Cara de "me foda".

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Pov Bárbara

Por que a Júlia tinha que me beijar daquele jeito com aquele tanto de marmanjo em volta? Ela me agarrou na piscina, os meninos ficaram loucos! Ninguém merece idiotice de homem, mas a Ju poderia ter dado esse desconto.

Mais uma pra conta dela, ah eu vou pegá-la mais tarde.

Depois que a Tay e a Laura se fecharam no quarto, obviamente para transar, eu e a Júlia ficamos ali na piscina, junto com o pessoal, mas em nossa bolha. Subi nos seus ombros e pulei na água, ela subiu nos meus também (quase não aguentei, mas me mantive firme), demos muitos beijos e estávamos tão bem que parecia que começamos a namorar ontem.

Certo, exagerei. Ela não estava 100% comigo, nem eu 100% com ela, mas estávamos felizes, sim. Aproveitando a companhia, num clima ótimo. Um pouco estranho, mas bem pouco. Não o suficiente pra incomodar.

- Eu gosto dos seus cabelos molhados. – comentei, sentada na borda da piscina, com os pés lá dentro. Ela estava encostada à borda. Há mais de uma hora que não sai dessa água.

- Por quê? O que tem neles?

- Não sei, eu só gosto. – ela fez uma careta, por não concordar comigo. – Seu biquíni tá folgado. Daqui a pouco seus peitos darão oi ao pessoal. – ela ri. – Vem aqui, eu amarro.

- Me dá um segundo. – ela dá impulso e se senta na borda, de costas pra mim.

- Segura o cabelo. – ela me obedece, desamarro seu biquíni para amarrar de novo. Ao que termino de dar o laço, deixo uma das mãos descerem, vagarosamente tocando as vértebras da sua coluna. Ela suspira. Com a outra mão eu nada faço, ela fica sobre seu ombro.

- Bárbara...

- Sim?

- Vamos comigo num lugar. – ela me olha por cima do ombro.

- Num lugar? – pergunto, desconfiada e levemente maliciosa.

- Sim, num lugar. – ela levanta e eu olho seu corpo molhado, acompanhando uma ou duas gotas descendo pela sua barriga. – Vem, levanta. – ela estende uma mão pra mim e eu a uso como apoio pra levantar. Júlia me abraça pelos ombros, damos a volta na casa.

- Aonde vamos?

- Pegar algo na sala de jogos. – ela me solta e passa na frente, aumento a velocidade pra acompanha-la. Aquela parte era quase toda gramada, me irrita pisar na grama com os pés molhados.

- Pra que? – pergunto, tentando não tropeçar nos próprios pés. Ela para do nada pra sabe-se Deus o que, não consigo evitar o choque, no que ela vira, bato nela. Caímos, eu por cima. – Por que você parou, porra? – tento levantar, ela me segura.

- Sei lá... – ela paralisa, me olhando. Sua expressão muda e ela morde o lábio inferior. Fazia uma cara de "me foda". Não sei como consegui despertar seu fogo.

- Não me olha com essa cara. Não aqui.

- Que cara? É que eu não consigo pensar com seus peitos colados nos meus desse jeito aqui.

- Então pare de me apertar, Júlia. E me deixa levantar. – ela ri, largando minha cintura, finalmente. Mas eu não levanto.

- Não me culpe, não consigo me controlar com você sendo tão gostosa.

- Ah é? – a proximidade é tanta que eu falo contra seus lábios. Ah, eu também quis falar contra seus lábios.

- É... – ela morde meu lábio inferior e puxa. Suspiro.

- Sabia que o chão não é um bom lugar pra isso acontecer? – rimos.

- Quem tá se sujando aqui sou eu, Bárbara. Ai levanta logo, imagina se tem algum bichinho nessa grama e pega no meu cabelo, levanta, levanta. – ri e levantei.

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