Encaro Letícia em minha frente, ela dá uns passos para frente, mando ela parar com um aceno na mão, jogo o CD para ela e sua caixa.
— De você, eu não quero nenhuma bala. — Digo a ela.
— Poxa primo, te dei com tanto amor. — Ela diz pegando o CD.
— O que você está fazendo aqui? Seu lugar é na cadeia, NA CADEIA. — Grito com ela.
— Não pode me acusar sem provas. — Ela diz sorridente.
— Letícia, você não é bem-vinda aqui. — Meu pai diz.
— Só vim trazer o presente de Nicolas, mas vejo que ele amou. Acho que já vou indo. — Ela diz deixando cair o CD de suas mãos no chão e se vira.
— VACA, NOJENTA, IMUNDA. — Grito para ela.
— Calma Nicolas. — Emanuel diz segurando-me de leve.
— Vou respirar fundo. — Digo a ele.
— Mas pelo menos pega o CD, é bom. — Emanuel diz pegando no chão. — Você quebrou a capa dele.
— Pega para você, não quero. — Digo a ele.
— Vou guardar para tocar no seu enterro. — Ele diz.
— Juro, que se você tocar ele, eu levanto dos mortos para dar na sua cara. — Digo a ele.
— Brincadeira, não está mais aqui quem falou, vou ficar com o CD sim. — Emanuel diz pondo em cima da mesa.
— Agora que eu lembrei de uma coisa, desligou o fogão? — digo encarando-o.
— Não. — Ele diz arregalando o olho.
— Como não? — Digo me virando para correr.
— Brincadeira, desliguei sim. — Ele diz.
— Palhaço. — Digo.
— Vou voltar a enfeitar aqui, agora você poderia me ajudar neh?! — Ele diz.
— Está certo, uma mão lava outra.— Digo a ele.
Ajudo-o com os enfeites, enfeitamos as árvores, a casa toda, a mesa, colocamos algumas frutas cortadas especialmente par aquela ocasião. Quando ligamos a luzes, pudemos sentir o quão maravilhoso era tudo aquilo, sorrio para Emanuel que me abraçava de lado.
Tomei um outro banho rápido, me arrumei para a noite de Natal, quando eu cheguei, havia uns parentes meu já, cumprimento-os, mas não era tão chegado assim a eles como era como minha avó, saudades dela naquele momento.
— Hi Nicolas, Merry Christmas. (Oi Nicolas, Feliz Natal) — Natasha diz me dando uma caixa.
— Merry Christmas to you too. (Feliz Natal para você também.) — Digo a ela.
— Open the gift. (Abra o presente) — Ela diz.
— Okay, don't is a CD, right? (Okay, não é um CD, certo?) — Digo.
— No. (Não) — Ela diz sorridente.
Abro a caixa cuidadosamente, olho para o presente, era uma caixa de chocolate, a caixa em si era bonito, o chocolate tinha uma aparência gostosa, abraço ela.
— Thank you. (Obrigado). — Digo a ela.
— Rebecca helped me choose, according to her, chocolate has no gift error. (Rebeca me ajudou a escolher, segundo ela, chocolate não tem erro de presente). — Ela diz.
— Thank you both, but I have to leave now, feel free. (Obrigado as duas, mas terei que sair agora, fiquem a vontade.) — Digo sorridente.
— Ok. (Está bem.) — Natasha diz.
— Hey Emanuel. — Digo ao ver ele entrar com as duas tortas.
— Oi, já vamos. — Ele diz levando as tortas para a cozinha.
— Acho que ficou bom, sinto o cheirinho. — Digo a ele.
— Está cheirando bem mesmo. — Amanda diz.
— Vamos lá então. — Emanuel diz.
— Vocês vão aonde? — Amanda diz.
— Fazer uma visita. — Digo sorridente.
Comprei três rosas brancas, Emanuel e eu saímos do carro, estava tarde, quase escurecendo, então teríamos que fazer meio rápido, porque ficar em cemitério a noite, não é lá nada agradável.
Olho para a sepultura de minha avó, se agacho, ponho uma rosa em seu túmulo, respiro fundo e sorrio. Alguns lágrimas escorrem por minha bochecha enquanto Emanuel me abraça forte.
— Ela te amava muito, deve estar feliz por você. — Emanuel diz beijando minha testa.
— Eu amo ela, feliz natal minha avó querida. — Digo.
