A verdade

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Eu nem sei por onde começar. — Digo olhando para os meus pai.

— Arruma suas coisas que nós corremos atrás das papeladas. — Meu pai diz.

— A sorte que eu já tenho meu passaporte. — Digo.

— Podem pedir a mãe da Alice para fazer um termo de autorização. — Elisa diz.

— Boa ideia, mas faremos isso amanhã cedo, já está bem de tarde. — Meu pai diz.

— Nem sei se conseguirei dormir hoje. — Digo.

Tem que dormir mocinho, vai ficar tudo bem. — Minha mãe diz.

— Me lembrei de Emanuel falando. — Digo.

— E irá contar para ele? Ele vai ficar tão feliz. — Elisa diz.

— Eu não irei contar para ele, quero fazer uma surpresa, até já sei como, eu só me pergunto, como eu não soube antes. — Digo.

— Soube antes o quê? — Elisa questiona.

— Que eu passei na seleção. — Digo a ela.

— Ah sim. — Ela diz.

— Emanuel? — Digo pegando meu celular. — Olá querido.

Olá amor, tudo bem? — Emanuel diz.

— Sim sim, está bem sim. E por aí? — Digo a ele.

Aqui também está, está anoitecendo agora, muito frio por aqui, até tinha esquecido de como era frio. Tomando um chocolate-quente. — Ele diz.

A sim, eu estou aqui em casa com Elisa. — Digo olhando para ela.

— OLÁ MANU. — Ela diz.

Olá Elisa, como vai? Que bom que voltou a conversar com o chato do Nicolas. — Ele diz.

— Primeiramente quero dizer que não sou chato. — Digo.

— Infelizmente tenho que concordar... com Emanuel. — Elisa diz dando uma risada.

==Isso é um complô contra minha pessoa, difamação, calúnia. 

Desculpa, não me processa não.  — Ele diz.

— Vou pensar em seu caso. — Digo.

— Vou ter que ir, meu pai acabou de chegar, foi bom conversar com vocês dois. —Elisa diz.

Até mais Elisa, conversamos. — Emanuel diz.

— Até Manu, até Nicolas. —Ela diz me abraçando e sussurra em meu ouvido. — Até amanhã.

Tchau Elisa. — Digo abraçando ela forte.

Nicolas, aproveita e vem jantar. Olá Emanuel — Amanda diz passando pela sala.

Olá sogrinha. — Emanuel diz.

—  Ouviu minha mãe, tenho que jantar. — Digo a ele.

— Sem problemas, tem ligo mais e noite ou amanhã. Eu te amo. — Ele diz.

Eu também te amo. beijos. — Digo.

— Beijoooos. — Ele diz desligando.

         Deixo o celular sobre a estante e vou jantar. Ajudo a minha mãe na louça, vou me deitar em seguida, quer dizer, tentar, mas passo a noite rolando de um lado para outro lado, animado, por estudar junto com Emanuel em NY.
        Acordo animado, tomo um café com meus pais, minha mãe ia corre com a papelada hoje, para se der tudo certo, eu viajar hoje de noite. Em meu quarto, ponho uma música e começo a arrumar minha malas.

Já tô cansada de te ouvir falar, agora é minha, agora vou gritar. — Canto.

Olá priminho, ótima música. — Letícia diz entrando no quarto.

— O que você está fazendo aqui? Como tem coragem de comparecer como se nada houvesse acontecido? — Digo olhando para ela.

— Apenas vim ver meu priminho. — Ela diz.

JÁ TÔ CANSADO DE TE OUVIR FALAR, AGORA É MINHA VEZ, AGORA VOU GRITAR. — Grito com ela e seguro seu braço. — Vou é uma porcaria e não presta para nada.

Continua, eu não ligo, quero ver sua vida um inferno. — Letícia diz me encarando.

— Por que tanto ódio assim? Acha que eu realmente ligo. —Digo puxando ela para fora do meu quarto. — Vou te mostrar a saída e seu devido lugar.

— Você nunca vai ser feliz, vou fazer de tudo para acabar com sua vida. — Ela diz.

— Cala a sua boca, pega uma senha e entra na fila, eu não ligo. — Digo  empurrando ela para a calçada e fecho o portão.

— EU MATO VOCÊ SE FOR PRECISO NICOLAS. — Ela grita do portão.

       Mostro o dedo do meio para ela de costas e entro.
       Olho para Elisa parada em minha frente, contei para ela o que havia acontecido entre eu e minha prima, minha mãe havia conseguido as passagens, além do principal, o termo de autorização para viajar. Minha mãe conseguiu as passagens para voo de tarde, então me arrumei correndo, o bom, que daria para eu chegar de manhã o suficiente para eu bolar um ideia para chegar de surpresa no NY.

Boa tarde querido, tudo bem? — Emanuel diz.

— Estou ótimo e você? — Digo.

Também estou bem. — Ele diz.

— Temos que conversar sério. — Digo.


O Garoto (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora