Conhece essa Becker?

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Pov Bárbara

- Frederico, você não tem mais casa não? Mora aqui é? – ele ri, jogando a cabeça pra trás. E na minha poltrona, esse infeliz está deitado.

- Eu tenho que ficar perto do meu homem quando é fim de semana, essa vida de universitário não é fácil.

- Que vida de universitário? Você só frequenta a faculdade, nem estuda. Nem sei o que você faz lá.

- Olha quem fala, pensa que eu não vejo você viajando nas aulas? Aliás, em quantas aulas de embriologia humana você foi mesmo? O semestre tá quase acabando e você nada. – é, eu ainda fujo das aulas de embriologia, mas em vez de ir pra turma do Nick, eu vou ficar com a Sabrina em algum cantinho do campus. É bobo, coisa de colégio, mas é muito bom ficar com ela.

E ele exagerou, eu não falto a todas as aulas. Até porque eu prejudicaria a Sabrina, né.

- Embriologia não é pra mim. Sai da minha poltrona! – ele ri e deita no sofá. – E eu não sei se já falei pra você, mas depois desse semestre eu vou fazer direito. – direito tipo o curso de direito, ok? Sim, troquei de curso. E é por isso que eu fico mais por aí dentro do campus do que assistindo aula. Na verdade, na maioria dos dias da semana eu fico em casa. Só vou pras aulas que realmente gosto, mas pelo prazer de estar lá.

- Você é louca.

- Você tá mangueando a faculdade porque quer. Eu tô dando um motivo pra isso. Consegue entender que é um vagabundo?

- Ah, vai se foder, eu sou dono do meu nariz. – mas quem paga a faculdade são os pais. –Quando a Sabrina tá aqui você fica quietinha com ela. Cadê ela pra você deixar de ser essa vaca?

- Você sabe que eu te adoro, é só pra encher teu saco. Porque você é melhor que eu em química.

- É, eu já sei que você me ama. Mas sério, cadê a Sabrina?

- Cadê o Nicholas?

- Lá no quarto. Eu sei onde meu macho anda, agora cadê sua mulher?

- A Sabrina não é minha mulher, para.

- Sou sim, tá me negando agora é? – e entra a Sabrina pela porta. Oxe, a casa tá aberta?

- Isso aqui virou cabaré? Vocês entram assim do nada, não saem mais, o porteiro não avisa, a porta tá aberta... O que aconteceu aqui?

- É assim que me recebe, Babi? Tá certo, eu deveria ter ficado com a Alice. – ela se encosta à poltrona. Jogo a cabeça pra trás, olhando seu rostinho lindo, ela sorria pra mim. Mas nada a ver o que ela disse, por isso me contive para não sorrir de volta.

Alice é uma otária lá da sala dela, com a qual ela está fazendo um trabalho enorme, e parece estar interessada em fazer mais que só um trabalho. E ela sabe que a Sabrina tá comigo.

Todo mundo sabe.

- Você não é maluca. E vem aqui me dar um beijo. – ela ri quando eu agarro seu pescoço e me beija. Aí sim eu sorrio.

- Por que eu não sou sua mulher? – ela dá a volta e senta no meu colo. Deixo uma das mãos, que estava antes no braço da poltrona, sobre suas coxas e faço um leve carinho nas suas pernas descobertas.

- Acho que você é, só acho um pouco forte demais. – dei de ombros. Sabrina me entende.

- Acho isso cu doce da sua parte, você gosta da idiota aí.

- Vai se foder, Frederico. – falamos juntas. Sabrina compreende minha vontade de ir (bem) devagar com compromissos. Mesmo eu tendo me apegado a ela, que foi a segunda menina com quem tive contato aqui. Admito que estou apegada, e ela está me fazendo muito bem.

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