Trabalho

9 4 0
                                    

Ariane estava encostada na sua mesa de trabalho na delegacia. Segurava uma xícara de café. Café era a melhor solução para tudo. Leonard entra na sua sala.
- Ari... Quer dizer chefe. Desculpa atrapalhar. É urgente. Está havendo um tiroteio na avenida Afrendy Jr. Parece que é assalto em banco.
Ariane larga a xícara na sua mesa. E pega suas armas.
- Reúna os outros policiais.
Leonard assente e sai da sala.
- Vamos detonar minhas queridas. - Ariane diz sorridente para suas armas.
Todos os políciais entram nos carros e dão partidas. Ariane e Leonard e Camila entram no carro de choque. Ariane faz cantar pneus.
- Sempre adorei essa adrenalina.
Camila parecia assustada.
- Não é atoa que escolheu ser delegada.
- Desde de pequena meu sonho foi esse.
Leonard estava inquieto.
- O que houve com você Leonard? - Ariane pergunta enquanto corre com o carro.
- Recebi uma ligação. Mas não ninguém falava. Apenas um chiado. E um música clássica tocava no fundo.
- Estranho. - Camila comenta. - Deve ter sido alguém sem o que fazer.
- Camila tem razão. Deve ter sido alguém desocupado. - Ariane pega o comunicador. - Cabo 345 qual é a situação no local?
- Os assaltantes fizeram algumas pessoas de refém. - O Cabo responde.
- Quantas?
- 6. Estão ameaçando se nos chegar perto vão atirar em uma senhora.
- Merda. - Ariane fala. - Mantenha tudo sobre o controle. Estamos a caminho.
- Sim senhora. - Ariane desliga o comunicador.
Chegando no local, Ariane e Leonard com Camila descem do carro. Ariane corre com a arma erguida. Até um dos policiais.
- Cadê a senhora que você me falou?
- Ele a levou para dentro.
- Fiquem aqui. Leonard venha comigo. Camila fique de guarda. Eu e Leonard vamos entrar pelo telhado.
- Sim, delegada. - Camila diz.
E os outros assentem.
Ariane e Leonard correm no meio dos tiros que são disparos de dentro do banco. Indo pros fundo. Ariane sob em um murro e pulo para o telhado. Leonard faz o mesmo.
Os dois vão até a janela próxima da escada de saída de emergência.
- Está trancada. Porra! - Ariane dá um chute. - E aquelas portas não abriram mesmo que nós atire nelas... Espera. - Ela diz ao rapaz. E solta seus cabelos negros, deixando que eles caiam em ondas até próximo a sua cintura. - Esse grampo vai nos ajudar. - Ela enfia o grampo na janela até que ela se abre. - Pronto. Passa a corda.
Leonard faz o que ela manda. Ela joga a corda.
- Solte que não a ninguém ai embaixo.
- Porque?
- Porque iam ver sua calcinha. - Leonard fala fazendo ela se lembrar que estava de vestido.
- Esqueci de me trocar ao chegar na delegacia. Vai desça.
Leonard se segura e desce apoiando seus pés na parede. E salta quando está próximo ao chão.
Ariane sabia que ele ia olhar, mas não ligou apenas desceu.
- E ai viu?
Leonard estava corado.
- N-não. Imagina se não.
Ela ri. Ambos sacam as armas.
- Seu tarado está pronto.
- Sim.
Os dois vão caminhando lentamente, observando todos os corredores e salas do banco. Avistam um mulher encolhida no canto.
- Shhiiuu. Calma vão tira-los daqui salvos. - Ariane sussura.
Ela balança a cabeça. Leonard da a volta por trás de uma sala e supreende um dos assaltantes com sua arma de choque. O mesmo cai no chão. Ele o algema.
- Menos um.
Ariane atira em um que segurava uma menininha de 10 anos pelo braço. Ele deixa a arma cair. Ariane a pega.
- Perdeu. Perdeu. Coloca as mãos para o alto ser vergonha. - Ele se encosta na parede e Ariane o algema e o amarrado. Leonard arrasta o outro até o amigo e o amarra junto.
- Menos dois. Tem mais três.
Ariane sorri.
- Moleza.
Leonard sorri e fala.
- O que eu não faço para ganhar seu amor.
- Se continuar assim. Quem sabe você consiga.
Ariane vê a senhora com um homem grandão apontando uma arma para a mulher a fazendo tirar dinheiro do caixa eletrônico.
- Que feio! Fazer uma senhora de idade de Refém. Não acha?
Ele olha para Ariane. E pro seu corpo. Seus olhos param em seu seios.
- Para uma delegada que morrerá é um pena ser tão gostosa.
Ariane ri.
- Veremos seu merda.
O ladrão solta a senhora e começa a tirar na direção de Ariane que está atrás de um pilar.
- Ou será que eu deveria te comer antes de mata-la?
Ariane devolve os tiros, ele desvia.
- Que nojo.
Ela sai de trás do pilar e atira em seu braço que segura a arma. Fazendo ele cambalear para trás. A arma voa para o alto.
- Que pena. Você perdeu seu nojento.
Ariane o amarra junto com os outros.
Leonard aparece.
- Os outros fugiram quando ouviram os tiros provavelmente. Não há mais nenhum deles aqui.
- O prédio está cercado. Não tem saida para eles.

