Ninguém sabe os motivos de um suicídio, sabe o geral, mas não o particular de um suicida. Hannah de 13 reasons why me ensinou muito, até em tratar as pessoas melhores, ver a minha amiga partir, foi dolorida, pois me senti culpado, me senti como na série, um porquê.
— Tome café antes de ir para o colégio meu filho. — Amanda diz.
— Muito obrigado, não estou com fome, hoje tenho prova. — Nicolas diz.
— Acha que vai bem? — Ela pergunta.
— Acho que vou, ou não. — Nicolas diz abrindo a porta.
— Espera Nicolas. — Ela diz.
— Que foi agora? — Ele diz.
— Chegou uma carta para tu, é dela. — Ela diz.
— Dela quem? — Ele diz.
— De Carol. — Ela pega a carta de cima da estante e entrega a ele.
— Não acredito, sério? Faz quase uma semana que ela morreu, demora tanto para chegar uma carta? — Ele diz.
— Tss... Moramos no Brasil meu bem. — Ela diz.
— Sim, é a letra dela. — Ele diz olhando bem para a carta.
— Talvez ela escreveu antes de... de... — Ela engoli seco. — Antes de ir embora.
— Depois que não neh mãe. — Ele revira os olhos.
— Hey Nicolas, vamos? — Emanuel grita do portão.
— Acho melhor eu ir mãe, até depois. — Ele diz saindo e guardando a carta na mochila.
— Bom dia meu querido, vamos que estamos atrasado. — Ele diz pondo o braço entorno de meu pescoço.
Não sou muito curioso, mas queria muito saber o que havia escrito naquela carta. Fiquei ansioso esperando dar o horário do recreio, não contei para os dois, Elisa e Emanuel, que eu havia ganhado uma carta, talvez contasse na hora do recreio, quando abrisse na frente deles.
— Querem comer algo? — Emanuel pergunta.
— Quero sim, estou com fome, quero um hamburgão. — Digo a ele.
— Okay, vou lá comprar. — Ele diz.
Vejo Emanuel atravessar a quadra, chegar até cantina, onde Paulo sempre está, coloco a mão no bolso de minha blusa, tiro a carta e olho para ela calmamente.
— Também ganhou uma carta de Carol? — Elisa diz sorridente.
— Você ganhou uma? — Digo.
— Sim, assim que eu cheguei em casa, a minha estava lá, chorei horrores em meu quarto, guardei a carta como um pedaço de minha alma e minhas memórias. — Ela diz.
— Nossa, então é algo bom? — Digo olhando para a carta.
— Talvez. — Ela diz sorridente. — Preferencialmente, abra em casa, acho melhor.
— Está aqui, trouxe para vocês. — Emanuel diz.
— Muito obrigado. — Digo guardando no bolso a carta, pegando das mãos de Emanuel um hamburgão e um suco. — Eu estou morrendo de fome.
— Eu vivo morrendo de fome. — Elisa diz mordendo o hamburgão.
— Vinicius não venho hoje? — Pergunto.
— Não, ele está dodói. — Ela diz fazendo uma carinha triste.
— Nossa, coitado. — Digo.
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O Garoto (Romance Gay)
Romance"Eu gosto de ser diferente, ɑfinɑl, de cópiɑs o mundo já está cheio." Rɑchel Berry *•ೋ••* 🔱O Garoto🔱 *••ೋ•* A Vida não está sendo nada fácil para o Nicolas, a mesma rixas de um estudante do último ano do ensino médio. Mas para ele, talvez, seja...