Caminho com Emanuel pelos túmulos até parar no de Carol, se agacho, ponho uma rosa, havia outros no túmulo dela. Levanto, estava ventando um pouco, olho o poema ainda intacto no chão que eu pusera.
— Querida amiga, desculpa por tudo. — Digo.
Após algum tempo parado de frente ao túmulo de Carol, caminho pelos túmulos atrás de outro. Alguns metros na frente, vejo o túmulo de Lucas, não havia nada de agradável lá, só havia coisas ruins, as únicas flores que tiverá lá, foram destruídas, mesmo após morte, ele era odiado. Não guardava rancor, eu sei que ele fez o que fez por não se sentir bem consigo, eu ainda havia compaixão.
— Feliz Natal Lucas, espero que você esteja em um lugar melhor. — Digo a ele.
— Ele deve estar. — Margareth diz.
Estava agachado pondo a rosa, quando ouço a voz dela, da mãe de Lucas. Me levantando, olho para ela, sorrio meio sem graça, ela carregava algumas flores, ela estende seus braços e eu abraço-a.
— Me perdôo-a. — Ela diz chorando.
— Claro que sim. — Digo a ela.
— Eu fui uma tola e cega, fui um fariseu, mas já é tarde demais. — Ela diz olhando para o túmulo.
— Não se mutile psicologicamente, devemos aprender com nossos erros. Sinto muito por Lucas, ele fez tudo de ruim para mim, mas eu perdôo ele pelo o que fez. — Digo a ele.
— Você tem um bom coração, diferente de muitos que não sabem perdoar. — Ela diz olhando para o túmulo, a lápide de Lucas haviam quebrado.
— Aprendemos sempre do pior jeito. — Emanuel diz.
— Sim, eu estou muito arrependida. Ele me deixou uma carta, eu guardei ela, ele foi o meu único filho, uma parte de mim se foi. — Ela diz chorando.
— Sei que ele deve estar em algum lugar melhor agora. — Emanuel abraça ela tentando consolar ela.
— Ele gostava tanto do Natal, lembro quando ele era pequeno, até quando grande ele gostava, ele dizia que o Natal era algo amoroso e confortante para ele. — Ela diz.
— Lucas parecia ser frio no colégio. — Digo na a lata mesmo, Emanuel me encara.
— Eu sei e sei o porquê, ele me contou tudo na carta, bom, acho que a culpa foi minha por tudo. — Ela diz.
— Não temos culpa pela escolha dos outros. — Digo.
— Mas eu tenho, quem sabe se... — Ela diz.
— Se... os remorsos não se muda o passado, mas o que você fará agora, no presente, é o que importa. — Digo sorridente a ela. — Desculpa, mas eu tenho que ir.
— Está bem, obrigado por sua atenção. — Ela diz.
— Tenha uma ótima noite de Natal. — Digo a ela.
— Para você também querido. — Ela diz.
Caminho pelo cemitério até a saída, entro no carro, partimos embora. Chegamos em casa de noite, a casa estava iluminada, entro em casa e dou de cara com Elisa.
— Feliz Natal querido. — Ela diz abraçando forte.
— Feliz Natal Elisa. — Digo a ela.
— Olá Nicolas, feliz natal. — Vinicius diz me cumprimentando.
— Feliz Natal Vini. — Digo a ele.
— Feliz Natal para vocês. — Emanuel diz.
— Opa, eae Emanuel. — Vinicius diz.
— Começou. — Digo olhando para Elisa sorridente.
— Começou o quê? — Emanuel questiona.
— O show de gírias. — Digo a ele.
— Gostei. — Elisa diz dando uma risada.
— Muito engraçado mano. — Vinicius diz.
Rimos, decidimos ir até o quintal de trás, caminhamos pelo o pessoal, cumprimentos algumas pessoas pelo o caminho. Ao chegar, vejo o quão lindo ficou o lugar que enfeitamos, meu pai junto com o Emanuel cuidavam da carne, vejo duas mulheres sentada em volta da mesa conversando com a mãe de Emanuel, ao lado da duas estava ela, Alice.
— Ah, Alice, você venho. Feliz Natal. — Digo indo até ela.
— Finalmente você apareceu, não aguentava ficar ouvindo sobre receitas, já aprendi várias, mas não irei fazer, quando casar, vai ser tudo comprado. Primeiramente, Feliz Natal. — Alice diz dando uma risada e me abraça.
