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Marcelo acordou e tomou um banho bem quente, já que naquela manhã de quarta-feira estava bem fria. Tomou café da manhã com Juliana e depois ligou para a casa de Henrique.

- Oi. Está pronto? - perguntou ele. - Então passo aí às duas da tarde.

Juliana se interessou por aquela ligação.

- Pra quem estava ligando, amor?

- Para um amigo... ele deixou de fazer um pequeno favor.

- Hum... - ela sorriu. - E você não vai me dizer, não é?

- Vou fazer uma surpresa para você – garantiu-o.

- Espero que seja surpresa boa...

Ele a abraçou, e sussurrou em seu ouvido.

- Não sabe como é boa... - e mordeu a ponta da orelha dela bem devagar.

- Será que isso é um convite? - provocou ela, maliciosamente.

Ele se afastou dela como se não quisesse nada, mas olhou para ela, lhe fazendo cara de sexy e a chamando para a sala. Juliana obedeceu e eles se agarraram como dois loucos e as roupas iam sumindo do corpo um do outro, com urgência.

- Fiquei morrendo de vontade de fazer amor hoje de madrugada... - a revelou, e Marcelo abriu suas pernas em cima do sofá.

- É, eu percebi quando fui me deitar... eu vi o consolo debaixo das cobertas... - murmurou ele de boca nos seios dela, e ela gemia alucinada em sentir aquela língua explorar seu corpo, mas se fantasiava em estar com Roberto...

Marcelo a penetrou bruscamente, e remeteu com força, como se tivesse com dificuldade de penetrá-la... ela gemia mais alto conforme o ritmo que ele a obrigava entrar. Ela experimentou lados diferentes, de quatro, deitada de lado... e sentia o pênis de Roberto a entrar e sair de dentro dela... Juliana se fantasiou tanto que por um segundo gemeu e disse o nome do homem que estava imaginando em cima dela, e Marcelo não pareceu perceber. Eles transaram uns trinta minutos ali no sofá.

Marcelo almoçou e esperou a hora para sair em seu escritório. Saiu e foi na casa de Henrique.

- A-Aqui está! - apressou ele entregando uma caixinha pequena.

Marcelo recebeu e examinou.

- Hum... - avaliou o pequeno objeto nas mãos. - Posso ver como funciona?

Henrique pegou um aparelho de sinal igual a um celular comum, e levantou a antena e entregou para ele.

- A-Aperte o botão vermelho e espere a tela ligar... - informava ele, e depois pegou o objeto na caixinha e se afastou alguns metros dele e virou de costas e apontou o broche em formato do símbolo do time do Corinthians na direção de um objeto. - Aperte o botão vermelho agora! - gritou ele de costas. Marcelo fez o que ele pediu, e a tela pequena do aparelho ficou ligada e dela se via a imagem tremida de um cinzeiro.

- Tô vendo um cinzeiro! - informou Marcelo. - O que serve o botão verde?

Henrique de costas ainda, respondeu.

- Aperte-o uma vez! - Marcelo apertou e a imagem tremida do cinzeiro ficou congelada e ele pôde ver melhor sua imagem na telinha. Ficou encantado.

- Mas isso é maravilhoso! - exclamou ele radiante. Henrique se virou e entregou o broche com a microcâmera instalada nele. - Até que raio o sinal pega do broche a esse aparelho?

- Aproximadamente a uns 200 metros! - respondeu apressado.

Marcelo sorria inteiramente e colocou tudo dentro de uma caixa de papelão.

- Valeu amigo - cumprimentou o rapaz com ar de assustado. - Não fique assim, não, eu não pretendo voltar mais aqui. Obrigado e tenha uma boa tarde.

Henrique respirou aliviadamente quando o viu sair pela porta bem antes de sua namorada chegar à sala totalmente nua e bêbada. Henrique a pegou no colo e a levou para o quarto.

Marcelo passou numa papelaria e mandou que embrulhasse o broche num pacotinho de presente. Pagou e se retirou. Retornou para casa. Encontrou Juliana e comentou.

- Querida. Recebi uma ligação do meu professor na faculdade e ele me convidou para uma conferência em Ribeirão Preto.

- Conferência de quê? - se interessou ela.

- É sobre a nova tese de métodos de ensinamentos de psicologia... e terá uma palestra com um doutor de Londres.

- E?

- Amanhã bem cedo terei que ir para Ribeirão Preto. Vou passar na casa de Marcos Almeida, e levá-lo comigo.

- Posso ir com você?

- Bem... é que nessas reuniões de trabalhos é meio complicado, sabe, mas se tiver mesmo muito afim de me acompanhar eu do um jeito...

- Não se preocupe querido, tudo bem. Eu acho que não seria conveniente ir.

Marcelo a abraçou.

- Mas é só por um dia, e estarei de volta no dia seguinte, pois não é bom voltar na madrugada.

- Vou ficar morrendo de saudade... - ela o beijou tristemente. Marcelo lhe sorriu, e sugeriu.

- Então passe o tempo fazendo compras.

- Compras?

- Sim. Vai amanhã em algumas lojas e escolhas algumas roupas bem sensuais para quando eu voltar e matar a saudade...

- Hum... até que seria uma ótima ideia. Vou aproveitar e passar no salão de beleza.

- Por quê? Quer ficar mais linda do que já é? - brincou ele.

- Sou muito vaidosa... ficar linda para meu amor é o essencial da minha vida...

- Acredito que teremos que nos despedir hoje a noite de uma forma carinhosa, concorda?

- Estarei esperando por você na cama... - sussurrou ela.


A chantagem do vizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora