Kardoff e seu chefe tomavam whisky. Seu chefe sentado na poltrona. E ele a sua frente anotando alguns dados em sua agenda.
- Kardoff sua sobrinha virá? - Pergunta o homem com o copo na mão.
- Sim, senhor.
Ele volta sua atenção para sua agenda.
- Meu senhor. Posso lhe perguntar algo? - Kardoff larga a caneta em cima da mesa.
- Fala.
- Porque a deseja tanto assim... Quero dizer, ela é um aberração para esse mundo.
O mesmo o encara.
- Você que é aberração para esse mundo. A quero ao meu lado, mais que tudo.
- Não entendo essa sua obsessão por um bruxa.
O homem o olha com ódio nos olhos.
- Kardoff ela sempre foi minha. Sempre será. Somente minha.
- Mas senhor...
- Não tem mais senhor Kardoff!
- Ela matou seu pai junto com aqueles outros bruxos.
- Eu sei. Mas eu ainda a amo. E meu pai mereceu o que recebeu. Ele a machucou muito naquela época.
Kardoff fecha sua mão em punho.
- Senhor você devia vingar a morte de seu pai.
Ele o olha rindo.
- Pai? Ele só foi pai nos ótimos momentos. Ele sempre me desprezou.
- Sabemos disso...
- Chega Kardoff! - Ele se levanta da sua poltrona. - Não a chame mais de aberração. Ela é a mulher que cansarei. Ela é minha!!
- Tem o Japonês!
Kardoff na mesma hora se arrepende por ter dito tais palavras, o homem a sua frente soca a mesa, quebrando o copo de whisky e cortando sua mão.
- Eu vou me livrar dele.Horas mais tarde Kardoff retornou a sala de seu chefe juntamente com sua sobrinha.
- Isso são horas para chegar? - O homem de terno preto pergunta sem olhar pra garota enquanto folheia um jornal.
- D-Desculpe meu senhor... Tive que...
- Me poupe das suas desculpas.
Ele levanta seu olhar e a encara.
- Posso compensa-lo por me fazer esperar... Com meu corpo.
O mesmo solta um sorriso de escárnio.
- Com seu corpo? - Ele se levanta com as mãos pra trás. - Huum... - Ele a avalia andando em círculos em volta da mesma. - Não me interessa.
- Mas senhor...
- Você sempre teve segundas intenções comigo não foi? Sempre desejando o lugar dela.
- Não é isso...
- É. Você sempre me quis. Sempre quer as coisas que pertence a ela.
A mesma engole em seco quando ele segura seu pescoço. Ela sempre quis te-lo. Mas sempre teve outra pessoa a impedindo de te-lo
- Senhor, ela não falou por mal.. - Kardoff fala nervoso.
- Hum. - O mesmo larga o pescoço da moça. - Me diga então como está ela.
- Ela não vai ao trabalho a dias. Está se recuperando do ataque das negras.
- Desgraçadas. Quase a mataram. - Diz com raiva. - Mas e o japonês?
- Ele começou hoje novamente.
Ele sorri com deboche.
- Isso é para aprender a mexer com que me pertence.
- Senhor o que vai fazer? - Kardoff pergunta.
- Você vai me trazer ambos. - Aponta pra mulher.
- O que fará com Leonard? - A mulher pergunta com preocupação na voz.
- Nada. Apenas ensinarei a ele que nunca pode colocar a mão nas mulheres dos outros.
Ele se vira e encara o mundo lá fora. A teria nem que fosse a última coisa que fizesse. Ela era a sua. Somente sua. Ninguém mais a teria além dele. Ele sorri ao lembrar de seu corpo junto ao dele, seus lábios tocando os seus.
- Vou te-la novamente meu amor.
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Além da inquisição
ФэнтезиTreze anos se passaram após a grande explosão que deu fim aos Campos de Inquisição. A raça dos bruxos está se extinguindo. Os três bruxos, aprendizes da Necromante, cresceram e se tornaram bruxos extremamente hábeis e poderosos, mas alguns problemas...