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Valter se levantou da poltrona e chamou um dos seus homens. Um homem de quase dois metros de altura apareceu pelo corredor até aquela sala.

- Poderia me ceder uns minutos a sós com Roberto, querida? – perguntou educadamente pra Juliana. Ela olhou pra Roberto com medo, e Valter lhe sorriu. – Não se preocupe não farei mal a ele e a você, só quero que ter uma conversinha particular com ele.

Roberto segurou com carinho o rosto de Juliana e a beijou nos lábios.

- Vai amor, prometo que ficarei bem... pode ir, vai...

E Juliana se levantou e o segurança a levou pra uma outra sala enquanto Valter e Roberto conversariam.

- Você me desapontou Rober... – dizia o velho em pé de costas pra ele. Roberto ainda sentado, escutando-o. – Dei tudo a você... e você faz isso comigo... e pior... faz Daniela sofrer sem merecer.

- Eu nunca amei Daniela... e o senhor sabe bem disso. – disse Roberto.

Valter voltou pra sua poltrona.

- Sabe o que me impede de te matar? - Roberto o encarou nos olhos, mas não disse nada. – Daniela te ama demais... se não fosse por esse motivo...

- O senhor me obrigou a me casar com ela! – reagiu Roberto num tom de voz nunca usado diante de seu sogro. – Eu não a amo e não quero mais voltar pra ela!

- Você irá voltar pra Daniela e vai pedir desculpa a ela. Você irá levar flores e umas caixas de bombons... – Roberto socou a mesa com força e disse rispidamente.

- Eu já disse que não vou voltar pra ela... – e em seus olhos estavam acumulados setes anos de ódio por ele. Valter sabia que o genro estava falando seriamente, mas não reagiu da maneira que Roberto já esperava reagir.

- Roberto você ama de verdade aquela mulher? – se referia a Juliana.

- Eu amo ela demais... amo tanto ela como em setes anos não fui capaz de amar sua filha... – confessou Roberto com lágrimas nos olhos.

- Então fazemos um acordo. – propôs ele.

- Que tipo de acordo? – o estranhou.

- Você volta pra Daniela, irá amá-la da mesma forma que ela te ama, e eu prometo que não vou arrancar os olhos de Juliana com um garfo e esquartejá-la viva enquanto sapeco-a com formigas africanas... o que você me diz?

Roberto teve uma vontade de pular nele, enche-lo de pancada até acabar com aquele rosto velho maldito. Mas sabia o quanto estava em desvantagem. E estava tudo terminado.

- Você é um desgraçado...

- O que me responde? Sabe muito bem que posso fazer isso a qualquer instante... depende o que você irá dizer.

- Pelo amor de Deus... – começou a implorar pra Valter repensar, mas o sogro não estava afim de negociação.

- Vou matá-la na sua frente... e você irá vê-la gritar, sangrar como um porco até a morte... - levantou Valter com todo o mal cravado em seus olhos.

- EU ACEITO! – disse horrorizado. Não podia nem sequer imaginar Juliana nas mãos asquerosas daquele homem... preferia ter que viver longe dela do que vê-la perdendo a vida na sua frente sem poder fazer nada.

Valter bateu as mãos numa palma de vitória, e vendo o olhar furioso do genro a sua frente disse consolando-o.

- Não fique assim... sabe que Daniela te ama e eu também. – deu uma risadinha cínica e um aperto em sua bochecha. – Pra não achar que não ligo pros seus sentimentos vou deixar você ter essa ultima noite com a sua vadia, só mais essa e depois voltará a andar nas minhas rédeas como meu cãozinho adestrado, entendeu?

Roberto o olhava com fúria. Nunca o encarara com tamanho ódio sentido antes em todos esses setes anos. Valter sorria e continuava.

- Amanhã às 9 horas estarei aqui pra levá-lo de volta, e estou pensando que você e Daniela devessem sei lá mudar de casa... talvez ficar mais perto da pessoas que te amam e querem cuidar de vocês... – Roberto sabia que ele não ia facilitar em deixa-lo fora das suas vistas, e ficaria monitorando cada passo dele dali pra frente – Minha casa é muito grande só pra mim e minha esposa... ficaremos felizes se vocês aceitassem.

- Vamos pensar... – murmurou ele entre os dentes. Se segurando para não experimentar dar um soco na cara dele, mesmo que lhe custasse perder um dedo.

- Tenho certeza que vai pensar com carinho e não irá me desapontar - deu umas palmadinhas em seu ombro. - Então Roberto se divirta bastante com a garota... porque depois dessa noite vocês nunca mais irão se encontrar se não... mato a cadela e corto suas duas pernas, pra você nunca mais sair correndo atrás de outro rabo de saia! – disse friamente. – E não tente fugir mais, eu lhe aviso que não terei tanta compaixão como estou tendo agora. Boa transa e ah, use camisinha, não quero ser avô de um neto bastardo, me entendeu?

Valter gritou a seus homens e eles vieram com Juliana que estava toda aflita.

Roberto a abraçou fortemente, enquanto os homens de Valter saiam pra fora da casa. Valter ficou por último e com a mão na maçaneta disse cordialmente.

- Tenha uma boa noite e desculpe por demais constrangimento que tivemos que fazê-los passarem. – e rindo fechou a porta. Juliana estava chorando.

- Roberto o que ta acontecendo? Para onde eles vão?

Ele a beijou com todo sentimento que tinha, e as lágrimas dela escorriam de seu rosto para o rosto dele.

- Tenho que lhe contar... não vou esconder mais nada de você.

- Por favor, Roberto, você ta me deixando mais nervosa do que já estou... – revelou com uma angústia na alma. Roberto contou tudo com uma enorme dor no peito, e Juliana o abraçou forte.

- Não quero me separar de você Roberto... Jamais!... entendeu, jamais!

- Te peço desculpa... por ter feito de sua vida um inferno...

- Você me tirou do inferno... – e ela segurou com as mãos o seu rosto triste e em seus olhos tinha um estranho brilho. – Então nós teremos a nossa última noite de amor...

Eles se beijaram loucamente, por um longo tempo esqueceram os que tinham passado e só se concentraram um no outro ali. Seus corpos foram ficando nus, e o ato de amor aconteceu no chão ali mesmo. As mãos de Roberto percorriam sobre o corpo de Juliana, explorando cada centímetro de sua pele branca, ao mesmo tempo em que Juliana acariciava o pênis dele que ficava ereto.

Ela se baixou e chupou o pênis com carinho e ternura, saboreando com muito prazer... e depois Roberto a chupou com suavidade, cheirando seu aroma natural... e eles gemiam de prazer. E o ato do amor aconteceu mais uma vez. Amor quente, e alucinador... Roberto estocava seu pênis dentro de Juliana e ela se contorcia de delírios e prazeres... era gostoso, era fenomenal... sexo com amor, sem dor... nunca mais com dor... com o calor um do outro envolvendo-os, e carícias de mãos pelos corpos. Tudo seria bem aproveitado porque eles sabiam...

Roberto e Juliana sabiam que aquela seria a última noite juntos...


A chantagem do vizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora