O Shopping

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     Passei o dia inteiro fazendo a mesma rotina de sempre, já era quase duas da tarde, eu havia combinado de sair com Emanuel às três horas, então eu podia começar me arrumar agora. Subo as escadas em direção ao banheiro, tiro minha roupa e me jogo em baixo do chuveiro. Fico fazendo show para os meu púbico, xampu e sabonetes. Saio em seguida, me seco e caminho até o quarto com a toalha na cintura. Abro meu guarda roupa, visto minha calça preta, uma comida branca e um moletom. Pego uma faixa e ponho no cabelo e coloco o cabelo na frente dele. Jogo um perfume e pego meu celular em seguida. Saio do quarto, desço as escadas e vou até a saída. Fecho a porta da casa, caminho em direção ao portão, abro e vejo Emanuel saindo da sua casa. Fecho o portão e vou até o portão dele.

— Boa Tarde Manu! — Digo cumprimentando ele com um sorriso.

— Boa Tarde Nicolas! Tudo bem? — Ele diz.

— Estou bem sim! Estou ótimo para dizer a verdade. E você? —Digo olhando para o céu. Hoje o dia estava lindo.

— Estou bem sim. Vamos? —Ele diz.

— Vamos sim. — Digo caminhando em direção ao caminho para o shopping.

— Não! Vamos de carro. Venha. Minha mãe emprestou o carro dela. — Ele diz.

Okay então! Vamos! —Digo.

    Abrimos o portão, caminho em direção a garagem, entro e olho para o carro. Admiro ele, pois era um carro do ano. Nossa, eu estava imprecionado. Abro a porta, entro com calma e bato a porta bem devagar. Coloco o cinto, vejo-o entrar, seus olhos verdes era tão reluzente, ele da a partida e manobra para sair da garagem. Ela liga o som dele. Começa a tocar uma música da Taylor, até que era legalzinho. Olho para ele.

Hey! Você tem 17 anos, como pode ter carteira de motorista? — Digo.

— Ué. Eu fiz a carteira no U.S.A quando morei lá. Aí regularizei ela aqui. —Ele diz.

— Você morou no U.S.A? —Digo.

— Sim, sim! Tem coisas da minha Vida que você não conhece! Conhece só 1%. —Ele diz sorrindo para mim.

   Viro o rosto para o vidro. Nossa Emanuel morou no U.S.A., meu sonho sempre foi morar lá, pena que eu ainda não tenho essa oportunidade. Nossa, o que será que ele tem mais para me contar? Não sou muito bom para descobrir segredos. Olho para o shopping já longe depois olho para o vidro opaco e sorrio. Acho que estava bom. Após o carro parar, saio, encosto a porta do carro e caminho com Emanuel pelo estacionamento.

— O que acha de nós irmos assistir algo? —Emanuel diz.

— Acho que seria legal! Quer assistir o quê? — Digo subindo com ela a escada rolante.

— Vamos ver os filmes em cartazes. Quero um de terror! —Ele diz.

— Pode ser então! —Digo

   Caminho em direção ao cinema, olhos para as lojas em nossa volta, caminhamos lado a lado até chegar no cinema. Olhamos para os cartazes calmamente, até que decidimos assistir um  paranormal então fomos comprar os ingressos.

— Me vê duas inteiras para aquele filme ali, irá começar as 19 horas. — Digo pegando o dinheiro.

— Não, não! Eu pago. — Emanuel diz pondo o dinheiro sobre a bancada.

—Não precisa! Obrigado. —Digo e sorrio.

   Decidimos dar uma volta pelo shopping enquanto não estava na hora do filme. Ele compra açaí com leite ninho para mim. Caminhamos conversando. Ele gostava das mesmas séries que eu. Já até marcamos um dia para fazer uma maratona de séries. Como meu açaí, abaixo a cabeça para ver meu copo pela metade, viramos para a direita e deparamos com eles.

— Olha quem está aqui. O unicórnio saltitante. — Lucas diz. Estava acompanhado de seus capangas, os seguidores do Hitler. — E não está sozinho, seu novo macho alfa está junto. — Ele diz olhando para Emanuel.

—Por que você não cala sua boca? — Eu digo para ele.

— Vem fazer eu calar! —Ele diz com ar debochado.

— O que você disse? Quem você pensa que é? — Emanuel diz num tom firme e forte.

Uou... O macho alfa quer defender seu unicórnio. — Lucas diz.

— Repete, se for homem, se não, vou fazer você sentir a minha mão no seu rosto! — Emanuel diz enfurecido.

— Então bate! — Lucas diz sorrindo.

     Olho para Emanuel que ia começar a avançar em Lucas, derrubo meu açaí e entro na frente de Emanuel. Emanuel estava tão cheio de raiva que acabou dando um soco em meu rosto em mim. Caio no chão.Em seguida levanto com a ajuda de Emanuel que ficava se desculpando, olho para o meu nariz sangrando e em seguida encaro os três.

— Já deram o seu showzinho, já podem ir embora! — Digo furioso e ainda com o nariz sangrando.

   Um segurança do shopping passa pelo local, olha para mim, abaixo a cabeça, ouço ele dizer algo para Emanuel e em seguida espantar os três. Continuo olhando para o chão, começo a chorar silenciosamente, Emanuel tentava me acalmar, mas eu estava muito mal com tudo isso. Até que ele decide me levar embora. O segurança que apareceu traz uma caixa de primeiro socorros e me dá um pano esterilizado. Agradeço ele tentando sorrir. Levanto com calma, Emanuel me ajudava. Fico de pé, caminho com ele até o seu carro, e apoiaando nele entro em seu carro. Olho para frente e começo a encher de lágrimas meus olhos. Emanuel entra e ligo o carro.

— Desculpa. Eu não queria ter feito isso. Só queria nos defender. — Ele diz dirigindo.

    Ele manobra para fora do estacionamento. Eu ainda estava muito triste por tudo isso. Por que existem pessoas que amam estragar o dia das outras? Eu me perguntava isso toda hora, além de sentir uma dor terrível pela agressão verbal. Olho para frente, não me movo em nenhum instante. Emanuel põe a mão em minha perna um pouco para cima do joelho, eu continuo olhando para a frente.

— Não fica mal, se não eu vou ficar também. Cara, eu gosto de você, você é muito legal! Eu vou fazer de tudo para te proteger! — Ele diz.

    Ouço o que ele diz, engulo seco e continuo olhando para frente com os olhos embaraçados por causa das lágrimas. Levanto minha mão com calma, coloco sobre a mão dele e aperto ela de leve.

O Garoto (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora