Sabe como você me deixa?

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Pov Júlia

Estacionei, finalmente naquela mansão. Ah viado, eu amo essa casa, se eu pudesse, morava aqui.

- Wow, Júlia. – Babi diz e coça os olhos, não acreditando no que está bem à frente.

- Que foi?

- Essa casa! É sua? Quem mora aí?

- Ninguém mora aí, meu pai comprou essa casa, é tipo casa de praia. Ele morreu, deixou a maioria das coisas, incluindo essa casa, no meu nome e bom, eu posso fazer o que quiser dela assim que fizer 18. O que, você sabe, não está tão longe. – falei, abrindo o porta-malas e retirando as coisas dela, que distraidamente olhava a casa. – Pensa rápido! – digo e jogo o molho de chaves, ela olha, até tenta pegar, mas deixa cair. – Tá precisando melhorar os reflexos. – ela dá um muxoxo abaixando pra pegar no chão. – Abre a porta pra mim?

- Facilita se você disser qual a chave.

- A chave da porta é uma média com um detalhe amarelo. – ela procura.

- Essa?

- Sim. – ela vai até a porta e abre, pego as duas mochilas e levo nas costas, e as duas outras sacolas, tudo de uma vez.

- Eita, quer ajuda?

- Não, relaxa. – entrei – Não entra ainda, fica do lado de fora.

- Por quê?

- Por favor, eu preciso checar tudo! – pedi enquanto subia lentamente as escadas com aquele peso.

- Ok. – ouvi-a dizer.

Mesmo sobrecarregada, fui até o último quarto do corredor e entrei pra checar se estava tudo em ordem. Tudo limpo e arrumado, gosto assim. Deixei as coisas no chão e abri a janela. Por que eu escolhi esse quarto, considerando que há 5? Porque eu sempre usava esse quarto, e o fazia porque uma das duas janelas tem vista pro mar. O outro que tem essa vista pertence à minha mãe.

Não me demorei muito ali e desci descalça, correndo.

- Não corre Ju, você pode cair.

- Vou não. – cheguei à porta. – E aí, cansada?

- Muito, me deixa entrar.

- Claro. – puxei-a pelo braço e com o outro abracei sua cintura, beijando sua boca. Ela sorri e corresponde, me fazendo um carinho na nuca.

- Parece que cada vez que você me beija é diferente.

- Sinto o mesmo. – abaixo e pego Babi no colo.

- Júlia! – eu rio – Por que isso?

- Porque sim. Vamos subir assim.

- Eu posso andar, sabia?

- Não gosta quando eu te carrego?

- Gosto.

- Então, vamos. – ela me abraça pelo pescoço e eu fecho a porta com o pé, depois subo as escadas.

- Isso tudo é pra mostrar que você é forte?

- Nunca mais malhei, pra falar a verdade. Mas não, é porque eu queria mesmo te carregar até o quarto como aqueles casais.

- Como recém-casados.

- É.

- Somos recém-compromissadas e você já tá fazendo isso...

- Isso é disfarce, na verdade eu queria pegar nessa sua coxa gostosa. – ela ruboriza, mas disfarça.

- Safada.

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