Um mês depois...
Ela...
— Você acredita que ele vai tentar algo? — pergunto olhando para Jhon.
— Calma amor, meu pai já chamou os reforços! — ele me olhou e sorriu fraco. — Tenta dormir, pelo menos um pouco.
— Não consigo sabendo que ele está por perto. — suspiro.
— Quer que eu fique com você? — ele acaricia minha bochecha. — Vem, vamos para a cama.
Subimos as escadas e entramos no nosso quarto, Jhon me acompanhou até a cama e deitou-se ao meu lado. Viro-me para ele e sorrio, fecho os olhos e sinto ele me abraçar. Pelo menos naquele momento meu medo foi embora, a pior coisa que poderia acontecer estava prestes a acontecer.
Jeremy descobriu o lugar onde estava morando e está louco para entrar na casa para me pegar. E para espanto de meus sogros, meu pai está ajudando-o. Poderia esperar qualquer coisa de papai, até mesmo isso ou pior, só porque me recusei a pedir o divórcio e pedi para que ele não ficasse mais na casa por motivos óbvios, ele faria de tudo para acabar com meu casamento com Jhonatan. Juli está decepcionada com meu pai, os dois estavam se dando bem, mas pela ambição de papai, eles foram afastados. Ela até tentou fazer ele mudar de ideia, mas foi em vão.
Thomas está neutro, nem do lado de papai e nem do meu lado. Não culpo ele, também ficaria nessa posição se fosse ele. Papai pode fazer o que quiser e quando quiser e, o pior, sempre consegue o que quer, mesmo que isso pode acabar com a vida de alguém. Algo me diz que a única saída será sair um pouco do mapa, para um lugar onde ninguém nos acharia.
Dona Tânia nem se quer foi embora, as ameaças afetaram até ela, Vick também continua aqui, menos minha tia e Kim, que conseguiram sair sem serem vistos com Rubbia. Novamente eu trouxe caos à vida de alguém!
— Menina, acorda... — ouço Juli me chamar. Abro os olhos e vejo Juli sentada na cama ao meu lado. — Jhon pediu para chamá-la, suponho que vão embora.
— Na onde ele está? — pergunto me sentando.
— Na sala com seu George e alguns outros militares. — ela dá uma pausa. — Se arrume e desça. — ela se levanta e vai em direção da porta.
Levanto-me e vou até o banheiro, escovo os dentes, tomo um banho rápido e me enrolo na toalha, indo em direção do guarda-roupa. Visto uma calça jeans e uma blusa de meia estação, arrumo cabelo e pego o celular enquanto vou em direção da porta do quarto. Agora, sem papai por perto, consigo usar "roupas normais", qualquer coisa sem ser vestidos apertados.
Desço as escadas com cuidado e escuto o silêncio chegar assim que me aproximo da sala, onde todos estavam.
— Amor... — Jhonatan sorriu, vou até ele e dou um beijo em sua bochecha.
— Desculpe-nos por te acordar tão cedo senhorita, mas estávamos pensando em algo para te proteger. — disse um homem de meia-idade, suponho ser algo do exército.
— Pode me chamar de Anelize, não gosto muito de formalidades. — digo sorrindo fraco. — Então, o que estavam pensando?
— O melhor a se fazer seria irmos embora daqui, pelo menos por um tempo até Jeremy cansar de ir atrás de você. — disse seu George.
— Meio difícil... — sussurro. — E para onde nós iríamos?
— Ainda estamos pensando, querida, mas já podemos adiantar que será um lugar longe. — disse Tânia, suspiro e olho para Jhon.
— Desculpa por trazer isso à vida de vocês. — olho para meus dedos. — Acho melhor eu ir comer algo, com licença. — digo saindo da sala.
— Liz... — ouço Tânia me chamando.
Vou até à cozinha e abro a geladeira, pego um pedaço de bolo e um copo leite, coloco em cima da mesa e me sento.
— Sabe que não precisa pedir desculpas e que nem tem por que pedir desculpas. — disse Jhon me olhando.
— Claro que tenho, só trouxe problemas desde o dia em que cheguei. — apoio meus cotovelos na mesa.
— Amor, você não trouxe problemas para essa casa. — ele me encara e sorriu. — Você trouxe a vida. — ele dá uma pausa. — Desde quando você chegou essa casa está cheia, coisa que não acontecia há anos.
— Cheia de problemas, você quis dizer. — dou uma pausa. — Não queria que ninguém saísse daqui por minha causa. — olho para o prato.
— Apenas nós dois vamos sair. — ele sussurrou.
— Seus pais vão ficar? — olho ele e ele confirma com a cabeça. — Julieta também?
— Quer que ela vá? Imagino que não teria problemas de ela ir conosco.
— Ela pode ir mesmo? — olho ele.
— Claro amor, se você quiser. — disse ele me olhando.
— Eu quero!
— Veja isso como nossa lua de mel. — ele pega em minha mão e acaricia. — Uma lua de mel que durará uns meses.
— Boa ideia de chamar nossa fuga de lua de mel. — digo olhando-o.
— Olha aí! Até sua voz melhorou agora. — ele sorriu e beijou minha mão. — Estava pensando de ir até o fim de semana.
— Mas já tem o lugar? — bebo um pouco de leite.
— Ainda não, mesmo assim, poderíamos ir visitar meus avôs, depois meus tios.
— Só nessas visitas já deu três meses. — sorrio.
— Tem razão. — ele sorriu. — Posso falar que você aceita esse plano?
— Pode amor. — sorrio também.
— Ok, vou avisá-los! — ele levanta e se inclina sob a mesa para me dar um beijo rápido.
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Um Militar em Minha Vida
Ficção AdolescenteAneliz é uma moça que está sendo forçada a se casar por puro interesse de seu pai. Jhonatan é um jovem militar, afastado de suas atividades, forçado a deixar sua vida de solteiro para se casar com a moça que seu pai escolheu. Em quatro meses o amo...