— Não sei nem se você vai casar querida. — Júlia diz.
— Não sou obrigado a casar mãe, não sou obrigado. — Alice diz.
— Olá Alice, Feliz Natal. — Elisa diz.
— Olá Elisa, Feliz Natal para tu também. — Alice diz.
— Eu estou com fome. — Elisa diz.
— Ava? Sério? — Digo a ela.
— Me erra Nico, aliás, vi sua torta, parece estar boa, quero provar. — Elisa diz.
— Então, cara, Flash no filme, não sei quem deve ser ele no filme, tipo, mano do céu, os que fizeram o Flash são muito bons e o Grant, acho que talvez ele merecia continuar sendo. — Vinicius diz olhando para Emanuel.
— Ansioso para Vingadores, guerra infinita e Deadpool 2. Putz, Deadpool é muito bom mesmo, muito, muito sexy também.— Emanuel diz.
— Então neh. — Digo olhando para o dois conversando.
— Eles são nerds meio rebeldes maloqueiros, parece. — Alice diz.
— Parece mesmo. — Digo a ela.
— Vem cá, vamos deixar ele aí, quero apresentar vocês a duas pessoas. — Digo puxando elas de leve.
Andamos pelo o pessoal, procurando as primas de Emanuel, no quintal não estavam. Entramos em casa, passamos pela cozinha, até chegarmos na sala, vejo as suas sentadas, mexendo no celular, parecendo eu no Natal do ano passado.
— Hey Natasha and Rebecca, these are my friends Elisa and Alice. (Ei Natasha e Rebecca, essas são minhas amigas Elisa e Alice)— Digo a elas.
— Hi Elisa and Alice. (Oi Elisa e Alice)— As duas dizem.
— Elisa e Alice, essa aqui são Natasha e Rebecca, as primas de Emanuel. — Digo.
— A família de Emanuel é tudo gay? Gostei. Hello girls! (Olá meninas). — Alice diz abraçando-as.
— Não sei nem o português direito, quem dirá o inglês, mas vamos lá. Hi vocês. — Elisa diz fazendo um sinal para elas.
— Sei que é errado, mas estou rindo. — Digo a Elisa.
— Do you like of Sense8? (Vocês gostam de Sense8?) — Alice pergunta.
— I like. (Eu gosto) — Digo.
— Serious? (Sério?)— Alice diz.
— Yes. (Sim)— Digo.
— We liked of Sense8 too. (Nós também gostamos de Sense8.) — Rebecca diz.
— Our favorite series. (Nossa série favorita.) — Natasha diz.
— Can I shout? (Eu posso gritar.) — Digo sorridente.
— Hey eu estou perdida, me atualizem. — Elisa diz.
— Gosta de Sense8? — Pergunto a ele.
— É de comer? — Ela pergunta.
Dou risada da situação. A noite passa rápida, já estava quase passando da meia-noite, estávamos todos no quintal de trás, conversando, não via a hora de comer assim como Elisa. Alice se deu bem com as primas de Emanuel, pelo menos elas não estavam sozinhas tanto assim.
Minha mãe me chama, ela diz que tem uma pessoa me esperando para conversar, caminho até a sala, olho os dois na sala e sorrio sem graça.
— Olá. — Digo a eles.
— Eae, como vai? — Pedro diz levantando e me dando um abraço.
— Vou bem sim, muita farra? — Digo dando uma risada.
— Shiu, não fala isso na frente da minha mãe. — Ele diz.
— Olá Nicolas, Feliz Natal. — A minha ex diretora diz.
— Feliz Natal. — Digo a ela.
— Então, eu vim me desculpar pelo o ocorrido, Pedro me fez tomar essa iniciativa, aproveitei o Natal para fazer isso. Desculpa por não ter te ajudar. — Ela diz.
— Estamos no Natal, não guardo rancor, além, o Natal é amor, felicidade, perdão, recomeço. — Digo a ela.
— Obrigado, vem cá me dar um abraço. — Ela diz.
— Se quiserem, podem ficar para a ceia, já está na hora. — Amanda diz.
— Não, muito obrigado, estamos cheio de visitas lá em casa. — Ela diz me soltando.
— Posso ficar? — Pedro pergunta.
— Não sei, acho melhor você ir comigo, seus parentes estão lá para te ver também. — Ela diz.
