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Ela...

Já está na hora, Jhon pediu para o motorista me levar até o centro da cidade, minhas coisas já estão no porta mala do carro. Todos estavam sentados na mesa para o almoço, olho para Juli que forçou um sorriso, ela havia chorados por horas pois seus olhos estavam vermelhos, Vick estava ao lado de Juli, também havia chorado por horas, Nayara estava apenas nos encarando, Jhon estava ao meu lado me dando toda ajuda possível, e Nayara não estava gostando disso.

- Então, por que vocês duas estão com essa cara de choro? – Disse Nayara olhando para Julieta e Vitoria.

- Elas não podem mais chorar? – Digo olhando-a.

- Por sua causa né? – Ela encara. – O que você fez dessa vez garota?

- Não te interessa o que eu fiz, o que deixei de fazer ou o que vou fazer. – Sinto Jhon apertar de leve minha coxa.

- Olha só, a priminha está ataca hoje! – Disse ela rindo.

Reviro os olhos e me levanto, olho para todos na mesa e olho para Jhon.

- Com licença, mas tenho que falar algo. – Jhon segura em minha mão.

- Já está gravida de novo?! – Nayara exclama.

- Cale a boca Nayara! – Disse sua mãe. – Só sai merda da sua boca.

- Obrigada por isso tia! – Digo baixo e suspiro. – Bom família, como alguns sabem Jhon e eu estava aqui para passar uns dias, mas o motivo maior alguns não sabiam.

- Você está nos assustando Ane. – Disse o avô de Jhon.

- Um ex namorado de Ane está atrás dela, e sucessivamente ele estava atrás de nós. – Jhon se levanta. – Quando digo nós, me refiro a nós, família, todos.

- Espera, quer dizer que...- disse Nayara.

- Que tem um louco atrás da minha prima que também quer te matar. – Disse Vick.

- Sua maluca, foi é uma idiota de ter vindo aqui. – Disse Nayara se levantando.

- NAYARA JÁ CHEGA! – Disse a mãe dela.

- Mas mãe... – disse ela.

- Mas nada, já me cansei de ouvir as merdas que sai da sua boca. - Olho para Nayara. – Vai agora para o seu quarto.

Nayara se levanta e sai da sala, indo direto para o quarto.

- Então o que vamos fazer? – Disse uma outra tia de Jhon.

- Eu tive algumas opções sobre o que fazer, e dentre dessas opções eu optei por aquela que todos ficariam bem. – Digo.

- Todos menos a Aneliz. – Acrescentou Jhon.

- O que quer dizer com todos menos Aneliz? – Disse a avó de Jhon.

- Eu vou embora. – Olho ela. – Não só daqui da casa, mas... – aperto forte a mão de Jhon. – Da vida de todos vocês.

- Você vai deixá-lo? – Disse uma outra prima.

- Infelizmente sim, mas não pense que não amo ele. – dou uma pausa. - Jhonatan foi a melhor coisa que me aconteceu, porém por enquanto vou me afastar até que tudo se resolva. – Digo olhando para eles.

- Não queria que vocês se separassem, vocês são tão lindos juntos. – Sorrio e Jhon entrelaça nossos dedos.

- Não se preocupe vovó, quando a senhora menos esperar Ane irar voltar e vamos encher essa casa de netos. – Ouço todos rirem com o que Jhonatan disse.

Sinto meu celular vibrar, pego o mesmo e vejo a mensagem de Jeremy.

"Em meia hora, esteja na praça. Anthoni vai te esperar, a polícia local está atrás de mim."

- Era ele? – Disse Vick.

- Sim, Anthoni está com ele... – digo suspirando.

- Hora de ir? – Disse Juli, confirmo com a cabeça e todos se levantam. – Vou sentir sua falta minha menina. – Abraço ela.

- Nunca me esqueça. – Sussurro. – Prometo sempre manter contato com você. – Solto ela e Vick me abraça. – E você também, sempre que puder vá me ver.

- Se Jeremy não me matar. – Disse ela.

- Se ele te matar, ele vai preso. – Olho ela.

- Amo você Ninha. – Ela me dá um beijo na bochecha.

Depois de me despedir de todos, Jhon me acompanhou até o carro, sorrio para o motorista que já estava dentro do carro e uns militares em um outro carro. Viro-me para Jhon e o abraço, sabe aquele abraço em que você passaria horas e horas sem reclamar, assim era o abraço de Jhon. Ele passou a mão em meus cabelos, me afasto um pouco para olhá-lo e vejo uma lagrima cair de seus olhos.

Passo meu polegar para secar a lagrima e dou um selinho em seus lábios, ele sorriu e juntou nossas testas, fechei os olhos e apenas deixei aquele momento acontecer. Conhecer Jhon foi uma aventura, desde quando o contrato foi feito até o momento então, todos os dias ao lado dele foram um grande prazer que levarei para o resto da minha vida.

- Tenho que ir. – Sussurro.

- Eu te amo Aneliz. – Sussurrou e depositou um beijo em minha testa.

- Não me esqueça, por favor. – Digo abrindo os olhos para vê-lo.

- Nunca faria isso amor. – Disse ele segurando meu rosto.

Jhonatan cola nossos lábios iniciando um beijo calmo e preciso, levo minhas mãos até a sua cintura enquanto sinto uma de suas mãos descendo até meu ombro. Aos poucos nos separamos e Jhon beija a ponta do meu nariz.

- Amo você. – Sussurrou.

- Sempre serei sua. – Digo me distanciando dele e entrando no carro.

O motorista fecha a porta e logo liga o carro, e aos poucos vejo Jhon ficar para trás e com ele todo o meu amor, todos os meus sonhos e ter uma família feliz, e por esses motivos estou partindo. Torço com todas as minhas forças para que Jeremy deixe-os em paz, agora que voltei para o seu lado.

Suspiro baixo e fecho os olhos afundando no banco do banco, com toda certeza Anthoni estará triste, por mais que ele esteja do lado de papai, ele torcia para que eu ficasse com Jhon desde o início, porém papai estará todo feliz, com ar de vencedor por seu plano estar dando certo. Ele nunca quis o meu melhor, apenas o melhor da empresa dele.

- Senhora, já estamos chegando. – Disse o motorista. – Na onde exatamente quer que eu pare?

Olho pela janela e Anthoni sentado em um banquinho na praça com um envelope nas mãos.

- Pode ser ali perto da praça mesmo. – Digo passando as mãos no cabelo.

- Se a senhora me permite falar – ele dá uma pausa e me olha pelo retrovisor do carro. – Estou triste por vocês dois mas admiro o amor do senhor Jhonatan e da senhora. – Sorrio fraco.

- Também admiro o nosso amor. – Deixo uma lagrima escorrer.

- Espero que vocês fiquem juntos. – Ele disse encostando o carro.

Abro a porta do carro e olho ao redor, há uns dois carros pretos parados no final da rua, Jeremy está em um desses carros. Thon se levanta e se aproxima, me abraça e beija minha bochecha.

- Pensei que isso não iria acontecer. – Ele sussurrou.

- Pensei que tanta coisa não ia acontecer, e olha só – olho ele. – Aconteceu.

- Como ele ficou quando soube? – Disse Anthoni.

- Como você acha que ele ficou? – Sussurrou.

- Era o que pensei. – Ele guarda o envelope no bolso da camisa e ajuda o motorista com as malas.

- Obrigada por tudo. – Digo olhando para o motorista. – Até qualquer dia.

- Foi um prazer te conhecer senhora. – Ele beija as costas das minhas mãos e logo depois foi embora.


Um Militar em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora