O Garoto (Romance Gay)

O Sequestro

       Estava escuro, já era tarde da noite, ninguém sabia aonde Nicolas foi, chamaram até a polícia, mas nada eles poderiam fazer se não desse 24 horas do sumiço, burocracia como sempre.

— Vai fazer o que Emanuel? — Elisa diz olhando para ele.

— Eu tenho alguns suspeitos. — Emanuel diz olhando para os lados.

— Você está pensando na mesma coisa que eu? — Ela diz.

— Talvez esteja, tenho que falar com Douglas. — Ele diz se virando e caminhando entre as pessoas.

     Felipe sorria ao ver Nicolas preso desacordado em uma cadeira, conversava com Lucas e Letícia. Todos sentado em volta de uma mesa velha, com apenas uma lâmpada acesa.

— Vamos acordar o sujeito. — Felipe diz pegando uma jarra de água e jogando em Nicolas. — Acorda bela adormecida.

— Acho melhor irmos um pouco devagar sobre isso. — Lucas diz.

— Já chegamos aqui, continuemos. — Letícia diz.

— O que vocês querem comigo? — A voz de Nicolas sai fraca.

— Aqui não é um interrogatório querido primo. — Letícia diz.

— Me solta sua vadia. — Nicolas diz.

— Vadia? Eu não ligo de me chamarem disso, mas você merece que retribuo isso daquele dia. — Ela diz dando um tapa forte na cara dele.

— Aí, essa doeu em mim. — Felipe diz sorridente.

— Cadela, dois lixos, três, com você Lucas. Como formaram essa gangue? — Nicolas diz.

— Acho que irei no banheiro, vai começar as perguntas, igual filme, aí vocês contam o plano e blá blá blá... — Luca diz saindo.

— Quer que eu fale ou você conta? — Letícia diz.

— Tanto faz. — Felipe diz.

— Vamos começar por algo que você não sabe, Felipe é meu primo. — Letícia diz.

— Sim, nós dois somos primos. — Felipe diz.

— Dá para ver mesmo, duas cobras parada em minha frente. — Nicolas diz.

— Cala a sua boca. — Felipe diz dando um tapa na cara de Nicolas.

— Eu vou indo, acho que Felipe irá cuidar daqui para frente, não sujarei minhas mãos. Até mais ou talvez não. — Ela diz saindo.

— Vai ser nós dois. — Ele diz sorridente.

    Sobe até o palco, pega o microfone, todos olhem para ele, com um pronunciamento, Emanuel chama Douglas. Ao ver ele, puxa ele para um canto, olho para os lados e começa a conversar com ele.

— Por acaso você venho sozinho? — Emanuel questiona.

— Não, vim com Lucas, por quê? — Douglas diz.

— Nicolas sumiu, tenho forte indícios que Lucas tem haver com isso. — Ele diz.

— Por que acha isso? — Douglas diz.

— Ora, ora, não precisa nem perguntar isso, aliás cada ele? — Ele diz.

— Estava procurando ele, ele sumiu também. — Douglas diz.

— Viu, isso comprova muito o que eu acho. — Ele diz.

— Vamos procurar os dois juntos então. — Douglas diz.

    Os dois juntos naquela parte do prédio, Felipe com o seu sorriso cínico, Nicolas, gritando, não somente de medo mas de dor, seu braço doía muito. Felipe caminha em volta de Nicolas.