Lara
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Felizmente minhas suspeitas estavam certas, Arthur estava realmente no casebre abandonado que eu havia imaginado.
Seu estado de humor estava ultrapassando um nível insano, eu soube quando fui caminhando pé-ante-pé para me aproximar. Ele estava completamente descontrolado, mal vestido, suado, desconfiado. Senti um arrepio tomando minha espinha no momento em que me aproximei e ele disse:
"eu sabia que viria"
Foi estranho. Senti como se maquiavelicamente ele tivesse premeditado tudo aquilo.
— Como sabia? – Indaguei surpresa com sua auto-confiança.
— Você sempre vem. – Ele sorriu vitorioso. — Essa era a prova que eu precisava para ter certeza que você também me ama.
— Não seja louco, Arthur! – reprimi suas palavras. — Vim porque sua mãe me procurou preocupada. Sabia que existem pessoas que se importam com você no mundo? – Eu sabia que não era o melhor momento para ironias, mas a situação era no mínimo desconcertante.
— Você costumava ser uma destas. – ele disse caminhando lentamente ao redor de meu corpo, comportando-se como se estivesse analisando meu minucioso comportamento.
Catarina
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Lara estava demorando mais que o normal para vir me pegar, combinamos de irmos juntas ao baile. Ela não ousaria ir sem mim; ao menos espero!
Eu a conheço, sei que ela não costuma se atrasar, isso até soa estranho. Tudo bem, compreendo que ela nem queria esse lance de formatura e eu quem insisti incansavelmente para que ela fosse ao baile comigo, mas bem, eu a conheço suficiente para saber que ela não ia furar um compromisso assim sem avisos prévios.
Cansada de esperar, liguei mil vezes em seu celular, o aparelho chamava até cair na caixa de mensagens; ela e sua mania insuportável de deixar seu celular sempre no modo silencioso!
Por alguma razão estranha, para entender melhor o que estava acontecendo em relação ao real motivo do seu atraso, liguei o GPS e disquei seu número de telefone no localizador. Ele me deu uma localização estranha. O que Lara poderia estar fazendo em um parque abandonado durante o horário da noite? Aquilo estava suando cada vez mais estranho e preocupante.
Kiara
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Lara sabia realmente ser incrível até mesmo quando não estava presente! A maneira como ajudou milimetricamente Clarice para soar -o mínimo- interessante me impressionou.
O vestido que a minha acompanhante usava para a ocasião chegava a ser tão lindo que irradiava o ambiente. Além disso, a mesma apareceu em minha casa com um carro de luxo para me buscar, com direito a motorista e serviço de bordo, e foi ali que eu percebi que Lara não mediu esforços para tentar ajudar sua amiguinha a me impressionar. Sem atrasos, fomos um dos primeiros "casais" a entrar no espaço destinado ao baile, como minha mãe é a organizadora principal do evento, eu não poderia hesitar em ajudá-la, e apesar do choque inicial de eu estar quebrando os padrões e indo acompanhada de uma garota, Lara errou quando previu que a minha mãe faria um verdadeiro escândalo. Acho que era um fato real de que na verdade ela estava tentando me aceitar, e apesar da cara de paisagem e sorriso forçado, não disse nada e até forçou um cumprimento rápido à Clarice. Claro que não é nada simples e fácil para ela, menos ainda se tratando de uma mulher tão convencional, mas bom, ela estava fazendo o melhor que podia e isso já é bom o suficiente para mim. Onde estava Lara para me ver ganhando a aposta afinal?
Clarice
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Me vi cercada de pessoas que eu não conhecia, nem mesmo a minha acompanhante me era familiar, e apesar disso ser algo que eu já previa, era uma situação que eu não me agradava estar. Lara, maldita ruiva, me colocou em tal situação e nem teve o bom senso de aparecer para ser um rosto famíliar no meio da multidão. Nenhum resquício de sua presença fluia no ambiente. E eu tive vontade de mata-la por isso, afinal, foi ela que me convenceu a vir!
Era hora da dança dos debutantes e eu senti vontade de sair correndo dali. E se Kiara quisesse que eu lhe acompanhasse na pista? Eu não podia arriscar isso. Entre as artes da minha vida, dançar não é uma delas. Enchi minha barriga dos mais diversos doces que encontrei no serviço de buffet e me misturei a paisagem, observando de longe minha acompanhante sendo o centro das atenções.
A morena que me acompanhava parecia bem empenhada na organização do evento, quase não tive muito de sua atenção, e isso não me parecia tão ruim, exceto pelo fato de eu não conhecer mais ninguém naquele espaço. Ao que me pareceu, Kiara era extremamente popular, pois muitos não paravam de tentar se aproximar, conversar, chamar atenção, brincar, se despedir, tirar fotos...
Após um tempo razoável cumprindo minha parte do acordo com Lara, resolvi sair e ir embora para um ambiente que não fosse aquele lugar lotado de pessoas desconhecidas. Sem minha presença lá, a morena poderia se sentir mais livre para dar atenção aos seus convidados, se divertir, dançar, sem a obrigação de ter que ficar "ao meu lado".
Me despedi. No entanto, contrariando que eu esperava, ela veio atrás de mim e pediu que eu esperasse só mais alguns minutos. Quando esse pequeno intervalo de tempo que lhe dei findou, ela voltou em minha direção e disse que também iria comigo. A surpresa foi tanta que euu até a olhei descrente, mas não contestei.
Resolvi levá-la para qualquer ambiente longe daquele em que estávamos, mas antes eu precisava tirar aquele vestido apertado, aquele salto que estava me matando e finalmente respirar ar puro sem tantas pessoas ao redor. Aquele vestido realmente não era roupa para mim, eu preferia minha boina na cabeça, minhas blusas largas de super-heróis e os meus óculos de grau que deixam minha miopia mais evidente.
Conversar com ela não foi tão ruim como imaginei, o papo fluiu, a noite foi passando e quando vimos já estávamos no terceiro sorvete do quiosque da avenida lotada próximo a minha casa. Olhei o relógio e ele me alertou que era hora de despedir. Como o carro que Lara alugou ficaria disponível para mim até o final da noite, seguimos até seu condomínio e as mas impressões foram quebradas. Ela não era tão detestável quanto imaginei a primeira vista.
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L a r a - [ROMANCE LÉSBICO]
RomanceAlguém lembra da bebezinha deste conto? Pois é, ela cresceu. O tempo passa rápido e não há tempo para cruzar os braços e esperar as horas passar, ele é tão veloz quando o piscar das suas pálpebras. Quarta temporada do romance lésbico - CLARA E DUDA.