O Garoto (Romance Gay)

Finalmente de Férias

  No outro dia, todos estavam calmos, faltava apenas um dia para as férias. Algumas pessoas nem vieram para o colégio, entre eles, Lucas e sua gangue. Elisa disse que não iria amanhã, mas nós resolvemos ir, Emanuel e eu.
  Era sexta, só tinha uns cinco alunos na minha sala, os professores nem entraram e nós ficamos no pátio. Fomos dispensado mais cedo, estavamos muito empolgado, finalmente férias, que eu traduziria para viagem.

— Ansioso por amanhã? — Emanuel pergunta para mim.

— Sim, muito ansioso! Nós temos que fazer nossas malas hoje né? — Eu digo a ele.

— Sim. Arrumamos hoje de noite. — Ele diz.

— Está bem. Eu nunca viajei de avião? Vai que o avião cai. — Digo dando uma risada.

— A probabilidade de um avião cair é muito remota, mas quando cai, não tem nenhum sobrevivente. — Ele diz empurrando de leve minha cadeira de rodas.

— Nossa! — Digo a ele.

— O bom é que vamos ficar só você e eu. — Ele diz atravessando a rua.

— Duvido me aguentar 24 horas por dia. — Digo.

— Já fazendo a um teste para quando nos casarmos. Vamos ver o quão chato você. — Ele diz.

— Eita! Eu acho que 100%. Sou vida loka. — Digo dando uma risada.

— What? — Ele ri.

— Eu tenho que cortar o meu cabelo! Faz dias que eu digo que vou mas não vou. — Olho para frente.

— Te levo depois do almoço. Pode ser? — Ele diz.

— Eu não sei em que estilo cortar ele. — Digo passando a mão no cabelo.

— Faz o de sempre. Corta em volta com a número 1 e deixa um pouco grande em cima. Aí só coloca a faixa e a franja joga para frente. Você fica bem charmoso e lindo. Mais do que já é. — Ele diz para mim.

— Está bem. Obrigado pelo elogio. — Digo sorrindo.

   Chegamos em casa, nos trocamos e descemos para almoçar. Minha mãe deu o carro para nós irmos no cabelereiro. Coloquei uma música para ouvirmos, Emanuel estacionou no cabeleireiro me ajudou a sair e nós entramos no cabeleireiro. Olho para frente e em seguida para Emanuel.

— O mundo é muito pequeno mesmo! — Digo olhando para Lucas sentado na cadeira enquanto cortavam seu cabelo.

— Boa Tarde! Entrem! Vinheram cortar o cabelo? — A atendente diz.

— Sim. Só eu que vou cortar. — Digo a atendente.

— Ah, é só esperar! Daqui a pouco um dos cabeleireiros te atende. — Ela diz sorridente, eu pago-a e espero com Emanuel. Ouço uma música da Florence ecoar pela o estabelecimento.

— Está feito Lucas, até breve! Qualquer coisa, só mandar uma mensagem no Whatsapp. — Diz o cabelereiro sorridente.

— Está bem Douglas, obrigado. Ficou bem legal mesmo o seu corte, como sempre. — Lucas sorri para Douglas.

— Você fica bonito em qualquer corte! — Douglas diz para Lucas. Lucas apenas agradece o elogio.

   Olho para a cena, em seguida para Emanuel, ele estava segurando para não rir, respira fundo, sorri. Volto atenção para frente, Lucas se vira e nossos olhares se encontram. Engulo seco. Lucas apenas fecha a cara, se vira e sai do estabelecimento.

— O próximo, quem é? — Douglas pergunta.

— Eu! — Digo para ele, Manu me levanta e põe na cadeira.