Ela...
Abro os olhos lentamente, e percebo estar em casa, no quarto de Jhon. Olho para os lados e vejo meu noivo dormindo na poltrona que, agora, estava ao lado da cama. Olho para o lado e vejo meu celular e um buquê de tulipas em cima da mesinha de cabeceira. Não me lembro de como parei aqui, só lembro estar em frente à loja quando desmaiei.
Me sento na cama com cuidado e fico observando Jhon dormir serenamente, sorrio de leve e analiso cada pedacinho do seu rosto, sem tocá-lo.
— Tenho sorte de ter você. — dou uma pausa. — Essa foi a melhor coisa que meu pai já fez por mim.
Fecho meus olhos e lembro-me da nossa primeira vez no lago, a conversa que tivemos e nossos momentos únicos... é algo tão estranho, pensar que num belo dia alguém entra na sua vida e simplesmente muda tudo. Dá mais cor e alegria a vida monótona e cinza.
— Jhonatan, Jhonatan. — digo baixo. — Queria tanto me declarara, dizer o quanto te amo... mas tenho tanto medo de você quebrar meu coração em mil pedacinhos ou me trocar pela...
— Por favor, não fale o nome dela, não vou trocar uma vida toda por uma aventura. — ele dá uma pausa.
Olho os olhos e vejo-o sorrindo.
— O quê? Você estava me ouvindo? — pergunto.
— Estava. — ele sorri abertamente. — E caso eu quebre seu coração, sem querer, é claro. — ele deu outra pausa. — Eu mesmo recolho todos os pedacinhos e te dou meu coração.
— Estou com vergonha por ter me ouvido. — coloco minhas mãos no rosto.
— Não precisa ficar com vergonha, amor. — ele diz baixo. — Você deveria estar descansando.
Jhon passa para cama, me deito novamente e meu noivo se deita ao meu lado. Coloco minha cabeça em seu peitoral e, com isso, consigo sentir sua respiração e ouvir seu coração bater, sinto seus braços rodearem meu corpo.
— O que aconteceu comigo? — pergunto enquanto ele acariciava meus cabelos desarrumados. — Só me lembro te ter visto você e a Clara, depois ficou tudo escuro.
— Você teve uma queda de pressão. — ele diz baixo, por estarmos lado a lado. — Minha mãe achou melhor te trazer para casa e um amigo médico veio te examinar.
— E o que ele disse?
Jhon fica em silêncio. Não diz absolutamente nenhuma palavra, apenas continuou acariciando meus cabelos.
— Preciso saber, não acha?
— Ele disse que foi de nervoso.
Ajeito-me na cama para conseguir olhá-lo.
— Talvez pelo casamento, o incidente dos potós e o sumiço das suas coisas. — suspiro fundo.
— Amor, posso te pedir uma coisa? — pergunto.
— Claro. — ele responde.
— Não dê muita confiança para Clara, ela é amiga de Thomas e não minha amiga. — digo.
— Ela não disse sobre o celular? — movimento minha cabeça em negação. — Eu deveria ter avisado ou até mesmo pedir permissão, perdão. — ele suspira fundo.
— Então, o que era? — pergunto.
— Peguei seu celular para rastrear o número de Jeremy e ver qual era sua localização. — ele me olha. — Sai muito cedo de casa, mas Clara já estava acordada e não parecia ter acabado de acordar.
— Achou algo sobre ele? — olho para ele.
— A última localização foi em Nova Orleans, na semana passada.
— A casa da mãe dele. — sussurro. — Ele pode não estar envolvido na história dos potós.
— Talvez ele tenha deixado o celular na casa da mãe e está por perto, muito perto. — disse meu noivo.
— Quer me dizer algo sobre isso? — arqueio a sobrancelha.
— No dia da caixinha de potós, um segurança estava fazendo sua ronda e viu um carro muito estranho parado ao lado da floresta.
— Mas a floresta não é particular, área restrita?
— Sim, mas os funcionários da casa têm passagem liberada para lá. — ele diz baixo.
— Acredita que Juliana esteja com Jeremy? — pergunto e me sento na cama. — Mas como se conheceram?
— Bom, o mundo é pequeno e... — ele dá uma pausa. — E se... Clara? — ele me olha e se ajeita na cama. — Pensa nela...?
— Não quero acreditar nisso, mas não tem outra explicação. — me levanto da cama.
— Aonde vai? Tem que ficar de repouso. — Jhon me olha.
— Preciso relaxar um pouco. — digo baixo.
Fico parada na frente de Jhon, abaixo as alças do vestido e ele cai lentamente pelo meu corpo.
— Vem tomar um banho comigo? — sorrio e estendo minha mão em sua direção.
— Precisa nem pedir duas vezes. — ele se levantou e me abraçou pela cintura, me levantando para seu colo.
Passo minhas pernas ao redor da sua cintura e meus braços ao redor do seu pescoço, selamos nossos lábios enquanto ele ia em direção do banheiro, sinto a parede gélida nas minhas costas. Jhon ligou o chuveiro e assim me coloca no chão, começo a tirar sua camiseta e ele termina de tirá-la, logo abrindo a calça e tirando-a. Sorrio e toco em seu rosto.
— O que foi? — ele me olha e sussurra.
— Eu amo você. — sorrio, sinto sua mão nas costas abrindo o fecho do meu sutiã, logo tirando e o jogando no chão.
— Eu te amo mais. — ele tocou em meu rosto e acariciou de leve minha bochecha.
Volto a beijá-lo e em menos de alguns minutos já estávamos ligados, inteiramente, estávamos em pleno amor, aquele amor em que um completa o outro e assim nos tornamos apenas em um.
Um só corpo, uma só alma, um só amor.
Naquele momento, entre beijos e mordidas, gemidos baixos e abafados, entendi a verdadeira realidade do casamento.
É muito além de um registro, de um nome a mais, muito além do que comunhão de bens ou de uma aliança no seu dedo. O casamento é estar ao lado mesmo quando tudo parecer difícil ou impossível, o casamento é permanecer juntos até que a morte os separe. Isso é o casamento.
E pelo que estou vendo, já estamos casados de corpo e alma, e espero continuar assim até que Deus nos separe.
Que eu torço para durar uma vida toda!
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Um Militar em Minha Vida
Teen FictionAneliz é uma moça que está sendo forçada a se casar por puro interesse de seu pai. Jhonatan é um jovem militar, afastado de suas atividades, forçado a deixar sua vida de solteiro para se casar com a moça que seu pai escolheu. Em quatro meses o amo...