Ela...
Tudo estava indo bem, bem até demais! Thomas estava dormindo profundamente, nossas coisas já estavam no carro, já nos despedimos de quem iria ficar na casa por mais alguns dias e já estávamos quase prontos para sair quando sinto meu celular vibrar.
"Por favor, não vá embora hoje! Estão armando alguma coisa para você."
— Tudo bem, amor? — disse Jhon assim que entra no carro.
— Estou com mau pressentimento. — digo guardando o celular.
— O que foi? — ele me olha.
— Gibson me mandou mensagem. — olho ele. — Disse que tem alguma coisa nós esperando.
— Você ainda quer ir? — ele tocou em meu rosto. — Se está com mau pressentimento e quiser ficar, não tem problema.
— Não, precisamos ir hoje! — suspiro. — Agora ou nunca, lembra?
— Okay, vamos então.
O carro é ligado e seguimos em direção do portão, tudo estava escuro, alguns pingos de chuva ainda caia do céu e molhava a grama ainda úmida. Vick está no banco de trás com Juli enquanto eu preferi ir ao banco da frente com Jhon, seu George nos garantiu que um carro com alguns militares ia nos seguir até saímos da cidade.
Novamente sinto meu celular vibrar.
"Anelize é sério! Eu disse para não sair!"
— Jhon... de novo, ele está nos observando. — olho para Jhon.
— Tive uma ideia! — disse ele parando o carro.
Ele...
Já estávamos quase chegando na saída da cidade quando vi alguma coisa na pista, olhei para Vick, que agora seguia na frente comigo, e disse para que não saísse do carro. Pego meu celular e ligo para um dos militares do outro carro.
"Tem alguma coisa na pista." — digo olhando novamente para aquilo na pista.
"Plano dois, senhor?" — o militar pergunta. Não queria me distanciar mais de Ane, já basta estar em carros diferentes, mas no momento seria o mais seguro.
"Sim, nos encontramos na casa da minha avó, e não pare por nada!" — respondo e desligo em seguida.
— Eles vão seguir? — Vick pergunta.
— Vão por outro caminho, a gente segue por esse mesmo.
Vejo o carro de trás dar meia volta e sumir de onde vínhamos, prossegui o caminho e desviei da mala que estava no meio da estrada.
— É a mala de Thomas. — Vick diz baixo assim que passamos por ela. — Ainda bem que Liz não viu isso.
— Mas por que está no meio da estrada? — digo olhando para a estrada.
— Não sei, e algo me diz que é melhor não saber. — ela olha para o celular e me olha em seguida. — Anelize quer saber o que era, e agora? O que falo?
— Apenas umas sacolas de lixo. — digo suspirando. — Odeio mentir para ela, mas dessa vez é preciso.
Já estávamos quase chegando perto de um posto que havia no caminho, Vick estava inquieta, estava quase amanhecendo e ainda não paramos em lugar nenhum para descansar.
— Tem um posto, vamos parar? — ela pergunta me olhando. — Quero ligar para Liz, e você aproveita para descansar um pouco.
— Pode ser. — bocejo, paro no acostamento e logo atravesso a pista para entrar no posto. — Mas não fala nada para ela. — Vick apenas me olha e suspira logo em seguida.
Não tinha muitos carros no posto, havia alguns caminhões e algumas pessoas na conveniência, assim que paro o carro, Vick abre a porta já com seu celular na mão e sai do carro indo em direção do banheiro. Passo para o banco de trás e me deito, mesmo torto, fecho os olhos e fico pensando em ligar para Ane, mas Vick já está fazendo isso.
Odeio mentir para Ane, não gosto da sensação de estar enganando, sei que é para o próprio bem dela, mas mesmo assim. Se algo tivesse acontecido e ela não me contasse ou escondesse de mim, com toda certeza, eu iria ficar chateado. Porém, nesse caso é diferente.
Se Ane soubesse que a mala de Thomas estava no meio da estrada, ela iria querer descer do carro para ir verificar o que era e não posso correr o perigo de perdê-la.
A porta do carro é aberta, abro os olhos e vejo Vitoria sentar-se no banco da frente e estender a mão para me entregar o celular, Ane queria me dizer alguma coisa.
"Alô." — digo assim que coloco o celular no ouvido, fecho os olhos e ouço a porta do carro ser fechada.
"O que tinha na estrada?" — ela pergunta num sussurro. — "Continuo com mau pressentimento."
"Confia em mim?" — pergunto e espero por sua resposta, mas ela não veio. — "Amor, você tem que confiar em mim, sempre irei fazer tudo para te ver bem."
"Sim, eu confio em você." — ela suspira. — "Está quase amanhecendo e Thomas ainda não me mandou mensagem. Normalmente a essa hora da manhã ele sempre manda mensagem."
"Vocês são bem ligados." — sorrio de leve como se ela pudesse ver. — "Ele está bem. Se quiser pode mandar mensagem para..."
"Espera amor," — ela me interrompe. — "a mensagem chegou." — Liz para de falar.
"Okay, esperarei pela leitura da mensagem."
"Eu sabia que vocês iam embora," — ela começa a ler. — "mas não imaginava que não ia se despedir de mim Liz. Estou muito magoado, porém foi o melhor a se fazer." — ela dá uma pausa. — "Tenho que me sentir mal?" — ela pergunta.
"Claro que não, sabe que ele está do lado de Jeremy, também." — digo bocejando.
"Você deve estar cansado, vou te deixar dormir um pouco." — sorrio. — "Ainda bem que Juli está comigo. Ter alguém conhecido por perto é muito bom."
"Vou desligar, quando chegar na casa de vovó me avise." — respondo.
"Ok, amor." — ela responde. — "Amo você Jhon."
"Amo você Ane."
![](https://img.wattpad.com/cover/101269321-288-k305654.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Militar em Minha Vida
Teen FictionAneliz é uma moça que está sendo forçada a se casar por puro interesse de seu pai. Jhonatan é um jovem militar, afastado de suas atividades, forçado a deixar sua vida de solteiro para se casar com a moça que seu pai escolheu. Em quatro meses o amo...