Um Militar em Minha Vida

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Dois meses...

Ela...

As coisas entre Jeremy e eu estão começando a se encaixar, ele não entra no meu espaço pessoal, e eu não entro no espaço dele, cada um tem seu próprio quarto e respeitamos isso. Vick vem aqui em casa direto e Jeremy até apoiou essas visitas dela. Jhonatan realmente sumiu, tento falar com ele, mas não consigo, Jeremy acha que ele foi para alguma missão do exército.

Hoje recomeço a faculdade, depois de quase um ano e meio longe das salas de aula, resolvi convencer Jeremy a deixar eu voltar para a faculdade. Ele protestou, mas depois de muita conversa ele acabou aceitando, com uma condição, que eu fosse com uns seguranças para a faculdade. Achei desnecessário, mas aceitei.

Jeremy saiu hoje cedo e até agora não voltou, já era umas seis e meia da tarde, daqui a pouco começava minhas aulas e nada dele chegar, tomo um banho rápido e visto uma roupa qualquer, término de arrumar meu material e desço para a cozinha.

- Olá dona Aneliz. – Disse a cozinheira.

- Olá Camila, já disse que não precisa de formalidades comigo. – Digo me sentando na cadeira.

- Ok, Aneliz. – Ela me olha. – Mas o senhor Jeremy já deixou bem claro que quer que respeitemos a senhora, quero dizer, você.

- Então na frente dele, você me trata como senhora e dona, quando ele não está, me chame apenas de Aneliz, ou Liz. – Sorrio. – Tem aquele bolo de hoje cedo ainda?

- Sim, ainda tem uns três pedaços. – Ela sorriu e pegou o bolo para mim.

Ela colocou em cima da mesa e um pratinho com uma colher.

- Você gostou mesmo do bolo? – Ela me encara. – Foi a primeira vez que fiz essa receita e acho que ficou ruim.

- Está brincando? Mulher, esse bolo está divino. – Gargalho e levo um pedaço de bolo a boca.

- Obrigada Aneliz. – Disse ela, virando-se para lavar umas coisas que estavam na pia.

- Aneliz? Cadê o respeito Camila? – Ouço Jeremy falar atrás de mim.

- É... – Camila se vira lentamente e me olha.

- Eu permiti que ela me chamasse assim, Jey. – Olho ele. – Tudo bem, você sabe que não gosto de formalidades. – Sorrio para ele.

- Tem certeza? – Confirmo com a cabeça. – Bom, você que sabe.

- Vem cá emburradinho, come um pedaço de bolo comigo. – Puxo a cadeira para ele.

Jeremy se aproximou enquanto desamarrava a gravata do pescoço, me deu um beijo na testa e sentou-se do meu lado.

- Você gostou mesmo do bolo? – Disse Jeremy enquanto pegava o outro pedaço de bolo.

- Sim, muito, claro. – Rio. – Você sabe que sempre amei bolos.

- É, eu sei disso. – Ele sorriu enquanto mordia o bolo.

- Desculpa a pergunta, mas vocês se conhecem há muito tempo? – Disse Camila, olho para Jeremy que sorriu um pouco mais.

- Bom, você responde ela enquanto eu tomo um banho, e depois te levarei para a faculdade. – Ele se levantou. – O bolo está realmente bom, Camila.

Jeremy deixou a cozinha e Camila me olhou um pouco espantada.

- O que foi? – Digo olhando-a.

- Não faz muito tempo que trabalho aqui, deve ter um ano, e essa foi a primeira vez que presenciei ele feliz e calmo desse jeito. – Ela me olha ainda sem acreditar. – O que você deu para ele?

Gargalhei um pouco e ficou olhando-a pensando no que responder, realmente Jeremy está mais calmo.

- Eu também não sei, mas respondendo sua outra pergunta. – Me ajeito na cadeira e começo a falar sobre minha história com Jeremy, bom não toda a história.

- Qualquer coisa você me liga, e não fale com estranhos. – Disse Jeremy pela decima vez antes de parar em frente a faculdade.

- Jey, eu já sei. – Ele me olhou e eu sorri. – Já tenho vinte e três anos, acho que sei e cuidar.

- Está bom, mas qualquer coisa me liga e eu virei correndo. – Sorrio fraco e ele leva sua mão até minha bochecha. – Você sabe que é verdade.

- Sim, eu sei. – Coloco minha mão por cima da mão dele. – Tenho que ir. – Sussurro.

- Se cuida, por favor. – Ele se aproxima e deposita um beijo em minha bochecha.

- Irei me cuidar. – Sorrio e dou um beijo em sua bochecha. – Vai vir me buscar?

- Sim, estarei aqui na frente as onze. – Disse ele.

- As dez, Jeremy. – Olho ele antes de sair do carro.

- Isso, as dez estarei aqui. – Ele sorriu.