Mais tarde naquele dia foram para o campo de inquisição. Ariane encontra marcas frescas de sangue no chão.
- Há marcas de sangue fresco.
- Será que houve mais algum assassinato? - Camila pergunta.
- É o que vamos descobrir. Colha as amostras de sangue o máximo que conseguir, Camila.
- Ok.
Ariane se afasta. Entrando nos destroços, aranhas corriam para todo canto, escorpiões, morcegos saiam de seus esconderijos quando ela iluminava com a lanterna.
- Odeio esse lugar.
Rastos de sangue a levaram até uma sala escura. Correntes prendiam no teto algo. Ela acende a lanterna e vê dois corpos nus abertos ao meio. Sangue pingava no chão. Ela dá um passo para trás quando percebe que além de estarem abertos, não tem olhos e os membros foram cortados. Estavam presos somente pela cabeça que estava quase saindo do lugar. Eles se balançavam no ar.
- Soldada Camila e Leonard comuniquem o IML. Há corpos aqui. - Diz ao comunicador.
- Sim chefe.
Ariane guarda o comunicador.
Já havia visto vários tipos de homicídios, suicídios. Mas esse é horroroso. Não era um simples homicídio.
Leonard aparece na porta da sala a iluminando. Ariane ergue a arma para ele.
- A é você. Desculpa.
Leonard olha para os corpos
- Esse assassinato foi o mais cruel até agora.
- Sim. - Ariane vai até os corpos. - Será que eram um casal?
- Porque?
- Tem duas alianças no chão... - Ela tropica. Leonard a segura. - Que foi isso? - ela olha pro chão e vê os braços e pernas e órgãos das pessoas no chão.
Leonard olha e fala.
- Que horror.
Ariane pega em sua mão.
- Vamos sair daqui. O IML e os políciais devem ter chegado.

...

Ariane chega em casa por volta das 20 horas da noite. Bianca e Hanyel assistiam Bob Espoja na Tv.
- Chegou tarde hoje Ari. - Hanyel diz se levantando do sofá.
- Tive muito trabalho hoje. - Ela coloca seu casaco no cabide atrás da porta. E coloca as chaves do carro sobre a mesa.
- E porque essa cara? - Bianca pergunta ao notar a cara de angustiada de Ariane.
- Achamos mais dois corpos no campo de inquisição.
- Mais dois?
- Sim. - Ela se senta ao lado de Hanyel. - Eles estavam abertos.
- Abertos? Como assim? - Hanyel pergunta enquanto fazia um coque em seu cabelo.
- Abertos. Os órgãos e membros estavam no chão. E o resto nas correntes no teto.
Bianca faz cara de nojo
- Que tamanha crueldade.
- Estranho estarem assassinando tantas pessoas lá. - Hanyel diz pensativo ao coçar a barba.
- Bom. Só espero que não seja eles. Vou tomar um banho e tentar dormir.
- Não vai comer?
- Fiz um lanche com o Leonard.
Bianca sorri maliciosa.
- Huuum lanche. Sei.
Hanyel morde o lábio.
- Que delícia de lanche.
Ariane ri, aqueles dois a faziam rir quando percebiam que ela estava atordoada com seu trabalho. Ela era grata por ter os dois ao seu lado.

Além da inquisiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora