Vamos nos casar!

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Ela...

— Calma, Liz, já é o terceiro copo de água que você toma. — Vitória me olha — Em menos de quinze minutos.

— Estou ansiosa, beleza. — digo andando de um lado para o outro.

Já estava quase pronta, o cabelo já estava pronto e a maquiagem também. Os sapatos estavam separados em cima da cama, com algumas joias que usarei. Estou apenas de robe andando de um lado para o outro enquanto Vick está pronta.

— Será que aconteceu algo? Faz dez minutos que dona Murici saiu para pegar o vestido e até agora nada. — digo me sentando na poltrona e olhando para o celular em minha mão.

— Meu Deus, calma. — disse minha prima parada na frente do espelho, pela décima vez. — Advinha quem está na primeira cadeira da primeira fileira.

— Pernalonga e o Patolino? — pergunto e vejo ela revirar os olhos.

— Não, menina. — Vick vira-se para mim. — Minha mãe.

Sorrio abertamente, a mãe de Vitória é a irmã gêmea de minha mãe, assim que minha mãe morreu eu me apeguei muito a minha tia, cheguei até dizer que ela era minha mãe. Eu havia convidado ela para o casamento, mas não recebi resposta nenhuma, até agora.

— E a vovó, o tio Benny, meu irmão, a tia Kelly. — ela continua falando. — E o primo Kim. — ela fica em silêncio.

— Kim? — pergunto sem reação. — Preciso de mais água.

Me levanto, me aproximo dos copos de água e bebo mais um. Ouço duas batidas na porta e dou sinal para que Vitória abra enquanto vou até o banheiro fechando a porta, me olho no espelho e vejo a grande mulher que eu havia me transformado, até me assusto um pouco com a imagem que vejo no espelho.

— Nossa. — digo baixo.

— Liz? Tudo bem? — ouço Vick me chamar. — Dona Murici voltou.

— Já estou indo. — digo abrindo a torneira, passo uma água nas mãos enquanto me olhando uma última vez no espelho.

Fecho a torneira e seco minhas mãos, abro a porta logo em seguida e vejo Dona Murici estava segundo meu vestido ainda no cabide, e realmente, ele é muito lindo. Seria até impossível descrevê-lo, as alças eram finas, sem rendas na frente, a cor não era branco, escolhi um creme para a cor do vestido e o melhor estava nas costas, um laço com o mesmo tecido do vestido, não tão grande e não tão pequeno, na medida certa.

Olho para dona Tânia que também estava no quarto e vejo uma pequena lágrima escorrendo de seus olhos, sorrio e volto a olhar o vestido, faço de conta que não percebi.

— Está ansiosa? — disse Murici.

— Muito. — sorrio abertamente. — Vamos colocar logo, por favor. — peço.

— Claro, menina. — ela responde.

Me aproximo dela e tiro o robe, ficando apenas de roupas íntimas, ela me ajuda a colocar o vestido e antes de fechar os botões das costas, tiro o sutiã para o vestido ficar melhor. Logo os botões são fechados e o cabeleireiro volta para o quarto para arrumar alguns fios que haviam saído do lugar, a maquiadora passa um batom claro em meus lábios e logo após calço os saltos brancos e coloco as joias.

— Espero que tenha gostado do vestido. — dona Murici me olha.

— Está brincando? — olho ela. — Está perfeito!

— Temos que fazer uma foto sua com esse vestido. — disse Vitória com uma máquina fotográfica nas mãos.

— Agora pode? — pergunto.

Um Militar em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora