Vou aprender com a Júlia e praticar sexo silencioso.

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Pov Júlia

[20h26] Vidoca <3: Preciso de você. – esse tipo de mensagem realmente nunca deve ser ignorado. Não me demorei em responder.

[20h27] Júlia: É seguro ir te ver?

[20h27] Vidoca <3: Não.

Tinha dado merda na casa dela. Essa resposta fez passar em mim um princípio de nervosismo. Mas nem deu tempo de sentir isso melhor.

[20h27] Vidoca <3: Mas minha janela está aberta.

Uma ousada, essa Bárbara.

Mas ela precisava de mim, então relevei porque não fazia ideia de como tinha sido lá com o pai dela. Só queria ver como eu ia entrar sendo o quarto dela no segundo andar.

Com o meu carro, em quinze minutos eu já estava na porta dela, que apareceu na janela sem eu precisar chamar atenção. Acenei e desci do carro.

Bárbara, com sinais, disse pra eu tomar o caminho dos fundos. Aí eu entendi, era estreito, eu poderia me apoiar no muro e "escalar". Foi o que eu fiz.

Passando um pouco de dificuldade, finalmente fiquei sentada no muro que separava a casa dela da casa do vizinho. Ainda faltava um pouco pra que eu estivesse na altura certa pra subir na marquise. Ignorei o medo de cair, fiquei em pé no muro e pulei, usando os braços pra subir. Aí, como a marquise não era tão estreita, eu fui devagarzinho até a janela da Babi, pra ela me puxar pra dentro. Na verdade, eu pularia pra dentro com toda a destreza possível.

Não deu certo.

O movimento dela foi brusco (acho que ela tinha medo que eu caísse) e eu caí por cima dela dentro do quarto, fazendo um barulho até bastante alto.

A única coisa que eu pensei na hora foi: Fodeu!

- Bárbara, o que foi isso? – ouço a voz do pai dela.

- Caralho, que merda. – ela sussurra. – Não foi nada! – e volta a sussurrar – Vai pra debaixo da cama.

- Oi?

- Vai logo, porra. – ela me empurra e eu entro debaixo da cama. Tinha um pouco de poeira, merda, meu nariz vai ficar coçando. Por que diabos não tira a poeira debaixo da cama?

Rezei pra não espirrar. O pai dela invadiu o quarto.

Tomei mó susto e prendi a respiração. Tava com um medo da porra de ser descoberta, já começava a pensar por que porras eu saí de casa. De onde eu tava só via dos joelhos da pessoa pra baixo. A Babi agacha meio que de lado pra mim, com três livros do colégio na mão. Só olho aquelas coxas. Vontade de dar umas pegada.

- O que caiu aí?

- Ah, esses livros. – pisca pra mim, reparo dessa vez na sua bunda e suspiro. Eu não devia ter feito isso. Meu nariz coça. Eu vou espirrar.

Ela levanta e fica de costas pro pai fingindo arrumar os livros na mesa.

- Hm. – Porra! Não espirra não espirra não...

- Atchim! – merda!

Agora sim, fodeu.

- Quem espirrou? Tem alguém aí? – ele dá um passo mais próximo da cama e eu tento fazer silêncio.

- Eu espirrei né pai, claro que não tem ninguém aqui. Tenho que fazer uma faxina aqui depois, tá meio empoeirado.

- Mas não parecia que foi...

- Pai, posso saber por que entrou no meu quarto? Eu ainda estou chateada e muito. Na verdade, acho que vai demorar pra eu olhar pro senhor sem pelo menos lembrar nada do que ouvi da sua boca lá na sala. Eu quero ficar sozinha.

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