— Vai, pode me bater, mas pelo menos deixa eu defender meu rosto. — Digo a Pedro.
— O quê? — Emanuel diz.
— Eles são em cinco, nós somos dois, não dá para bater neles nesse número. — Digo a ele.
— Ninguém vai bater em ninguém. — Pedro diz.
— Tortura chinesa? — Digo.
— Não. — Ele diz.
— Ah, vai jogar eu em uma sela e dizer: Que os jogos comecem. — Digo segurando para não rir.
— Seu namorado tem deficiência? - Pedro questiona.
— Só de vez em quando, deve ser o efeito do refrigerante. — Emanuel diz.
— Ah sim, por que acha que eu iria bater em você? — Ele diz olhando para mim.
— Porque sua mãe foi presa por minha causa. — Digo.
— Eu gosto do que é certo, minha mãe pagou pelo seu erro, agora está livre. Ela me contou que era verdade o que aconteceu, mas quem gosta de admitir a culpa? — Ele questiona.
— Provavelmente ninguém. Mas vale dizer a verdade do que a mentira, a mentira sempre é descoberta, mais cedo ou mais tarde. — Digo.
— Talvez. Entre falar a verdade e ficar 10 anos na cadeia, mentir e ficar 5 anos na cadeia. Eu prefiro a segunda opção. Mas isso não vem ao caso agora, vieram se divertir, assim como eu, então faremos isso. — Ele diz sorridente se virando para frente.
— Afff... Só porque queria treta. — O rapaz atrás dele diz.
— Cala boca, Yuri. — Ele diz dando um soco de leve.
— Então faça eu calar. — Yuri diz dando uma risada.
— Depois, na saída. — Ele diz.
— Mas Pedro nera hetero? — João diz.
— De vez em quando é bom dar uma diversificada neh non. — Ele diz rindo.
— Podem entrar os próximos. — O funcionário diz.
Ouvir aquela conversa me fez trocar alguns olhares engraçados com Emanuel, sentamos nos bancos do meio, respiro fundo, fecho os olhos, mordo meu lábio inferior devagar, sinto a mão de Emanuel sobre a minha.
— Vamos lá, juntos. — Emanuel diz. — Se morrermos, morremos juntos.
— Ownnn que lindo, ótimo encorajamento. Saiba que eu estou sendo sarcástico. — Digo.
— Bobo. — Ele diz.
O carrinho começa a se mexer, Emanuel me olho com aquele belo sorriso no rosto. Começa subindo devagar, até chegar certo ponto e aumentar sua velocidade extrondamente.
Quando o carrinho para, desço meio tonto, Emanuel me segura para não cair, sorrio para ele, mas me viro para o outro lado e vomito no chão.
— Eca, isso não é nada romântico. — Emanuel diz.
— É sim, acabei de vomitar um arco-íris. — Digo a ele.
— Não é isso bem que eu vejo aí na frente, eca. — Yuri diz.
— Isso me faz lembrar do tempo que eu fazia faculdade, quer dizer, eu ainda faço, um vez eu fiquei bêbado e... Ah não lembro muito direito. — Pedro diz.
— Eu lembro, quero dizer, tenho um vídeo. Poucos sabem que é você no meio daqueles garotos, hein Pedro. — João diz.
— Abafa o caso, isso passou e eu nem lembro mais. — Pedro diz.
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O Garoto (Romance Gay)
Romance"Eu gosto de ser diferente, ɑfinɑl, de cópiɑs o mundo já está cheio." Rɑchel Berry *•ೋ••* 🔱O Garoto🔱 *••ೋ•* A Vida não está sendo nada fácil para o Nicolas, a mesma rixas de um estudante do último ano do ensino médio. Mas para ele, talvez, seja...