Pov Bárbara
- A Júlia e a Luana o que?! – essa foi a Aline.
- Estão nas mãos de bandidos que até agora não sei o que pretendem.
- E não temos muito tempo até o encontro que a Bárbara marcou com um deles, que não sabia estar falando com uma policial, e pediu que não contatássemos a polícia, pff. – Paola diz, relaxada, arrancando risos dos presentes.
Já no dia seguinte, marquei uma reunião, bem cedo, com alguns agentes. O Francisco, do dia do galpão, dois do pessoal da informática, a Aline, e a Paola, é claro. Esta última, em pé ao meu lado como se fosse minha parceira. Nesse caso eu totalmente permitiria que fosse.
Ah, eu também chamei o meu verdadeiro parceiro, William. Que estava atrasado, sabe-se lá o motivo, liguei até, mas nem tive resposta. O que é bem estranho, já que ele sempre está lá pra mim a qualquer hora. Seria para seus braços que eu correria se Paola não me coagisse indiretamente a desabafar com ela.
No final, a Paola foi até melhor, sinceramente. O William é um bom ouvinte, mas não sei, me senti melhor com a Ferreira. Ele apenas me ouviria sem dizer nada, talvez algum "eu te entendo", mesmo eu sabendo que não, e um tapinha nas costas. Ela foi um milhão de vezes melhor, ok. Será por ser uma mulher?
Enfim.
- É, isso também. Então, precisamos agir rápido. Por isso, trouxe vocês aqui e iniciei uma operação, para resgatá-las. O encontro foi marcado para às 17h, então temos até pouco depois do almoço para refazer o máximo que conseguirmos dos passos dos meliantes e até esse horário para termos um plano pronto para ser executado.
- Você está no comando da operação? – um dos bebês da informática pergunta.
- Sim, estou.
- Muito bom, sempre quis estar em uma das suas operações.
- Escolhi vocês por serem os melhores.
- Ela é sua namorada?
- Que?
- A Júlia. É sua namorada? É que achamos que...
- Isso não tem relevância alguma no caso, e mesmo que tivesse, é a vida pessoal dela, tem o direito de ser fechada a sete chaves. Algum de vocês já ouviram falar antes sobre a vida amorosa da Agente Bárbara? – os dois negam freneticamente com a cabeça. – Então, não vai ser agora que vão escutar. Já me acostumei, é bom fazerem o mesmo.
- Obrigada, Paola. Eu teria parado em "isso não tem relevância alguma para o caso". Realmente não tem. Então quietos. – respiro fundo e levanto, para lembrar melhor do que estava falando. – Por volta das 15h30 e 16h do dia de ontem, as jogadoras de futebol Júlia Becker e Luana Sánchez foram sequestradas no estacionamento de um hospital. Local esse que tem câmeras de segurança, então primeiramente, preciso de alguém que vá buscar essas imagens para mim.
- Eu vou. – diz o Francisco.
- Pode fazer isso agora?
- Claro. Estou a caminho. – ele diz, levanta e sai. Paola demonstra surpresa levantando as sobrancelhas pra mim, ri por isso.
- De vocês dois – aponto os meninos da informática, que tinham nomes, claro, mas eu não me recordava deles. – eu preciso que esperem as imagens chegarem, enquanto isso pesquisem nos registros casos parecidos com este, sequestro de pessoas da alta sociedade. Movam um computador pra esta sala, vamos trabalhar nele durante todo o caso. – eles imediatamente levantam. – Ei! Calma aí. – fui até os dois, encarando-os nos olhos. – Quero sigilo absoluto sobre a operação e sobre a condição das vítimas, quando obtivermos alguma informação. Elas estão fora da mídia por esses dias, como se estivessem de férias, não coloquem a imprensa nisso. Fui clara?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mine
Roman d'amour"É porque eu já tive mulheres, digamos assim, isso parece idiota e clichê, mas com nenhuma delas foi como é com você. Estar apaixonada, pra mim, é novidade. Você diz que é minha, e que gosta de ser. Então, quer ser minha pra sempre? - mas o que? Que...