Para aliviar o clima, vó Dorte me contou sobre a fazenda e suas estórias de natal. A paisagem me encantava mais e mais. Vi uma placa escrito Oxford e pouco depois saímos da estrada principal entrando em um caminho de terra. Engraçado como perto da mais famosa "cidade universitária" do mundo havia um refúgio como a fazenda para onde estávamos indo. Depois de alguns minutos, ao longe vi uma imensa e bela casa e um celeiro perto. Deduzi que a fazenda seria ali, e acertei.
Passamos por uma porteira de madeira que se encontrava aberta, e um homem nos acenou. Havia uma placa dizendo: Sunflower Farm. Logo percebi uma linda árvore de natal, um pinheiro de verdade, de uns 6m de altura, completamente enfeitado e com uma estrela na ponta.
— Uau! Lindo! – exclamei
— Também acho. Passamos três dias para enfeitá-la, mas valeu a pena.
— Todo ano temos uma bela árvore. Espere só até acenderem as luzes. – Alex me falou.
Vó Dorte se deslocou até o celeiro e estacionou o carro em uma espécie de grande garagem toda feita em madeira, que era como um anexo do celeiro. As portas estavam abertas quando chegamos. Lá dentro, estavam mais seis carros e um trator, além de poucas ferramentas de campo penduradas em uma parede.
— Pelo que vejo todos já chegaram – cruzou os braços — Bem, está frio e acredito que agora sim vocês queiram se preparar e comer algo. Vamos entrar?
Retirei as malas do bagageiro enquanto Alex e a avó fechavam as portas. Saímos de lá e andamos até a porta de entrada da casa. Olhei para trás para ver melhor o celeiro. Ele tinha uns 12m de altura por quase a mesma coisa de largura, era todo em madeira e estava fechado. A poucos metros da porta havia um pequeno poste com uma lamparina pendurada, que estava apagada. Eram umas 18:00h, mas já estava escuro. Porém, podia perceber a existência de muitas árvores, desfolhadas por conta do inverno, e de um campo plano cheio de trigo. Mais ao longe se via um pequeno lago.
— A fazenda se estende até aquele lago?
—Sim. Por conta da escuridão você não poderá ver uma cerca de madeira bem próxima às suas margens. Ela nos separa da fazenda dos McGueer. Do outro lado – apontou o lado oposto ao do lago— é a fazenda do pastor O'Brian. E o nosso famoso campo de girassóis fica ali, perto do celeiro, mas nesta época do ano você não os verá. Ficará para a próxima, no verão! – sorriu.
— Eu sinto interromper, mas o frio está me matando! Vamos entrar? – Alex trincava os dentes.
E finalmente estávamos paradas diante da porta. A casa era enorme, como estas que se vê nos filmes. Também em madeira, pintada de branco, com seis janelas na fachada, todas com umbrais pintados de azul claro. A porta de entrada era preta, lisa, e com uma grande argola de bronze pendurada. Vó Dorte segurou esta argola e bateu forte.
— Ajuda para uma pobre mendiga – brincou.
Uma mulher muito parecida com ela abriu a porta e nos recebeu sorridente.
— Mendiga, é?- sorriu — Oh, meu amor, quanta saudade! Está linda com este corte de cabelo! E você deve ser Samantha. Vamos, entrem, saiam deste frio!
Entramos na casa e o interior era magnífico. Não parecia uma casa de fazenda, mas uma de bonecas e contos de fadas. Tudo era rústico, feito em madeira, mas com delicadeza e bom gosto. Alex e a tia se envolveram em um abraço apertado.
— Oh, deixe-me ajudar com isso! – um senhor correu até mim e pegou as malas — Sou Herbert Duncan, marido de Shelley.
— É um prazer. Samantha.
— Fique a vontade.
— Olá tio! – Alex beijou o rosto do homem.
— Olá querida! Tivemos saudades.
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TUDO MUDA, TUDO PASSA
RomanceProntos(as) pra conhecer um AMOR que ultrapassou barreiras? Leia até o fim. Sem julgamentos.