A chantagem do vizinho

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- E então? Como está ela? - indagou Marcelo quando a esposa veio deitar ao lado dele.

- Ela está arrasada. Roberto bateu nela com cinta, mas ela o ama tanto e sofre por isso. O pai dela foi até delegado, acredita?

- Nossa, ele é louco!

Juliana o abraçou e ele correspondeu seu gesto.

- Amor... eu queria falar daquele... - mas ele a interrompeu.

- Daquele assunto de novo?

- Marcelo, eu não quero... - começou ela, mas ele a beijou carinhosamente.

- Juliana, eu já disse, por favor, vamos falar sobre isso outro dia, tá? - ela insistiu em falar, mas ela desistiu quando viu o olhar triste dele, e concordou decepcionada. - Ótimo. Agora apague o abajur e encoste mais juntinho de mim, tô com frio e quero ser esquentado.

- Marcelo eu te amo muito, muito, muito, mesmo.

- Eu também te amo demais, minha linda... - eles se beijaram novamente.

Juliana acordou cedo naquele novo dia. Fez café da manhã, verificou o quarto onde Daniela ainda dormia. Saiu para fora para levar o lixo na rua e viu que Roberto estava na frente de sua casa, ele ainda estava com seu pijama e descalço, seus cabelos despenteado. Roberto a viu, mas foi ela quem foi até ele primeiro.

- Nossa que visita agradável logo pela manhã... - e mal acabara de dizer isso e Juliana acertou um forte tapa em seu rosto.

- Você não tem vergonha seu cafajeste! Você é um monstro!

Roberto olhou para ela, e sorria maliciosamente.

- Por essa eu não esperava... uma vizinha gostosa de camisola sexy e ainda por cima agressiva. Mas você até que bate gostoso, sabia?

- Como teve coragem de fazer aquilo com ela? Ela não teve culpa, estava bêbada e possivelmente foi drogada seu ordinário! - a alterou.

- Ela mereceu por ter sido ingênua demais e você devia tomar mais cuidado com o que eu tenho em poder... - avisou. - Se não quem vai estar marcada de cinta será você quando seu marido assistir as aventuras secreta de sua adorável esposa.

- Seu Desgraçado!... - e avançou sobre ele, mas ele a imobilizou com força. - Solte-me, se não eu grito!

- Grite então. Vamos! Acorde seu marido e minha esposa, e aí você explica para eles porque nós estávamos discutindo! - Juliana tentou se livrar dele, mas ele a apertou com mais força e ela gemeu de dor. - Agora escute, quero você hoje a noite. Às 22h00... - sussurrou em seu ouvido.

- Ficou louco? Eu não vou mais ceder as suas chantagens!

- E vou querer você na minha cama... - disse não dando importância no que ela dizia.

- Mas eu já disse que não vou mais ceder as suas ameaças!

- Vai fazer sim, sei que vai, se não vou mostrar tudo o que tenho. Você entendeu?

- Por favor, Roberto, isso já foi longe demais. Pare com isso... - pediu ela.

Roberto ria em seu ouvido.

- Quero que você mantenha a minha esposa na sua casa por mais um dia, e dê a ela e ao seu marido uma pílula para dormir, e quando eles estiverem na cama você vem para mim...

- Mas isso é loucura! Não tenho esse tipo de remédio... - tentava convencê-lo.

- Eu tenho, não se preocupe, pensei em tudo hoje de madrugada – ele a largou.

Juliana massageou os braços e cuspiu na cara dele.

- Você é um psicopata!

Roberto limpou o rosto com a mão.

- Ah, e como Daniela não estará aqui para fazer meu almoço, pensei que pudesse me trazer um prato. Só não vale por veneno nele, tá?

- Porque você não pede uma marmitex? - perguntou ríspida.

- E você acha que abriria mão de comer uma comida feita com tanto amor e carinho de minha amante favorita? - sorriu. - Agora, vai, e sem nenhuma gracinha. - o avisou e entrou.