Capítulo 80

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Olá, desculpa a demora. 

<3

— AH! comentem, deem suas opiniões, há muitas visualizações, mas não há comentários :/ me deem um  feedback, dúvidas, sugestões, elogios, dizer que me amam. kk brincadeira. vamos lá ♡ ❤♡ ❤

Ass: Fabi <3

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A presença de Mirayn não nos incomodou, ao contrário, era uma boa e divertida companhia.

Nós ríamos muito com suas histórias e eu me surpreendia cada vez mais com a coragem de uma garota que sai sozinha pelo mundo com um mochilão nas costas, vários mapas e alguns dicionários, e muito fôlego para desbravar o desconhecido. Pena era que não tínhamos muito tempo para ela.

Dias depois da chegada da viajante, fomos para a praia de Ponta Negra e ela adorou o lugar. Principalmente o verde azulado do mar de águas mornas e a presença simpática do Morro do Careca.

Por volta das duas da tarde buscamos um lugar para almoçar e estava tudo muito cheio. Fomos então para um restaurante italiano que tinha algumas mesas vagas.

No decorrer da refeição encontrei um tufo de cabelos bem nojentos na travessa de macarrão e ficamos de estômago embrulhado. Chamei o garçom e disse que não iríamos pagar a conta. Ele então disse que chamaria o dono do restaurante, e qual não foi minha surpresa quando o ouvi gritar:

—  Seu Eratti!! Deu um problema aqui.

Alex e eu nos entreolhamos instantaneamente e meu coração acelerou. Não esperava por aquilo.

"Eu ouvia dona Marinalva contar sobre o passado. Mencionava o último telefonema de minha mãe.

...

- (...) Eu acabei perguntando por Francesco e ela disse que soube dele estar vivendo em Natal. Pelas minhas contas, ele deve estar com uns 60 anos..."

E então veio se encaminhando um homem calvo, alto, barrigudo, com bigode e aparência de uns 60 anos. Usava uma típica "roupa de turista": bermudão branco, blusa estampada com flores e tênis com meia. Veio sorrindo e disposto a fazer uma média conosco.

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— Oh, ma isso noné una mesa, é uno jardim! Só flores! – olhou para nossos rostos.

No momento em que deu de cara comigo sua expressão mudou. Parecia ter levado um susto e ao mesmo tempo estar se lembrando de algo, ou de alguém.

— Eu disse pro seu garçom que não vamos pagar – afirmei com firmeza — por conta disso! – apontei para os cabelos no meio da comida.

— Oh! – ficou sem graça — É vero... Bene! – coçou a cabeça — Mil perdões! Non voglio denaro; é por conta! – mostrou um sorriso sem graça e chamou o garçom que nos atendeu — Beto, aqui!

Beto veio e ele orientou-o a recolher os pratos e não cobrar a conta. Pediu desculpas novamente e afastou-se desconfiado. Olhou para mim mais uma vez e parecia estar pensando em algo perdido no tempo. Sua maneira de falar era estranha. Palavras soltas em italiano e o que dizia em português vinha com o mais perfeito sotaque carioca. Parecia que queria fazer um tipo.

TUDO MUDA, TUDO PASSAOnde histórias criam vida. Descubra agora