro não tá maravilhosa? Parece um sonho, como se a gente fosse casada.

— Até parece que você se casaria comigo se fosse possível... – disse de olhos baixos

Levantei seu rosto para que me olhasse.

— Mesmo que eu nunca possa me casar com você perante a justiça, ainda vou viver com você, em uma casa nossa, e será a mesma coisa que um casamento. A sociedade poderá não aceitar, mas seremos casadas em nossos corações e mentes.

— Há vezes em que diz coisas que mexem comigo como não pode imaginar. – sorriu.

Com o decorrer do dia continuei sentindo dores e Alex ligou para a médica várias vezes perturbando tanto a pobre que, por volta das 18:00h, acabou indo lá me ver. Alex vestiu algo mais "bem composto" e eu me mantive de camisola, já que era a paciente.

— Mas e então meus amores, o que há de errado? – pôs a mão em minha cabeça.

— Ela acordou sentindo dores pelo corpo e isso não passa! – disse agoniada.

— Você vinha sentindo isso Samantha?

— Não desse jeito e com essa intensidade!

— Deite na cama e me deixe ver.

Fiz o que mandou e ela apertou meu abdômen em vários pontos. Senti muita dor em alguns deles. Ouviu coração, respiração e deu tapinhas em minha barriga.

— Fez algo que não deveria durante esse período de repouso?

Alex corou imediatamente e abaixou a cabeça. Sorte que estava atrás da médica.

— Ah, eu... Ontem eu... Eu fiquei o dia todo no computador e depois me deu a louca e daí liguei o rádio e fiz uma verdadeira disco nessa casa. Dancei muito!

— Mesmo? – perguntou com estranheza

— É. Alex tinha saído e quando chegou me surpreendeu assim.

— Eu agora tenho vergonha porque me uni a ela nessa brincadeira e nem pensei que poderia afetar sua saúde. É que a coitada nem pode caminhar mais que uma quadra aí no calçadão e para uma pessoa que gosta tanto da praia e de sair isso é um castigo! – continuou corada.

— Ora Alex não fique assim. Tudo bem, Samantha exagerou, mas agora é só manter o repouso e ficar deitada enquanto as dores continuarem. Vou prescrever um analgésico e tudo ficará bem. E você mocinha, nada de "disco" nem tão cedo!

"Ai meu Pai é agora que Alex não vai querer nem mais me dar um abraço!"

E assim foi! Alex me cortava nas mínimas investidas receando que qualquer coisinha iria me fazer mal. Seu pai telefonou dizendo que já estava em Nova York e levaria mais tempo lá que o imaginado e depois teria de seguir direto para São Paulo. Só voltaria para casa no final de fevereiro, mês que acabava de se iniciar. Dolores recuperou-se da dengue e voltou a trabalhar normalmente. Liguei para seu Neneco e ele disse que vovó estava bem. Pedi para que passasse por lá por causa do dinheiro para ela, e ele o fez, mas não quis subir. Conversou rapidamente comigo e se foi. Não falou muito sobre ela, disse que quase não a via. Disse também que não deu o endereço de Alex para ninguém do Cantagalo.

♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤♡ ❤


TUDO MUDA, TUDO PASSAOnde histórias criam vida. Descubra agora