Acordamos de madrugada, nos trocamos rapidamente. Emanuel me ajuda pondo no banco da frente. Ele iria com seus pais no carro deles para já se despedir no caminho deles. Levava uma pasta nas mãos com os documentos e a ficha de permissão para viajar.
— Está ansioso? — Minha mãe diz.
— Muito, muito mesmo! — Eu digo a ela.
— Você vai gostar de lá. Já fiz várias matérias por lá. O lugar é muito bom! — Ela diz.
— Cai neve por lá? — Digo a ela.
— Sim, cai sim. Mas por lá é verão, então, talvez essa probabilidade de você ver a neve seja bem remota. — Ela diz estacionando o carro na frente do aeroporto.
— Ah, que triste. — Digo tirando o cinto.
Fico esperando minha mãe tirar as malas, em seguida Emanuel abre a porta, me pega em seu colo, me coloca na cadeira de rodas e vai me empurrando.
— Graças a Deus que eu saí do carro! Não aguentava mais ver minha mãe chorando. — Emanuel diz.
— Minha mãe não liga tanto. Deve ser porque está acostumada em me deixar sozinho. — Eu digo a ele.
— Hum... Hey, quer uma coxinha? Ainda falta algumas horas para irmos ao embarque. Podemos comer uma. — Ele diz.
— Você disse coxinha? Coxinha? Isso mesmo? — Eu digo dando uma risada.
— Acho que isso é um sim. — Emanuel diz me empurrando para a praça de alimentação.
Já havia comido metade da minha coxinha, tomo meu chocolate quente, em seguida olho para o relógio. Já estava na hora de irmos ao embarque. Como rapidamente, Emanuel me levanta, seus pais nos acompanham. Vamos até o Check-In, minha mãe coloca minhas coisas sobre a esteira, o segurança diz que está liberado. Eu ainda estava segurando firme no colo de Emanuel. Não sei como ele aguenta, me segurar por muito tempo e toda hora.
— Podem passar os dois pelo o mecanismo de segurança. — O segurança disse.
Passamos, o segurança nos libera, nos dirigimos em direção ao embarque, me despeço outra vez de minha mãe, que já estava chorando, digo o mesmo da mãe de Emanuel, até que ouço uma voz e olhamos para trás.
— Bem-vindos ao voo 142, com destino a New York, Estados Unidos. — Meu pai diz.
— Pai... — Digo sorridente.
— Que bom que está bem filho. — Meu pai diz indo dar um beijo em minha mãe.
— Quanto tempo. — Minha mãe diz ao meu pai.
— Sim, muito. Mas, esse será o meu último voo, estarei de férias e pedi para o meu patrão para fazer apenas voos nacionais. — Meu pai diz.
— Isso é bom demais! — Minha mãe diz.
— Então vamos lá! Atenção passageiros, está na hora de embarcar. — Meu pai diz colocando o seu chapéu de piloto.
Embarcamos no avião. Sento ao lado da janela, olho atentamente por ela. O avião ainda estava no chão, Emanuel segura firme minha mão, olho para ele e dou um selinho.
— Senhores e senhores passageiros, aqui quem fala é o comandante! Coloquem seus cintos, pois estamos prestes a decolar.— O piloto diz.
A voz que ecoou pelo avião era a voz do meu pai. Emanuel verifica se meu cinto está certo. Sinto o avião decolar, olho para Emanuel que apenas sorria. Colocamos os fones de ouvido no iPad. Um fone para Emanuel e um para mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Garoto (Romance Gay)
Romance"Eu gosto de ser diferente, ɑfinɑl, de cópiɑs o mundo já está cheio." Rɑchel Berry *•ೋ••* 🔱O Garoto🔱 *••ೋ•* A Vida não está sendo nada fácil para o Nicolas, a mesma rixas de um estudante do último ano do ensino médio. Mas para ele, talvez, seja...