Pov Júlia
Não conseguia conter o sorriso. Quis pular e gritar, mas logo eu poderia fazer isso quando fosse dividir com alguém a minha felicidade.
Ia passando direto pelo estacionamento quando sou puxada pelo braço.
- Ei, esqueceu que eu ia te levar pra casa? – eu estava passando pelo carro da Luana, na verdade.
- Esqueci, Lu, desculpa!
- Distraída, de novo? – sabia que ela se referia ao episódio de mais cedo sobre a Babi, mas nem liguei, apenas dei de ombros e voltei a me concentrar na minha felicidade. – Que sorriso é esse, marrentinha? – saudades desse apelido! Dei um gritinho e beijei seus lábios, sem parar de sorrir. Ela riu. – O que eles disseram pra você ficar assim?
- Ainda não consigo acreditar! Eu estou indo jogar no Real Madrid! – o queixo dela caiu.
- É sério? – ela também sorriu.
- Parece que sim, tenho a passagem em mãos.
- Parabéns! – Lu me abraçou com força e me carregou no abraço. Abracei a cintura dela com as pernas. Acabamos nos beijando novamente, sem nem se importar com onde estávamos.
- Sabia que vocês duas estavam juntas. – uma terceira e masculina voz nos assusta, Luana me solta. Era o diretor de marketing ou alguma coisa do tipo do Fluminense. Foi devidamente ignorado.
- Alguém tinha que nos ver juntas algum dia né. – Lu diz, rindo.
- É, não importa. Por favor, vamos comemorar isso.
- Comemorar como? – ela sorriu, maliciosa. Com minhas mãos em sua cintura, prensei-a contra o carro, uma das minhas coxas entre suas pernas. Beijei seu pescoço carinhosamente, ela me afastou. – Sério, aqui?
- Na minha casa ou na sua? – sussurrei, mesmo que minha preferência fosse a casa dela, porque na minha a minha mãe poderia chegar e não ficaria legal. Como ela está morando sozinha agora...
- Onde tivermos mais liberdade.
[...]
- Sánchez, eu tava aqui pensando... – chamei a atenção dela, concentrada no trânsito. Lu estava melhorando como motorista.
- No que, Becker?
- Eu tô muito feliz.
- Hmm
- E com muita vontade de você. – ela dá uma risadinha. Deslizo a mão carinhosamente por sua coxa.
- O que quer? Ir pra um motel? Já vamos chegar, Júlia. – ri por seu desespero.
- Não quero ir pra esses lugares nunca na minha vida. Eu quero transar com você dentro desse carro.
- Porra. – ela diz, e eu soube que estava no caminho certo. – A-acho muito arriscado. – ri dela, tirando minha própria blusa. – Você vai ficar nua aqui?
- Qual o problema?
- Qualquer um pode ver.
- Então apresse-se pra chegar no seu condomínio. – ela pisou no acelerador e passou a dirigir afobada, foi tão engraçado, mas eu estava concentrada demais no meu tesão pra rir. Tirei meus sapatos. – A calça já está indo, Sánchez.
- Se você puder me esperar estacionar. – ela riu, nervosa. Eu gargalhei, meu corpo arrepiado por causa do ar-condicionado no máximo. E realmente já estávamos no estacionamento do condomínio. Dei graças por ser meio escuro ali, e a vaga que a Luana ocupou, estrategicamente foi uma mais isolada. Foi a vaga do canto.
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Mine
Romance"É porque eu já tive mulheres, digamos assim, isso parece idiota e clichê, mas com nenhuma delas foi como é com você. Estar apaixonada, pra mim, é novidade. Você diz que é minha, e que gosta de ser. Então, quer ser minha pra sempre? - mas o que? Que...