Primeiro Dia De Férias

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  Tomo meu achocolatado enquanto Emanuel, em minha frente, tomava o seu café. Já havia ido na fisioterapia. Acordar cedo nas férias não é de Deus. Pego meu novo celular, conecto os fones de ouvidos, coloco uma música, tomo meu chocolate e começo a cantar baixinho.

Oh, tryin', I'm tryin', I'm tryin', I'm tryin', I'm tryin'. Not to think about you. No, no, no, no... — Vou cantando.

Hummm... Selena Gomes. — Emanuel diz tomando o seu café.

— Sim. Demorou para eu gostar da música, mas no final, acabei gostando. — Digo a ele.

— Ah sim. Tem certas músicas que eu às vezes não gosto de primeira, vou gostando com tempo. — Ele diz.

— Isso mesmo. E aonde vamos hoje? — Tomo meu achocolatado.

— Estou pensando em levar você para conhecer uns pontos turísticos. Primeiro para Estátua da Liberdade e depois o Jardim Botânico. — Emanuel diz.

— Me levar para ver plantas? Por que não me leva para comer um bom cachorro-quente? — Digo a ele dando risada.

— E vamos pagar três e cinquenta para ver um pássaro que não pode voa. — Ele diz.

— O que vai me mostrar agora? Um rato que não come queijo? — Digo dando risada.

—  Julius, o melhor! — Emanuel diz.

— Sim. — Digo a ele.

— Só terminar o seu café e vamos nos arrumar para sair. — Ele diz.

— Então já está terminado. Vamos! — Digo sorrindo para ele.

— Então vamos. — Ele diz levantando, vindo em minha direção e me pegando em seu colo.

— Vai ficar cada vez mais musculoso desse jeito. Não precisa nem ir mais para a academia. — Digo a ele.

— Claro que eu tenho que ir, ficar cada vez maior. Mentira, apenas o suficiente para estar satisfeito com o meu corpo ou você estar satisfeito com ele. — Emanuel diz.

— Para mim, já está ótimo. Ótimo agora e desde o dia que fitei os olhos em você. — Digo a ele dando um beijo.

   Se arrumamos. Emanuel me leva até o carro que sua família alugou para nós, me põe no banco e dirige em direção a Estátua da Liberdade. Eu segurava a câmera fotográfica.

— Aí depois da estátua, vamos fazer uma parada para comer algo e depois ir para o Jardim Botânico. Pode ser? — Ele pergunta.

— Pode ser sim. — Digo a ele.

— Eu trouxe duas baterias reservas para a câmera. Caso acabe a que está aí, temos elas. — Emanuel diz.

— Ah sim. Demora muito para chegar até lá? — Digo a ele.

— Não muito. — Ele diz parando em um semáforo.

— Vamos a Broadway certo? — Pergunto a ele.

— Com certeza! Pode deixar comigo amorzinho, tenho tudo programando certinho. — Ele diz.

— Está bem. Deixa eu perguntar umas coisas. Pronto para o interrogatório? — Digo dando risada.

— Só vem. — Ele diz dando risada.

— Um dia você disse que eu só conhecia um por cento da sua vida. Agora eu te conheço quantos? — Pergunto a ele.

Hummmm... Quase dez por cento. — Ele diz.

— Nossa! Você é um garoto muito misterioso. — Digo dando risada.

O Garoto (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora