Sabe o que acontece se derrotarem o megazord, né?

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Pov Bárbara

O que aconteceu nesse ano? Nada demais, estudei, estudei, estudei. Não voltei a namorar ninguém, beijei realmente muito pouco também. Sei lá, algo estava diferente e eu não me sentia satisfeita.

"Mas e aí, e a Júlia?" Descobri que ela se fode com a Marina, numa conversa eu senti certa tensão sexual entre as duas, e quando perguntei sobre, me deram claros sinais de mentira ao responder. Calei-me com a certeza de que elas transam sem compromisso, porque não notei nenhum sinal de paixão da parte delas. Ou então não querem assumir um compromisso sério, pela personalidade das duas e talvez por medo, também, é uma amizade de muitos anos né.

"Tá, mas e você e a Júlia?" Ah, bom... Tenho o que dizer sobre.

Numa madrugada um pouco depois daquele episódio da minha calcinha molhada no colégio, eu estava muito excitada, pensando em coisas que me deixavam excitada (peguei um costume de fazer isso, às vezes). Aí, do nada, juro, do nada mesmo, desejei ligar pra Júlia e simplesmente ouvir a voz dela, ou desejei sua presença, o que me deixou muitíssimo intrigada.

Sobre essa questão sexual, ela havia me explicado realmente o básico para que eu tirasse aquela interrogação da mente, mas para ir mais fundo, eu tive que pesquisar, conversar com a minha mãe, descobrir sozinha...

Então, sabe a inocência que eu mantinha no início do ano e que a Ju disse que destruiu? Digamos que ela apenas retirou um tijolo do muro, e um tijolo que não tinha tanta importância, e eu tratei de derrubar o muro inteiro nesses meses. Conclui-se que não há mais inocência, exceto o meu hímen intacto.

Sim, eu quero uma pessoa especial pra transar pela primeira vez. E essa pessoa não está comigo ainda.

Agora que sei o que é sexo realmente e em termos gerais, sei o que são fetiches, o que é tesão, libido, orgasmo, zona erógena, 69... Eu sei o que sinto pela Júlia, no caso um desejo bastante forte, que, às vezes, eu tenho uma vontade louca de cessar. Ou de alimentar, não sei qual palavra deve ser usada.

E aprendi que álcool te faz dizer o que você não quer que saia da sua boca, por isso nunca mais ingeri uma gota de álcool, porque se o fizesse, provavelmente teria dito coisas como "foda-me até o dia clarear" pra Júlia.

Sim, bastante vadia assim mesmo. Pra você ter uma ideia da minha vontade de foder com a Ju. (ai, que invejinha da Marina)

Dá pra eu ser virgem falando essas coisas? Ok, voltemos ao dia hoje, ao momento agora.

Quando a Ju me convidou pra ficar na praia com ela e a Marina, mesmo tendo uma convicção interna de que vadias estariam envolvidas, eu fui porque confiei no que a Júlia falou.

Mas confiar é uma merda, e claro que vadia era o que não ia faltar. E quando eu chego à praia e procuro pela rede de vôlei mais próxima, achando a Marina jogando (muito mal), quem eu vejo sentada num lugar que dava ótima visão do jogo? É, a Júlia.

E uma garota ao lado dela. O que já me fez ter vontade de dar meia volta e ir pra casa, fingir que não tinha pisado os pés lá. Porém andei até onde ela estava.

E o que eu escuto?

- Eu sou a favor das coisas serem assumidas, sabe? – da boca da loira maldita que tirava minha sanidade.

A parte (muito pequena) de mim que toma atitudes impulsivas formou em minha mente a tal cena: eu tiro a Júlia de perto da garota a segurando pelos pulsos e falo bem na cara dela assim: "então eu assumo que te acho a maior gostosa e que não importa com quem eu fiquei antes ou a minha sexualidade, eu quero te pegar e foda-se o resto" e aí a gente simplesmente se pega ali, loucamente.

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