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            Daniela estava meio que sendo carregada para fora do clube. O segurança na porta foi prestar ajuda.

- O que houve com ela? Quer que eu chame uma ambulância? - sugeriu o segurança.

- Não precisa, minha esposa só exagerou um pouco na bebida e sabe como são as mulheres, né? - apressou em dizer. - Vou levá-la para o nosso carro. Obrigado.

- Ah, Rober, mas ainda nem acabou a festa!... - dizia com sua voz arrastada de bêbada. - Quero ficar mais um pouco... estou me sentindo tão bem... - ela mal conseguia sustentar seu peso.

- Calma querida, vamos para o estacionamento. Cuidado, isso, assim, devagar... - o cara a conduzia com pressa, mas Daniela não conseguia acompanhar seu ritmo, por isso ele teve que ser paciente. Eles se afastaram para o fundo onde os carros estavam e o homem espiou para trás. Ninguém tão perto, por isso ele a deitou debaixo de uma árvore, próxima a um carro que fazia barreira de sua visão.

- O... O que vai fazer Roberto? - ria ela. - Porque me colocou deitada no chão?

O desconhecido começou abaixar a calça rapidamente e deitou por cima dela, e com uma mão afastava as suas pernas, obrigando-a deixar aberta e com a outra mão levantava a barra do vestido colado do seu corpo. Não estava conseguindo sozinho o que pretendia.

- Levanta o vestido para mim! - pediu ele apressado.

Daniela riu, dizendo:

- Vai transar comigo aqui, Rober?

- Pare e levanta logo esse vestido, vai! - ordenou ele, e a beijou na boca, suas mãos massageando os seios delas por debaixo do vestido.

- Calma, querido, esse vestido... tem que puxar o zíper atrás...

Ele a puxou para cima, fazendo-a sentar, enquanto ele tentava abaixar o zíper da parte de trás. Ela vomitou em cima de seu tórax.

- Que porra é essa?! - exclamou indignado, saindo de cima dela e ficou em pé. - Sua cretina! Veja! - berrou ele para a mulher que estava no chão rindo.

- ...Oh, me desculpe, Rober... mas... mas eu lhe avisei que não estava acostumada a beber muito... - ria e brincava com algumas folhas secas ali ao seu lado. - Olhe, amor, que engraçado... até parece outono!

O rapaz irritado despiu da camisa suja de vômito e jogou para um canto.

- Não fiz esse sacrifício para ficar nessa situação! Você vai ver... - e ele a levantou e encostou ela no capô do carro ao lado. - Fique assim gostosa... e abre bem essas pernas para mim... - pediu ele afastando as pernas dela e levantou o vestido apertado para cima e tirou o pênis ereto para fora da cueca e tentava encaixar entre as pernas dela.

- Ah, Rober... eu não quero assim... a sim é desconfortável... tá frio aqui fora... - reclamava ela.

- Feche a boca e relaxe, piranha... - ele tentava remeter, mas não conseguia penetrar. - Droga! A calcinha! - ele enfiou a mão para abaixá-la, mas nesse momento ele não viu o golpe que o atingiu em meio a nuca, e com um berro de dor foi jogado para trás.

- Seu filho de uma puta! O que pensa que está fazendo com minha mulher?! - e Roberto descontrolado o surrava sem piedade, remetendo chutes em seu corpo desprotegido.

- Pare! Por favor!... - implorava o rapaz tentando se defender dos golpes do outro. Daniela estava sentada encostada na frente do carro e comentava em variação.

- Dois Roberto?... Acho que eu estou ficando bêbada... - e soluçou.

Roberto ainda continuava a surrá-lo.

- Seu filho de uma cadela... - e Roberto o levantou e lascou uma joelhada em cheio a barriga do cara e ele urrou de dor, e caiu de joelho em frente a Roberto.

- Por favor... e-ela se ofereceu... acredite! Ela se ofereceu para mim!... Eu juro!... - Roberto olhou para a esposa e ela ria, desvairada.

- Vocês estão brigando para ver quem vai me comer primeiro... - e balançava a cabeça de um lado e de outro. Roberto fechou o punho de ódio e virou acertando o nariz do rapaz. Sangue estourou para os lados quando o nariz dele quebrou.

- Suma daqui... antes que eu me arrependa e acabe com sua raça! - o homem levantou cambaleando e gemendo de dor pelo corpo todo e sumiu.

Roberto viu o estado da esposa, ela mal conseguia ficar em pé. Caminhou até ela e por um instante olhou para ela como se ela fosse uma desconhecida. Mas abaixou-se e pegou ela no seu colo. Daniela ria em seu colo.

- Cadê o outro Roberto? Você venceu ele, foi? - ela não tinha noção do que falava. - Que pena que ele perdeu a luta...

Roberto sentiu um frio na espinha quando ela disse aquilo, mas se controlou e a levou para o seu carro. No momento em que ele arrancava o carro do estacionamento a chuva despencou. 

A chantagem do vizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora