O Passeio

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   Era domingo de manhã, quase dez horas. Olho para o rosto de Emanuel, ele estava dormindo ainda. Eu passava a mão em seu cabelo. Suas mãos estava em minha cintura, sentia sua pele colada a minha. Sorrio, estava muito feliz. Ter alguém ao seu lado, como diz Lana Del Rey: "Eles dizem que o mundo foi feito para dois, só vale a pena viver se alguém está amando você.". Por um lado ela tem razão. Viver sozinho é tão ruim. O ser o humano não foi feito para isso. Sempre tem que ter um amigo, alguém da família ou um amor ao seu lado. A solidão é uma das doenças do mundo.
     Tiro sua mão com cuidado, me afasto, tiro a coberta do meu corpo, sento na ponta da cama e me espreguiço. Caminho em direção ao banheiro, tiro minha cueca e entro em baixo do chuveiro. Sinto a água escorrer pelo o meu corpo. Posso dizer que a noite foi boa, muito boa. Enquanto tomava banho, lembrava da noite. Espero repetir mais vezes, estou me sentindo uma vadia agora. Dou risada sozinho, termino meu banho e saio.
    Me arrumo usando apenas uma bermuda e uma camisa. Olho para Emanuel ainda dormindo, dou um beijo em sua testa, sorrio, me viro e desço as escadas indo até a cozinha. Pego trigo, açúcar, sal, o liquidificador e decido fazer panquecas, as panquecas voadoras.
     Coloco a frigideira no fogo, um pouco de óleo, coloco um pouco da massa, espalho bem na frigideira e espero um pouco. Assim que estiver bom em baixo, jogo a panqueca para cima e ela vira. Sinto as mãos de alguém atrás de mim. Eu gelei na hora. Não esperava que ele chegaria assim tão de surpresa. Sinto seu lábio em meu pescoço e empurro ele de leve.

Hey! Estou no trabalho agora, não quero nos queimar. — Digo a ele.

— Ah sim. Primeiramente bom dia! É assim mesmo que eu quero, meu futuro marido, na cozinha, engordando seu marido. — Ele diz me abraçando.

— Pare de ser bobo. Não pode pular estágio. Tem que me pedir oficialmente em namoro. — Digo a ele, passo a mão em seu abdome e em seguida fazendo umas cócegas.

— Para Nicolas! Eu sou muito sensível. — Ele diz dando risada.

Okay! Bom saber. Agora vá tomar um banho. Deixei uma toalha para você no banheiro. — Digo a ele.

— Nossa, estou tão fedido assim? — Ele diz cheirando seu sovaco e dando uma risada em seguida.

— Não sei bobo. Até o seu suor tem cheiro bom, mas é bom ficar mais cheirosinho. — Digo para ele.

— Está bem amor. Estou indo. — Ele diz me dando um selinho.

— Quando você voltar, já vai estar pronto o café. — Digo dando um tapa na bunda dele após ele se virar.

    Faço as panquecas com capricho, filtro um pouco de café, apenas para Emanuel e para mim, ajeito a mesa e sento em volta da mesma. Pego o celular, olho para ele e vou respondendo umas mensagens. Tinha mensagens da minha avó, da Elisa e das minhas tias. Tinha até uma mensagem da minha mãe. Responda-a e em seguida olho para Emanuel parado em minha frente. Sorrio para ele, ele puxa uma cadeira. Passo a mão em seu cabelo para arrumar e olho para ele.

— Vamos comer. Experimente a comida do seu namorado, veja se ele está para casar mesmo. — Digo a ele.

— Vamos ver então. — Ele diz pondo café em um xícara, leite e pegando uma panqueca.

  Pego uma xícara, coloco café para mim, pego um pedaço de minha panqueca, como-a e mastigo até poder engolir. Até que estava bom, só faltou um pouquinho mais de gosto, mas de resto, está muito bom.

— Está muito bom amor. Obrigado. — Ele diz sorrindo.

— De nada. Espero que venha mais vezes. — Digo.

— Infezlimente você me verá todos os dias. No mínimo umas trinta vezes. — Ele diz tomando café.

Eita!Gosto de atenção. — Digo a ele.

O Garoto (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora