Ela é a personificação da Luxúria. O pecado capital.

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Pov Júlia

- Não acredito que vou sair com essa gata! – falei assim que avistei a Luana, perfeita em uma blusa branca de mangas longas e rendadas, uma saia preta soltinha que ia até a metade das coxas e uma bota de cano baixo. A Luana tem um par de pernas maravilhoso, e adora mostra-las.

- Eu deveria dizer isso, Marrentinha! – bem, eu estava até ajeitadinha em uma calça vermelha apertadinha, uma blusa cinza de ombro caído e um salto. Ela me fez dar uma voltinha, repeti o gesto com ela e assoviei.

- Gostosa. – não resisti, saiu.

- Pegava? – ela me olha, com um sorriso malicioso. Muito sexy.

- Sem pensar duas vezes.

- Já vi que hoje eu não vou zerar. – Eu duvido que ela já tenha zerado uma noite alguma vez. Ri e abri a porta do carro pra ela. – Own, um gentleman.

- Ou quase isso. – dei a volta no carro e entrei. – Luana, sério, você alguma vez já foi pra uma festa e saiu zerada?

- Ué, claro que sim.

- Não acredito. – liguei o carro.

- Foi a primeira festa de adolescentes que eu fui, tinha 13 anos.

- Ah, faz muito tempo.

- Nem tanto assim. Eu era BV, supostamente hétero, e muito zoada. – "supostamente hétero" – Tipo, zoada na aparência. Eu tinha alguns problemas com acne nessa época, espinhas horrorosas, era alta demais pra idade, meu cabelo era uma merda... Tipo, eu fui criada pelo meu pai, não tinha a mínima noção de como me cuidar, era o patinho feio da sétima série, e não ligava.

- Não consigo imaginar que você já foi considerada feia.

- Bom saber que me acha linda. – na verdade, a primeira impressão que eu tive dela foi algo como "que deusa".

- Eu não disse isso. – ri.

- Mas ficou nas entrelinhas, eu sei, sou maravilhosa.

- É convencida.

- Puxei a você. – uia – Continuando, eu fui arrastada pra essa festinha e uma das minhas amigas resolveu me arrumar. Ela tirou uma boa quantidade de dinheiro do meu pai e me produziu completamente pra essa festa. Como eu disse, era muito alta pra minha idade, daí fiquei parecendo uma menina de tipo, sei lá, 16 anos. Sendo que eu tinha 13.

- Praticamente uma mulher numa festinha de pirralhos.

- Exatamente. E eu adorei o resultado. Na verdade, foi depois disso que eu comecei a me cuidar melhor e comecei a me tornar quem sou hoje. Eu não ligava para a minha aparência, mas descobri que gostava de me sentir desejada, quem não gosta?

- Pera, você foi desejada. Então não saiu zerada.

- Saí sim, dei o fora em cada um dos meninos que deram em cima de mim. Foram 3.

- Só 3 tiveram coragem de chegar nesse mulherão.

- E eu não era nem metade do que você está vendo agora. Mal tinha peitos. Não via beleza num batom vermelho como esse. – ela usava batom vermelho. Batom vermelho me deixa excitada. Acho que deixa qualquer um excitado, é muito sexy.

Júlia II, controle-se!

[...]

A festa era boa, animada. Luana mal ficava ao meu lado, eu me revezava da pista ao bar e ela andava por todo aquele espaço dando em cima das mulheres que olhavam pra ela. Curti demais a música, em sua grande maioria eletrônica e a vibe da galera que havia ido ali só pra se divertir. Claro que escapei de todos os safados que tentaram me beijar. Sim, foram só homens.

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