Um Militar em Minha Vida

Eu amo ela.

Ele...

Tudo já estava pronto, havíamos combinado de fazer uma recepção para Ane. Todos estavam muito ansiosos para vê-la, eu principalmente afinal desde cedo que não a vejo. Arrumamos aqui na casa de praia, o quintal do fundo que sai na praia, como se fosse um luau e depois que todos forem embora, apenas Ane e eu ficará na casa.

— Elas já deveriam ter chegado pai. — Digo pela décima vez ao meu pai. — Será que aconteceu algo?

— Creio que não, caso ao contrário já teríamos ficado sabendo. Calma, meu filho, ela está com a sua mãe. — disse meu pai me olhando. — Filho, você já pensou em como vai ser depois do casamento?

— Bom, vamos estar casados e seremos um casal, depois uma família, espero. — olho para ele.

— Você não entendeu. Estou me referindo ao dinheiro. — ele dá uma pausa. — Anelize está se casando com você por causa disso e você disso.

— Corrigindo sua frase, o pai de Ane quer que ela se case por dinheiro, mas ela nunca quis o meu dinheiro — suspiro. — Pai, eu amo a Anelize, ela foi à melhor coisa que me aconteceu em toda a minha vida.

— Ela é melhor que a Juliana? Vocês dois tiveram uma bela história. — disse ele.

— Uma história que acabou. — reviro os olhos. — Eu não entendo, você que armou esse casamento e agora veio com essa história.

— Jhonatan e se ela já veio grávida, e se fosse um plano para te tirar mais dinheiro ainda?

— Pai para com isso, eu a amo e...

— Olha bem o que você está falando. — meu pai me interrompe.

— Pai, vê se consegue entender. — dou uma pausa. — Eu amo a Anelize e ela me ama. Vamos nos casar e aquele filho era e ainda é meu. Entendeu? — digo olhando-o seriamente. — Você arrumou esse casamento, eu me apaixonei por ela e agora você quer acabar com tudo?

— Com licença. — ouço Vitoria dizer atrás de mim.

— Sim, querida. — disse meu pai olhando-a.

— Chegaram? — pergunto assim que me viro para a mulher.

— Sim. — ela responde. — Você pode ir?

— Já estamos indo, só vamos terminar de conversar. — disse meu pai.

— Já terminamos, não temos mais o que conversar. — dou uma pausa. — Vamos, Vick. — digo saindo de perto do meu pai.

Sai da sala onde estava com meu pai e, em passos rápidos, vou para fora da casa, assim que vejo minha pequena abraçar seu irmão, meu coração se alegra, corro para perto dela e abraço fortemente.

— Amor... — disse ela.

— Perdão por não ir te ver hoje, estava ocupado com algumas coisas. Não que você não seja minha prioridade, mas é que... — ela me interrompe.

— Tudo bem, sua mãe já me contou algumas coisas. — ela sorriu e percebo que amo aquele sorriso.

— Não se pode mais contar um segredinho para minha mãe. — digo baixo e Ane soltou uma gargalhada. — Já viu quem veio aqui te ver?

— Ainda não, quem? — disse ela procurando a pessoa.

— Vem comigo. — pego em sua mão e a levo para dentro da casa.

Subo as escadas e levo-a para o quarto, onde sua prima esperava por ela. Tê-la por perto novamente me deixou bem, me deixou feliz, Ane me deixava assim, na verdade, ela trazia essa sensação a todas as pessoas que rodeava.

— Não gosto de surpresas, amor. — ela resmungou baixo. — O que é? — sorrio.

— Já disse que amo quando você me chama de amor? — sussurro em seu ouvido, e percebo ela se arrepiar toda.

— Não faça isso. — Sorrio de lado e mordo teu pescoço. — Amor não... — disse ela manhosa. — O médico disse que... — ela disse baixo.

— Tudo bem, amor. — interrompo ela. — Só depois do casamento.

— Obrigada, amor.

— Pelo quê? — pergunto arqueando minha sobrancelha. — É o mínimo que posso fazer.

— Ah, amor. — ela diz baixo. — Enfim, quem eu tenho que ver? — Ane pergunta mudando de assunto.

Paramos em frente à porta do quarto onde Vitoria estava esperando por ela. Abro a porta e falo para ela entrar, assim que vê a prima, Ane corre para abraçá-la e acabam caindo na cama.

— Hey, cuidado. — digo chegando perto delas.

— Esqueci, desculpa. — Vick se levanta rapidamente enquanto Ane se senta, ainda rindo.

— O que você está fazendo aqui? — Ane pergunta.

— Me ligaram falando que Clara havia aprontado mais uma, então peguei o primeiro voo e vim correndo para bater nela, mas quando cheguei ela já havia ido embora. — disse Vitória na maior naturalidade do mundo.

— Okay, então enquanto vocês colocam a conversa em dia, Vitória te ajuda a se arrumar. — digo ainda olhando as duas. — Vou esperar lá embaixo.

— Ok senhor, noivo da minha prima. — Vitória responde rindo.

— Okay amor. — Ane se levantou e me deu um selinho.

Sorrio e saio do quarto deixando-as a sós.