— Se quiser, pode deixar ele aqui, ele posa aqui. — Amanda diz.
— Se você se comportar, pode. — Ela diz.
— Claro que eu vou mãe. — Pedro diz.
— Está bem, tenho que ir. — Ela diz.
— Ok mãe, até amanhã. — Pedro diz.
— Desculpa novamente Nicolas. — Ela diz.
— Deixa, isso fica no passado. — Digo a ela.
Ela se vai, levo Pedro até os fundos, apresento eles para o pessoal, o único que o conhecia era Emanuel. Gostei dele ter ficado, porque, ele contagiou mais o clima com o seu modo irônico. Podemos comer a ceia finalmente, pensa em um garota alegre, essa era Elisa no momento que disseram que já podíamos comer.
— Finalmente podemos comer. — Elisa diz.
— A melhor parte. — Pedro diz.
— Claro, só saio se for para comer. — Elisa diz.
— Doei no meu bolso. — Vinicius diz dando uma risada.
— Que bom que eu sai daquele tédio de casa, só tinha gente chata lá, eu era o mais legal. — Ele diz.
— Podemos conversar Nicolas. — Emanuel diz.
— Claro, pode falar. — Digo a ele.
— Não, em particular. — Digo a ele.
— Está bem, vamos até o meu quarto. — Digo a ele.
Pego um uva de cima da mesa, sorrio para ele, caminho por entre as pessoas e entro com ele na casa. Subimos as escadas até o meu quarto, entramos e me viro para ele. Ele faz um sinal para eu esperar, saio do quarto, o aguardo alguns segundos, até ouvir a porta de abrir e vê-lo segurar uma caixa.
— Feliz Natal, meu namorado. — Ele diz entregando a mim.
— Oh God. — Digo.
— Você não pode estar surpreso toda hora. — Ele diz com um sorrisinho.
— Lá vai ele se fazer de vítima, isso soa tão falso. — Digo pegando a caixa.
— Um Katycat que ama Taylor... Hum... — Ele diz dando uma risada.
— Você sabe que eu brinco, mas gosto dela sim, devemos apreciar a música e não discutir quem é mais que quem. — Digo olhando para a caixa vermelha.
— Então abra. — Ele diz.
— CDs e livros? — Questiono.
— Não gostou? Poxa, você gosta tanto de música e livro que foi a única coisa que eu pensei comprar. Quase você não tem nada físico dos seus favoritos, então preferi comprar alguns. — Ele diz.
— Eu não gostei, eu amei. Eu sempre quis ter eles físicos, não dava para eu comprar ele, pois gastava meu dinheiro mais em comida, basicamente chocolate, não sei guardar dinheiro. — Digo indo dar um abraço nele.
— Que bom que amou, ufah. — Ele diz.
— Eu nunca compro nada para você. — Digo a ele.
— Já estou acostumado. — Ele diz dando uma risada.
— Vai ficar chateado? — Digo.
— Não, claro que não. Sua companhia é um presente para mim. — Ele diz me dando um beijo e em seguida olha em meus olhos. — Senta aqui, que precisamos falar sério agora.
— O que houve? — Digo sentando na cama.
— Então... Eu não queria ir embora, mas, você insiste tanto que eu vá. Não estou afim de discutir sobre isso, U.S não é bem ali, estaremos a milhas de distância, mas eu ainda serei seu. — Ele diz.
— Digo o mesmo, eu te amo. — Digo segurando para não chorar.
— Eu também o amo, iremos sempre conversarmos pelos melhores meios, nas férias, eu venho para cá, ou você vai para lá. Mas nunca, nunca, nunca mesmo nosso amor irá se acabar. Eu queria dizer, que eu irei ficar só mais essa semana. — Ele diz.
— Só essa? — Questiono.
— Só, eu irei segunda que vem embora, terei até a sexta para me matricular presencialmente na universidade. Eu vou de noite na segunda, você vai comigo até o aeroporto néh? — Ele diz.
— Com certeza. — Digo o abraçando forte e chorando em seus braços.
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O Garoto (Romance Gay)
Romance"Eu gosto de ser diferente, ɑfinɑl, de cópiɑs o mundo já está cheio." Rɑchel Berry *•ೋ••* 🔱O Garoto🔱 *••ೋ•* A Vida não está sendo nada fácil para o Nicolas, a mesma rixas de um estudante do último ano do ensino médio. Mas para ele, talvez, seja...