O Cinema

2.2K 266 66
                                    

     Todos estávamos no shopping, compramos uma pizza grande, a mais gostosa de todas é frango com catupiry, tomo suco natural de laranja com limão, Emanuel sentava ao meu lado, estávamos dando muitas risadas, Raquel era muito engraçada, Eloisa já não era quase nada normal, pronto, a cominação de risos perfeito. Fomos assistir um filme, Emanuel sentou a minha direita e Felipe sentou a minha esquerda, havíamos comprado bastante pipoca e refrigerantes, exceto para mim, comprei uma água com sabor.

— Vamos lá, só não mijem na poltrona. — Elisa diz.

— Agora é sossegado, o pior é de noite com as paranoias após assistir um filme de terror desses. — Gustavo diz.

— Verdade. — Concordo com ele.

Shiu, vamos assistir, senão eu que vou assustar vocês, vou chegar de noite e dizer, achou que eu estava brincando? — Elisa diz.

— Sua boba. – Digo a ela

O filme começou, bem interessante, assustador sim, eu dei uns pulos na poltrona, segurei até firme na mão de Emanuel, não pisquei em nenhum momento do filme, eu senti a mão de alguém encostar na minha, era minha mão esquerda, até que ela segura ela e eu deslizo minha mão da dele. Viro meu rosto para o lado esquerda, Felipe sorri para mim, o encaro, não dava para ver muito no escuro, volto atenção para o filme, como mais pipoca, tomo minha água.
Na metade do filme havia ficado com vontade de ir ao banheiro, digo a Emanuel aonde eu, levanto, passo rápido entre as pessoas para não atrapalhar o seu filme, vou em direção banheiro. Entro, entro em uma das divisões, fecho e urino. Estava muito aliviado de ir ao banheiro, abro a porta e saio, vejo Felipe em frente do espelho, vou até a pia, lavo minha e enxugo.

— Sua mão é bem macia. – Ele diz

— O quê? – Questiono.

Poxa crush, por que não me nota? Queria tanto que me desse bola, ou um beijo. – Ele diz vindo em minha direção, pegando em minha cintura e dando um beijo.

— Para. – Digo empurrando ele.

— O que foi? Não gostou? – Ele diz.

— Eu namoro, n-a-m-o-r-o, com Emanuel, por que fiz isso? – Digo.

— Ele não te merece, poxa, eu estou gamado em você. – Ele diz.

— Então desgama, porque eu namoro e amo ele, então me deixa. – Digo e ouço a porta se abrir.

— Oi, pensei que tivesse acontecido algo com você. – Emanuel diz.

— Desculpa, eu não estou sentindo bem, eu preciso ir embora. — Digo.

— Acho que está grávido. - Felipe diz.

— Que legal, vou ser papai. – Emanuel diz.

— Ah tá. Vou ir embora. – Digo a ele.

— Vou junto contigo, mas e o pessoal? – Ele diz.

— Felipe avisa eles, neh? – Digo.

— Claro que sim, eu gosto de fazer favor para as pessoas que eu gosto e muito. – Ele diz sorridente.

Valeu pela força. – Emanuel diz.

— De nada, amigo, até amanhã – Ele diz.

— Até. – Emanuel diz.

Olho para Felipe, que apenas sorri para mim, engulo seco, vou embora pensativo no que havia acontecido, se deveria ou não contar para Emanuel, chegamos em casa, preferi não contar a ele, não agora, iria ver com Elisa o que fazer, medo dele ficar bravo comigo, mas amanhã eu iria tirar essa história a limpo, não posso ter motivos que faça eu brigar com Emanuel, isso era muito embaraçoso e por isso, passei a noite pensando nisso.

O Garoto (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora