Está desconfiado?

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Ele...

Acabei de falar com meu pai, vamos embora hoje à noite. Ele estava estranho, como se tivesse descoberto algo sobre Jeremy, mas não quer me falar.

Minha mãe está ajudando Juli a passar os horários e a rotina da casa para a moça nova que acabara de chegar, Vick está ajudando Ane a arrumar as malas e depois Ane irá ajudar Vick nas malas. Essas duas vivem juntas.

Thomas ainda não chegou, ele saiu cedo e até agora nem sinal dele. O pai de Ane foi visto aqui por perto ontem à noite, infelizmente ele foi visto na floresta. Por isso que estava tão bravo com Anelize por ela ir à floresta sem me avisar. Eles iam pegá-la. E... Thomas passou para o lado deles.

— Thomas? — digo assim que vejo entrar pela porta da sala.

Ele para de andar e me encara, percebo que ele estava segurando algo, mas não pude ver exatamente o que era.

— Ane estava preocupada. — completo. — Você saiu cedo.

— Estava resolvendo alguns assuntos. — disse ele colocando os braços para trás. — Na onde ela está?

— Lá em cima, arrumando as coisas de Vick. — me levanto.

— Vocês já vão embora?

Penso bem antes e responder.

— Não, — minto, obviamente. — Vitória decidiu ir agora. — dou uma pausa. — Talvez vamos semana que vem. — olho ele. — Mas Ane não está querendo ir embora.

— Não? Por quê? — ele coça a nuca.

— Ela não quer deixar minha mãe e nem a casa, sabe. — sorrio de leve. — Bom, vou ver o que Ane está fazendo.

— Acho que vou tomar um banho. — ele sorriu fraco e subiu as escadas. — Até depois Jhon.

— Até.

Vejo Vick sair da biblioteca, ou seja, do escritório onde ela passou a maioria dos dias, lendo e lendo e lendo.

— Por que mentiu? — ela pergunta me olhando.

— Estava ouvindo nossa conversa? — arqueio as sobrancelhas.

— Na verdade, vim pegar livro aqui na biblioteca, mas isso não vem ao caso. — ela se aproxima. — Está desconfiando de Thomas?

— Não, Vick sabe guardar segredo? — ela confirma com a cabeça. — Ótimo, vem comigo.

— Ane já te contou por que estão atrás dela? — disse Vick.

Estávamos sentados na varanda dos fundos enquanto minha mãe está conversando com Ane, dando algumas coisas da família para ela, como um velho caderno de receitas e algumas joias.

— Ela disse que era pelo namoro deles que havia terminado. — digo enquanto deixo meu copo de suco sobre a mesa. — dou uma pausa e olho meus dedos. — Ela disse algo sobre ciúmes e...

— Ela ainda não te contou tudo. — Vitória me interrompe, suspirando em seguida.

— Anelize disse que quando for o momento certo...

— Ótimo. — ela me olha. — Quer um conselho, querido primo novo?

Solto uma risada pela forma que ela se referiu a mim e confirmo com a cabeça. Um conselho é sempre bom.

— Não deixe Ane sozinha, nem quando ela for tomar banho. Jeremy a quer de todo o jeito e vai fazer de tudo para tê-la de volta.

— O que você está querendo dizer? — coloco os cotovelos na mesa.

— Não posso, desculpa, Ane tem que te contar isso. — ela olha para os lados. — Jeremy está envolvido com coisa suja, e acabou sujando Ninha também.

— Pode me dizer com o que ele está envolvido? — ela nega com a cabeça. — Algo pesado?

— Sim. A única coisa que te peço, protege nossa menina.

— Pode deixar. — suspiro. — Vou ver ela.

— Vou terminar de arrumar minhas coisas.

Nos levantamos e fomos para a cozinha, vejo mamãe e Juli conversando com a moça nova. Subo as escadas da sala e entro no nosso quarto, onde Ane estava tomando banho. Sorrio de lado e abro os botões da minha camisa.

— Amor? — digo indo até o banheiro.

Abro a porta e vejo Ane de costas para a porta, fecho lentamente a porta atrás de mim e tiro a camisa. Vou por trás de Ane e a abraço por trás, logo beijando seu pescoço.

— Não faça mais isso, Jhon. — disse ela se arrepiando toda.

— Por que amor? — sorrio e mordo tua orelha.

— Porque arrepia. — Ane se vira para mim.

— Amo você sabia. — deposito um beijo em sua testa.

— Meu irmão chegou? — ela sussurra.

— Chegou agora pouco.

— Você descobriu que ele está do lado de papai né.

Olho ela sem entender. Como essa mulher sabe disso?

— Como...?

— Percebi o jeito que você olhou para ele ontem. Ele sabe que vamos embora hoje? — nego com a cabeça. — Então, qual o plano?

— Sairemos depois que ele dormir. — coloco uma mecha atrás de sua orelha. — Os guardar vão dar uma volta para ver se tem algo suspeito, teremos certeza de que Thomas está dormindo e assim vamos embora.

— Não está pensando de sedar meu irmão né?

— Claro que não. — gargalho.

— Mas eu estava, já tenho até o sedativo. — ela diz como se fosse algo simples.

Olho para ela espantado. Devo ter medo de Anelize?

— Calma, é o próprio remédio dele. A cada dois dias Thomas toma um remédio muito forte que o faz dormir à noite toda, e hoje é o dia dele tomar esse remédio.

— Tenho que ficar com medo de você? — pergunto.

— Não, tonto. — ela me olha. — Só se você aprontar alguma coisa.

— Não vou aprontar nada. — digo. — Quero ficar vivo por muito tempo. 

Um Militar em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora