O Garoto (Romance Gay)

O Garoto do Grêmio Estudantil

    Será que estava fazendo certo? Eu conheço ele à uma semana. Dizem que o amor às vezes  aparecem em segundos, ou às vezes nem aparece.
  Penso várias coisas diante o espelho. Arrumo minha jaqueta e meu cabelo. Sorrio, pego meu mochilo e meu celular. São 7:18, desço as escadas, pego minha chave na mesinha central, abro a porta, saio, fecho e lá está ele. Vejo a hora, 7:20 em ponto. Sorrio para ele, caminho até ele, abraço-o e o solto.

— Bom Dia! Então, vamos. — Digo coloco as mãos nas alças da mochila.

— Bom Dia... Vamos sim, dormiu bem? — Ele diz.

— Ah, dormi sim, como uma pedra. E você? — Dou uma risadinha.

— Dormi também. Aliás, esqueci de te falar. A professora de História, Maria do Socorro... Nossa que nome! — Ele dá uma risada. — Nos deu um trabalho de apresentação e com um trabalho escrito. Valendo 3,0 a apresentação e 1,0 o trabalho escrito. Ficamos com o assunto de Primeira e Segunda Guerra Mundial. — Ele diz.

— Hummm... Esse assunto é bem interessante, com várias curiosidades. Por exemplo um Padre em 1894 salvou uma criança que estava se afogando, sabe quem era a criança?  — Olho para Emanuel.

— Não. Quem? — Emanuel vira o rosto para mim.

— Adolf Hitler. Ele mesmo! — Viro meu rosto para frente.

— Nossa... — Ele diz.

— Sim, sim. Ainda tem várias outras coisas "legais" para contar e descobrir. — Digo para ele.

   Estávamos quase chegando no colégio. Elisa vem em minha direção, me abraça forte, em seguida cumprimenta Emanuel e fica ao meu lado.

— Já estava com saudades de você. Quase pirei com a Carol, você é a liga que nos faz unidos. Você é o neutro. O nem chato e nem legal. — Ela diz enquanto entramos no colégio.

— Espero eu que isso seja um elogio! — Digo a ela.

   Entramos na sala de aula, Carol estava lá, a cumprimento e sento meu lugar, Emanuel senta atrás de mim. O grupinho que eu não gosto, entra e senta em seu devido lugar.

— Já está sabendo né? Vocês dois são representantes desse lugar. — Carol diz em um tom nada humorado.

— Desculpa Carol! Sei como você queria ser representante, você sempre foi. A culpa não foi minha. — Digo para ela.

— Eu sei, em vez de te parabenizar, deveria ter pena de você. Fizeram isso para te atormentar. — Ela disse.

— Saiba que a reação foi a contrária? Vão ver. — Digo.

   O professor entra. Ele era um jovem, o Henrique, ele entrou nesse ano no colégio, deveria ter se formado recentemente. Era a pessoa por quem a Carol se apaixonou, além de ser professor de física, matéria que ela adora. Seria errado um amor desses? Para mim não teria nada de errado, se houvesse amor no meio, o resto que se exploda.
   Oh droga, estudo de elétrica, coisa chata, me deito sobre a carteira ouvindo a explicação do professor. Fico pensando em coisas fúteis na sala, até que Emanuel me cutuca e me viro para ele.

— Au! Que foi? — Digo olhando para ele e apontando para frente.

— Então, Nicolas, acho que você não prestou atenção no que eu disse né? Vou repetir. Antes de começarmos estudarmos profundamente o assunto eletricidade, temos que ter em mente que o Átomo e constituído de três partículas. Quais são eles? — Henrique diz.

— Sorry professor! Então, são prótons, elétrons e neutro. — Digo segurando um sorriso.

— Certa resposta, só presta mais atenção na próxima vez. Continuando, eles são constituído por aquelas três cargas. Onde neutros e prótons estão no núcleo do átomo e elétrons circundam envolta do átomo. — Ele continua.