23

27.7K 1.7K 157
                                    


Cerca de quinze minutos depois chegaram. Daniela ficou radiante, observando enquanto o carro procurava uma vaga no estacionamento ao lado do clube.

- Não mudou muita coisa desde sete anos atrás, não acha? - a comentou.

- Por fora parece normal como era antes. Espero que por dentro tenha evoluído.

Roberto achou uma vaga, ao lado de umas árvores. Várias pessoas desciam dos carros acompanhados por seus pares e se dirigiam para a entrada da casa de show. A tarde caía no horizonte, e o tom roxo escuro subia discretamente, dando início a noite que prometia.

Roberto pagou as entradas ao segurança e eles entraram para o ambiente. Estava começando a encher a pista de dança. Iluminação a laser desciam do teto e varriam o piso arranhado, entre casais que bebericavam suas bebidas, alguns dançando lentamente enquanto sussurravam palavras nos ouvidos um do outro. Daniela sentia eufórica, e olhou para o rosto do marido.

Roberto a conduziu para um canto mais afastado da pista e ali sentaram envolta de uma mesa circular.

- Vou pegar algumas bebidas – ele se afundou atrás da pista e pediu ao barman um scotch. Retornou e entregou uma taça de plástico a ela.

- Obrigada – ela experimentou um pouco e engasgou. Tossiu umas vezes e pousou a taça na mesa, se desculpando. - Desculpe, não levo muito jeito para bebidas fortes.

- Mas hoje vai ter que acostumar – sorriu ele.

O ambiente estava se aglomerando e a tipo de som mudava como forme o ritmo que as pessoas iam chegando.

Roberto pediu que Daniela falasse de sua infância, o qual deixou ela surpresa e começou a contar coisas que nunca contara a ninguém antes. Roberto se mostrava interessado conforme a esposa ia se abrindo na conversa, com ajuda da bebida que ia deixando-a mais relaxada e a vontade.

Daniela bebeu o último gole de seu scotch e sorrindo disse.

- Quer dançar?

Roberto se levantou e puxou a esposa para o meio do salão e dançaram bem juntinhos. Depois ela o largou rindo e desabou na sua cadeira. Roberto ria da esposa. Daniela pegou a taça de plástico e pediu.

- Querido, traga mais bebida para gente!

- Hei, vai com calma aí, gata... - avisou rindo pra ela e levantou disposto atender o seu pedido. - Não vai cair, o.k.? - Roberto cortou passagem entre o aglomerado de casais e jovens na pista de dança, viu que a fila para pegar bebida estava um pouco cheia, mas resolveu enfrentá-la. Uma moça que estava na sua frente se afastou para trás e se desequilibrou, mas Roberto a segurou gentilmente.

- Oh, me desculpe, moço... - ela se virou para ele. Roberto notou que ela era muito bonita, e estava com um conjunto de roupa que era muito sexy. Ela lhe sorriu simpática. - Está sozinho?

- Não – respondeu ele, tentando se controlar. - Estou com minha esposa.

- Nossa, um homem tão jovem... - surpreendeu ela, sorrindo e encostando mais perto dele. - Que tal a gente conversar um pouco ali naquele canto? - indicou ela, afastando seu longo cabelo para as costas.

- Bem... e-eu não acho que seria uma boa ideia... - tentava dizer a ela, mas sentia sua mão sendo puxada para fora da fila na companhia daquela mulher.

- O que é isso, vamos, vai ser divertido – insistia ela, puxando ele para um canto mais escuro. - Sua mulher não vai perceber nada... - ela se encostou na parede e conduziu as mãos dele em seu corpo, e Roberto sentia suas mãos invadir por debaixo da minissaia dela e roçar o sexo dela sem calcinha. Ela entrelaçou seus braços envolta do pescoço de Roberto e deslizou os lábios carnudos pelo o queixo dele, indo lentamente ao encontro dos seus lábios, mas ele a impediu.

- Pare... - ele pediu. - Eu amo minha esposa... e ela também me ama... - ele tirou as mãos dela de cima dele. A mulher ficou decepcionada com sua escolha, e saiu. Roberto se afastou sentindo fraco, mas feliz por ter resistido a tentação daquela moça, e voltou para a fila. Ele pediu uma garrafa de bebida. Ele chegou até a sua mesa, mas Daniela não estava. "Deve ter ido ao banheiro" - imaginou.


A chantagem do vizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora