L-luana...?

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Pov Bárbara

Levantei da cama, ainda um pouco cansada. Porém com um sorriso no rosto. Tudo havia acontecido de uma maneira tão perfeita ontem. Nem parecia real. Todos os momentos... Valeu ter acordado com um friozinho na barriga ontem. Pra acordar sorrindo hoje.

Sorriso que carrego no rosto desde o momento em que disse sim ao pedido adoravelmente atrapalhado da Júlia.

Assim, sorrindo e suspirando (!!), tomei banho, me ajeitei pra trabalhar, fiz o café. Enquanto botava meu café na xícara, olhei o buquê de flores que Júlia havia me dado, flores coloridas que perfumavam minha varanda.

Lembrei que não havia lido o cartão, ela havia pedido que só lesse quando chegasse em casa, e acabei indo dormir depois de um banho relaxante quando cheguei.

Agora, sentia saudades de ouvir a Júlia. Bom, melhor eu ler o cartão dela, espero que não seja nenhuma frase pronta e brega, porque ela já me tem de volta, então não precisa mais disso.

Porém eu adoraria algo fofo. Não uma frase pronta, mas algo de coração me faria olhar apaixonadamente para aquele pedaço de papel. E me faria guardá-lo.

Ri pela minha idiotice e fui até a varanda com meu café. O cartão estava ao lado da jarra onde coloquei as flores. Jarra porque não tenho vasos em casa. Peguei o cartãozinho vermelho e abri.

Acabei rindo mais uma vez.

Lá, estava escrito, com uma caneta prateada brilhante:

"Flores para a flor mais bonita da minha vida.

É brincadeira.
Eu precisava ser brega pra te fazer rir. Vira o cartão, e não desiste de mim."

Virei. Do outro lado, tinha:

"Escrevendo sério agora, quer sair comigo de novo? Me liga assim que ler isso, por favor."

Isso me fez rir mais. Primeiro, o "escrevendo sério". Se fosse qualquer outra pessoa com essa piadinha e não a Júlia, tenho 99% de certeza de que não acharia engraçado. Não sei o que dizer sobre essa conclusão.

Segundo, que antes de sair comigo, ela já tinha preparado a maneira de me convidar para a próxima. É um pouco cômico, considerando como o pedido foi feito. Claro que nenhuma de nós duas esperava voltar namorando. Creio que nem a própria Júlia esperava dizer aquilo. Não pensem que eu não queria, aceitei porque quis, mesmo meio bêbada.

E eu adoro quando ela simplesmente diz o que está sentindo sem pensar duas vezes.

Terceiro que, ela deveria estar se revirando porque eu não liguei assim que cheguei em casa, pensando uma lista de coisas diferentes e talvez me xingando um pouquinho.

Peguei o celular e disquei seu número.

- Bom dia, seja lá quem for, são sete da manhã e eu estou de folga, pode respeitar isso e me deixar dormir? – achei graça na voz sonolenta e levemente irritada.

- Bom dia, Jujuba.

- O-oi, Bárbara. – ri, ela gaguejou. – Então... Eu realmente quero dormir.

- Hahaha, eu sei. Mas eu li seu cartão. Acabei de ler. Foi o que me pediu para fazer.

- Ah, você demorou pra cacete! Não tem pena de mim?

- Tenho. Desculpa pela demora. Eu fui dormir ontem e estava só pensando no que aconteceu lá a tarde toda, foi tão bom, aí esqueci o cartão.

- Gostou tanto assim, namorada?

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